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As armas de Marte no espelho de Vênus: a marca de gênero em ciências biológicasSouza, Ângela Maria Freire de Lima e January 2003 (has links)
216 f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-30T12:59:07Z
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Previous issue date: 2003 / Este estudo teve como objetivo analisar implicações de gênero na formação e no exercício profissional de mulheres biólogas que atuam como pesquisadoras. A abordagem teórica do tema proposto envolveu a análise histórico-filosófica da Ciência Moderna à luz da teoria feminista sobre o modelo dominante da construção do conhecimento, segundo a qual as escolas filosóficas que norteiam o pensamento científico não são neutras do ponto de vista de gênero, uma vez que teorias essencialistas sobre ser homem e ser mulher, apontam para uma pretensa dificuldade das mulheres frente aos desafios da produção de conhecimento, em função de sua suposta menoridade intelectual, sua subjetividade, a prevalência da emoção sobre a razão e a ausência da agressividade inerente à idéia de dominação exigida de um cientista diante de seu objeto de estudo. Neste sentido, a construção da identidade feminina e sua articulação como o mundo da ciência também foram objeto de análise. Considerando a importância do curso de graduação para a formação da cientista, no caso específico a bióloga pesquisadora, analisou-se também o curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia quanto à opção epistemológica e modelo de currículo. O relato das cientistas sobre sua experiência no campo profissional e de suas impressões sobre o curso que realizaram constitui a principal fonte de informação deste estudo, de caráter qualitativo, em consonância com a inspiração feminista que o caracteriza. Foram realizadas entrevistas com pesquisadoras biólogas formadas pelo Instituto de Biologia no período de 1973 a 2000, das quais emergiram as categorias de análise que nortearam a pesquisa: identidade feminina, identidade de cientista, concepção de Ciência, opção epistemológica e modelo de currículo do Curso de Ciências Biológicas e relações de poder no ambiente de trabalho associadas a estereótipos de gênero. Os resultados da pesquisa de campo confrontados com o referencial teórico permitem afirma que é substancial a marca do gênero na academia, particularmente no universo onde se inserem as biólogas formadas pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia. A análise dos dados permite a afirmação de que é de inspiração positivista a concepção do curso de Ciências Biológicas, assim como se caracteriza como tecnicista e conteudista o modelo de currículo adotado no curso desde sua criação e também por ocasião de suas reformas curriculares. As normas, os códigos, os valores e as condutas esperadas e estimuladas nos estudantes que se direcionam para a pesquisa científica são aqueles preconizados pelo pensamento hegemônico no mundo científico, embasados no racionalismo de Descartes e no positivismo de Comte, em que a Razão se afirma como faculdade primordial e suficiente para a apreensão dos fenômenos, como também na única possibilidade de elaboração de um método universalmente válido para desvendar a Natureza. As cientistas, em sua maioria, percebem a sua identidade feminina como uma possível ameaça à consecução de seus objetivos, uma vez que esta identidade se associa a aspectos da experiência humana que são precisamente aqueles considerados indesejáveis à prática de construção do conhecimento, como a emoção, a subjetividade, a ausência de agressividade ou competitividade e, sobretudo, a maternidade. As entrevistadas em sua maioria associam a identidade feminina à maternidade e ao cuidado, exatamente como vêm fazendo as mulheres de outras gerações. Os depoimentos refletem o conflito entre as exigências do trabalho científico e os encargos domésticos, configurando-se nas mentes dessas mulheres duas identidades separadas, antagônicas: a mulher e a cientista, sob a mesma ótica cartesiana impregnada em seu modo de ver o mundo. Quanto às relações de poder no mundo do trabalho, a pesquisa revelou que, embora sejam mais numerosas que os homens no campo das ciências biológicas, poucas são as mulheres que ocupam ou ocuparam posição de destaque enquanto cientistas nas suas respectivas instituições. As entrevistadas, em sua maioria, afirmaram não terem sido afetadas por preconceito ou discriminação explícita, atribuindo tal fato à adoção de uma postura desafiadora e confiante diante de seus pares. Esta “adequação” ao modelo masculino envolve atitudes mentais, aprendizados de técnicas e procedimentos, incremento da competitividade e principalmente, a negação daqueles elementos associados à identidade feminina que poderiam se constituir objeto de crítica ou censura de seus pares. Afirma-se, portanto, que