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Avaliação temporal da poluição por antiincrustantes organoestânicos no litoral do Estado do Rio de Janeiro: antes e após o banimento nacional e internacional / Temporal assessment of pollution from antifouling of organotin on the coast of the Rio de Janeiro State: before and after the nationally and internationally banCamila de Leon Lousada Borges 27 April 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Tintas antifoulings são utilizadas para evitar a incrustação de organismos em estruturas submersas, especialmente casco de embarcações. Os compostos organoestânicos (OTs), utilizados nessas tintas, entre eles o tributilestanho, são desreguladores endócrinos e causaram diversos danos aos ecossistemas marinhos. No caso dos moluscos gastrópodes, esse tipo de poluição faz com que as fêmeas adquiram características masculinas, como vaso deferente e pênis, fenômeno esse conhecido como imposex. A Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu o banimento de tintas à base de COEs nas embarcações, em 2008. No Brasil, a NORMAM 23, proibiu o uso em 2007, contudo a Marinha já havia suspendido seu uso desde 2003. Entretanto, efeitos deletérios destes compostos ainda são detectados em vários países, inclusive ao longo do litoral brasileiro. Esse trabalho teve como objetivo principal fazer uma avaliação temporal (1997-2012) da poluição por organestânicos na costa do Estado do Rio de Janeiro utilizando como bioindicador a espécie Stramonita haemastoma. A área de estudo abrangeu cinco regiões: Paraty, Ilha Grande, Baia de Ilha Grande, Baia de Guanabara e Arraial do Cabo. Análises químicas de butilestânicos foram feitas em sedimentos superficiais de mangues de Paraty (Mangue do Estaleiro e mangue do Saco do Mamanguá) e Ilha Grande (Mangue do Aventureiro) sendo os dois últimos considerados áreas de referência. Em cada estação de biomonitoramento foram coletados 30 indivíduos sexualmente adultos da espécie S. haemastoma, através de mergulho livre em apnéia e analisados através do método não destrutivo proposto por nosso grupo de pesquisa. Em todas as cinco áreas analisadas ao longo da costa do Estado do Rio de Janeiro foram registradas estações com altos índices de imposex. Apesar de muitas estações apresentarem diminuição nos índices, na maioria ocorreu um aumento ou conservação alta na porcentagem de imposex depois do banimento. As concentrações médias de butilestânicos no mangue (S1), perto de fontes locais, foram 205,7 16,8 ng (Sn) g-1 de TBT, 16,4 1,3 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,0 2,9 ng (Sn) g-1 de MBT. Nas áreas de referência: mangue do Saco do Mamanguá (S2) foram 16,0 0,8 ng (Sn) g-1 de TBT, 10,1 1,4 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,1 2,2 ng (Sn) g-1 de MBT e mangue do Aventureiro (S3) com 18,1 4,2 ng (Sn) g-1 de TBT, 15,3 0,5 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,2 1,5 ng (Sn). g-1 de MBT. As taxas de degradação foram de 01, 1,3 e 1,4 respectivamente indicando inputs recentes desses compostos. Os resultados deste estudo indicam que carbono orgânico dissolvido e particulado, bem como xenoestrógenos podem estar interferindo no desenvolvimento da síndrome, levando a subestimação de avaliação do imposex. As concentrações de butilestânicos, além do aumento ou continuidade alta na incidência de imposex após o banimento na maioria das estações indicam que, apesar da proibição do uso do TBT em tintas antiiincrustantes no Brasil, elas ainda estão sendo utilizadas de forma ilegal, especialmente em pequenos barcos. Esse estudo é fundamental para se propor medidas de mitigação e controle dos compostos organoestânicos, até mesmo dos novos antifoulings TBT- free, que também possuem efeitos prejudiciais ao ambiente. Além disso, as áreas onde se registrou altos índices de imposex serão essenciais para o monitoramento dos efeitos desses novos antifoulings. / Antifoulings paints are used to prevent of fouling organisms on underwater structures, especially hull vessels. Organotin compounds (OTs) used in these paints, including tributyltin, are endocrine disrupters and caused damage to various ecosystems. In the case of the gastropod mollusks, such pollution causes females acquire male characteristics, such as penis and vas deferens, a phenomenon known as imposex. The International Maritime Organization (IMO) established a ban on OTs-based paints on ships, in 2008. In Brazil, the NORMAN 23, prohibited the use in 2007, but the Navy had suspended its use since 2003. However, deleterious effects of these compounds are still detected in several countries, including along the Brazilian coast. This work aimed to make a