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Teoria geral do crime: anÃlise do autocontrole em amostras da populaÃÃo geral e reclusos do sistema prisional / General Theory of Crime: Analysis of Self-control on Samples of General Population and Prisoners

Elba Celestina do Nascimento SÃ 25 September 2015 (has links)
nÃo hà / A Teoria Geral do Crime se propÃe a explicar os comportamentos desviantes, criminosos e anÃlogos, considerando-os conjuntamente a partir de um Ãnico referencial; proposta por T. Hirschi e M. Gottfredson, a teoria traz à tona o autocontrole como um construto-chave para a explicaÃÃo destes comportamentos; esse à compreendido como uma tendÃncia estÃvel para nÃo aderir aos benefÃcios e interesses pessoais de curto prazo em detrimento de interesses pessoais e coletivos de longo prazo diante de oportunidades contingenciais. Fatores como supervisÃo dos pais, disciplina e afeto, sÃo fundamentais para o desenvolvimento do autocontrole; falhas nesses aspectos podem fomentar indivÃduos com baixos nÃveis desta caracterÃstica e com maior probabilidade de se envolver em comportamentos criminosos e anÃlogos. Neste Ãmbito, destacam-se elementos que caracterizam o baixo autocontrole, sÃo eles: orientaÃÃo voltada para o aqui e o agora; interesse por experiÃncias arriscadas e emocionantes; preferÃncia por tarefas simples frente Ãs complexas; inabilidade para planificar o comportamento e planejar objetivos em longo prazo; egocentrismo e indiferenÃa pelas necessidades e desejos dos outros e baixa tolerÃncia à frustraÃÃo e alta frente à dor A presente dissertaÃÃo objetivou testar alguns pressupostos da Teoria Geral do Crime tais como estabilidade do autocontrole, prevalÃncia de gÃnero e alguns correlatos; para isso, foi realizado um estudo transversal, considerando duas amostras especÃficas. A primeira contou com 537 indivÃduos da populaÃÃo geral, com idades entre 18 e 81 anos (m = 29,7; dp = 9,98), majoritariamente masculina (64,4%), solteira (68,7%), catÃlica (51,3%) e com ensino superior incompleto (52,2%). A segunda amostra, por sua vez, foi composta por 459 reclusos oriundos do sistema penitenciÃrio do CearÃ, com idades variando entre 18 e 66 anos (m = 26,9; dp = 7,60), majoritariamente masculina (65,8%), solteira (53,3%), catÃlica (43%) e com atà ensino fundamental incompleto (53,4%). Os dados foram coletados em locais pÃblicos e no interior dos presÃdios, respectivamente. Todos os participantes da pesquisa relativos à populaÃÃo geral, responderam à Escala de Autocontrole (EAC) e perguntas de carÃter sociobiodemogrÃfico. No que se refere à amostra de encarcerados, estes responderam, alÃm da EAC, a um conjunto de escalas e a um questionÃrio contendo itens referentes a diversos Ãmbitos da vida dos detentos, como: histÃrico prisional, perfil educacional, estrutura familiar, perfil laboral, experiÃncia no sistema carcerÃrio, indicadores de saÃde mental e questÃes demogrÃficas. Os procedimentos Ãticos, para realizaÃÃo da pesquisa, foram seguidos. As anÃlises dos dados foram realizadas pelo SPSS, versÃo 20, para a realizaÃÃo de estatÃsticas descritivas, bem como inferenciais. No que tange aos resultados, observaram-se diferenÃas considerÃveis nos nÃveis de autocontrole entre reclusos e populaÃÃo geral; tais diferenÃas tambÃm foram encontradas com relaÃÃo ao gÃnero; ademais, foi observada estabilidade do autocontrole independentemente da idade. NÃo obstante Ãs limitaÃÃes, os resultados concernentes ao presente estudo propiciaram uma melhor compreensÃo dos elementos relacionados ao crime à luz da teoria, no sentido de promoÃÃo de conhecimento na Ãrea, partindo da testagem no Ãmbito brasileiro de alguns fundamentos da teoria em questÃo. SugestÃes para estudos futuros que possam trazer contribuiÃÃes teÃricas pertinentes à Ãrea sÃo destacadas.

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