temporal time series assessment (1997-2012) of organotins pollution on the coast of Rio de Janeiro State using as bioindicator the species Stramonita haemastoma. The study area included five regions: Paraty, Ilha Grande, Ilha Grande Bay, Guanabara Bay and Arraial do Cabo. In each biomonitoring station were collected 30 sexually mature individuals of the specie S. haemastoma through free diving in apnea and analyzed using the non-destructive method proposed by Fernandez et al, (2007). Butyltin chemical analyzes were made in surface sediments of mangroves of Paraty (Mangrove close to the sources and Saco do Mamanguá mangrove) and Ilha Grande (Aventureiro mangrove) the last two being considered the reference areas. In all five areas studied along the coast of the State of Rio de Janeiro were recorded stations with high levels of imposex. Although many stations present a decrease in rates, in most there was an increase or maintenance in the high percentage of imposex after the ban. The average concentrations of the mangrove butyltin (S1), close to local sources, were 205.7 16.8 ng (Sn) of TBT g-1, 16.4 1.3 ng (Sn) g -1 of DBT and 10.0 2.9 ng (Sn) g-1 MBT. In the areas of reference: the Saco do Mamanguá mangrove (S2) were 16.0 0.8 ng (Sn) g -1 of TBT, 10.1 1.4 ng (Sn) g -1 of DBT and 10, 1 2.2 ng (Sn) g-1 of MBT and Aventureiro mangrove (S3) with 18.1 4.2 ng (Sn) of TBT g-1, 15.3 0.5 ng (Sn)g-1 DBT and 10.2 1.5 ng (Sn). g-1 MBT. The degradation rates were 0,1, 1,3 and 1,4 respectively indicating recent inputs of these compounds. The results of this study indicate that dissolved and particulate organic carbon and xenoestrogens may be interfering with the development of the syndrome, leading to underestimation of assessment of imposex. Butyltins concentrations and increased or high continued incidence of imposex after the ban on most stations show that despite the ban on the use of TBT in antifouling paints in Brazil, they are still being used illegally, especially in small boats. This study is essential to propose measures to mitigate and control of organotin compounds, even the new TBT-free antifoulings, which also have negative environmental effect. This is because the areas where high levels of imposex recorded wil be the more critical for monitoring the effects of these new antifoulings.
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Avaliação temporal da poluição por antiincrustantes organoestânicos no litoral do Estado do Rio de Janeiro: antes e após o banimento nacional e internacional / Temporal assessment of pollution from antifouling of organotin on the coast of the Rio de Janeiro State: before and after the nationally and internationally banCamila de Leon Lousada Borges 27 April 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Tintas antifoulings são utilizadas para evitar a incrustação de organismos em estruturas submersas, especialmente casco de embarcações. Os compostos organoestânicos (OTs), utilizados nessas tintas, entre eles o tributilestanho, são desreguladores endócrinos e causaram diversos danos aos ecossistemas marinhos. No caso dos moluscos gastrópodes, esse tipo de poluição faz com que as fêmeas adquiram características masculinas, como vaso deferente e pênis, fenômeno esse conhecido como imposex. A Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu o banimento de tintas à base de COEs nas embarcações, em 2008. No Brasil, a NORMAM 23, proibiu o uso em 2007, contudo a Marinha já havia suspendido seu uso desde 2003. Entretanto, efeitos deletérios destes compostos ainda são detectados em vários países, inclusive ao longo do litoral brasileiro. Esse trabalho teve como objetivo principal fazer uma avaliação temporal (1997-2012) da poluição por organestânicos na costa do Estado do Rio de Janeiro utilizando como bioindicador a espécie Stramonita haemastoma. A área de estudo abrangeu cinco regiões: Paraty, Ilha Grande, Baia de Ilha Grande, Baia de Guanabara e Arraial do Cabo. Análises químicas de butilestânicos foram feitas em sedimentos superficiais de mangues de Paraty (Mangue do Estaleiro e mangue do Saco do Mamanguá) e Ilha Grande (Mangue do Aventureiro) sendo os dois últimos considerados áreas de referência. Em cada estação de biomonitoramento foram coletados 30 indivíduos sexualmente adultos da espécie S. haemastoma, através de mergulho livre em apnéia e analisados através do método não destrutivo proposto por nosso grupo de pesquisa. Em todas as cinco áreas analisadas ao longo da costa do Estado do Rio de Janeiro foram registradas estações com altos índices de imposex. Apesar de muitas estações apresentarem diminuição nos índices, na maioria ocorreu um aumento ou conservação alta na porcentagem de imposex depois do banimento. As concentrações médias de butilestânicos no mangue (S1), perto de fontes locais, foram 205,7 16,8 ng (Sn) g-1 de TBT, 16,4 1,3 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,0 2,9 ng (Sn) g-1 de MBT. Nas áreas de referência: mangue do Saco do Mamanguá (S2) foram 16,0 0,8 ng (Sn) g-1 de TBT, 10,1 1,4 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,1 2,2 ng (Sn) g-1 de MBT e mangue do Aventureiro (S3) com 18,1 4,2 ng (Sn) g-1 de TBT, 15,3 0,5 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,2 1,5 ng (Sn). g-1 de MBT. As taxas de degradação foram de 01, 1,3 e 1,4 respectivamente indicando inputs recentes desses compostos. Os resultados deste estudo indicam que carbono orgânico dissolvido e particulado, bem como xenoestrógenos podem estar interferindo no desenvolvimento da síndrome, levando a subestimação de avaliação do imposex. As concentrações de butilestânicos, além do aumento ou continuidade alta na incidência de imposex após o banimento na maioria das estações indicam que, apesar da proibição do uso do TBT em tintas antiiincrustantes no Brasil, elas ainda estão sendo utilizadas de forma ilegal, especialmente em pequenos barcos. Esse estudo é fundamental para se propor medidas de mitigação e controle dos compostos organoestânicos, até mesmo dos novos antifoulings TBT- free, que também possuem efeitos prejudiciais ao ambiente. Além disso, as áreas onde se registrou altos índices de imposex serão essenciais para o monitoramento dos efeitos desses novos antifoulings. / Antifoulings paints are used to prevent of fouling organisms on underwater structures, especially hull vessels. Organotin compounds (OTs) used in these paints, including tributyltin, are endocrine disrupters and caused damage to various ecosystems. In the case of the gastropod mollusks, such pollution causes females acquire male characteristics, such as penis and vas deferens, a phenomenon known as imposex. The International Maritime Organization (IMO) established a ban on OTs-based paints on ships, in 2008. In Brazil, the NORMAN 23, prohibited the use in 2007, but the Navy had suspended its use since 2003. However, deleterious effects of these compounds are still detected in several countries, including along the Brazilian coast. This work aimed to make a temporal time series assessment (1997-2012) of organotins pollution on the coast of Rio de Janeiro State using as bioindicator the species Stramonita haemastoma. The study area included five regions: Paraty, Ilha Grande, Ilha Grande Bay, Guanabara Bay and Arraial do Cabo. In each biomonitoring station were collected 30 sexually mature individuals of the specie S. haemastoma through free diving in apnea and analyzed using the non-destructive method proposed by Fernandez et al, (2007). Butyltin chemical analyzes were made in surface sediments of mangroves of Paraty (Mangrove close to the sources and Saco do Mamanguá mangrove) and Ilha Grande (Aventureiro mangrove) the last two being considered the reference areas. In all five areas studied along the coast of the State of Rio de Janeiro were recorded stations with high levels of imposex. Although many stations present a decrease in rates, in most there was an increase or maintenance in the high percentage of imposex after the ban. The average concentrations of the mangrove butyltin (S1), close to local sources, were 205.7 16.8 ng (Sn) of TBT g-1, 16.4 1.3 ng (Sn) g -1 of DBT and 10.0 2.9 ng (Sn) g-1 MBT. In the areas of reference: the Saco do Mamanguá mangrove (S2) were 16.0 0.8 ng (Sn) g -1 of TBT, 10.1 1.4 ng (Sn) g -1 of DBT and 10, 1 2.2 ng (Sn) g-1 of MBT and Aventureiro mangrove (S3) with 18.1 4.2 ng (Sn) of TBT g-1, 15.3 0.5 ng (Sn)g-1 DBT and 10.2 1.5 ng (Sn). g-1 MBT. The degradation rates were 0,1, 1,3 and 1,4 respectively indicating recent inputs of these compounds. The results of this study indicate that dissolved and particulate organic carbon and xenoestrogens may be interfering with the development of the syndrome, leading to underestimation of assessment of imposex. Butyltins concentrations and increased or high continued incidence of imposex after the ban on most stations show that despite the ban on the use of TBT in antifouling paints in Brazil, they are still being used illegally, especially in small boats. This study is essential to propose measures to mitigate and control of organotin compounds, even the new TBT-free antifoulings, which also have negative environmental effect. This is because the areas where high levels of imposex recorded wil be the more critical for monitoring the effects of these new antifoulings.
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