no contexto onde estão inseridas, as cientistas, sujeitos dessa pesquisa, refletem ou assimilam certas características associadas ao masculino para se estabelecerem no ambiente científico marcado pelo viés androcêntrico já denunciado muitas vezes ao longo deste estudo. O estudo indica que o grande desafio para as cientistas é a própria estrutura do campo da pesquisa científica, concebido e construído para os homens, dentro do modelo da sociedade patriarcal, que preconiza a liberdade irrestrita dos homens no mundo do trabalho, enquanto todos os encargos da vida familiar são de responsabilidade da mulher. Conclui-se, portanto, que a superação das dificuldades das mulheres no mundo da ciência e a correção das assimetrias históricas de gênero no seu campo de trabalho estão na dependência de uma mudança estrutural profunda na sociedade que altere a divisão de responsabilidades no exercício dos papéis de gênero. / Salvador
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Pensamento pós-crítico, currículo e teoria crítica: aproximações, tensões / Post-critical thinking, curriculum and critical theory: approximations, tensionsBarbosa, Renata Peres [UNESP] 10 March 2017 (has links)
Submitted by RENATA PERES BARBOSA null (renatinha_peress@hotmail.com) on 2017-04-07T13:29:25Z
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PENSAMENTO PÓS-CRÍTICO, CURRÍCULO E TEORIA CRÍTICA_APROXIMAÇOES, TENSOES.pdf: 849733 bytes, checksum: 37338d610b7ced6b3458c08112de4913 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-04-17T14:07:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017-03-10 / Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado (AIUP) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente pesquisa pretende realizar uma análise crítica da problemática epistemológica moderna no campo educativo, com o recorte para os estudos da teoria curricular. A proposta empreendida foi de analisar a recepção do pensamento pós-crítico nos estudos do currículo, no intuito de compreender o campo de problematização filosófico educacional acerca da teoria crítica e pós-crítica no enfrentamento das limitações do projeto moderno. O projeto da modernidade se desenvolve tendo como referências a razão, o progresso, a emancipação e a liberdade, e deposita no sujeito a capacidade para confrontar a pluralidade dos sujeitos singulares a um conteúdo universal e objetivo. No entanto, a razão moderna assume um caráter totalitário que exclui aquilo que não enquadra em suas leis, e a multiplicidade da experiência, necessária à formação humana, é negligenciada pela cegueira do formalismo lógico. São inúmeras as críticas, questionamentos radicais que colocam sob suspeita princípios basilares, dentre eles, o da possibilidade de emancipação e do sujeito racional. A crítica se articula ao discurso pós-crítico, de deslegitimação dos metarrelatos pedagógicos modernos, que prescinde da universalidade e de qualquer mediação conceitual, se apoia na contingência, no efêmero, na multiplicidade, entendendo a realidade em sua constituição discursiva. A questão aqui levantada é que o discurso pós-crítico recai num irracionalismo inevitável, no “culto à imediaticidade irracional” (ADORNO, 2009, p. 15), na esteira da instrumentalização da cultura, excluindo os potenciais críticos, na resignação a novas formas de dominação por detrás do discurso de liberdade, o que torna inconsistente sua recepção no campo educativo. Apresentamos a dialética negativa como opção metodológica para mobilizar o conceito de diferença, como suporte teórico mais adequado, que nos permite realizar uma leitura para além da singularidade absoluta do plano empírico. A dialética negativa pressupõe o movimento de confrontação do particular com a universalidade, para que os potenciais do objeto possam se realizar historicamente, para que a diferença e a multiplicidade da experiência, subsumidas pelo procedimento científico, possam emergir desse confronto. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica. / The present research intends to carry out a critical analysis of the modern epistemological problematic in the educational field, with emphasis for the studies of the curricular theory. The proposal was to analyze the reception of post-critical thinking in curriculum studies, in order to understand the field of philosophical educational problematization about critical and post-critical theory in the face of the limitations of the modern project. The project of modernity is developed with reference the reason, the progress, the emancipation and the freedom, and places in the subject the capacity to confront the plurality of individual subjects with a universal and objective content. However, modern reason assumes a totalitarian character that excludes what does not fit into its laws, and the multiplicity of experience, necessary for human formation, is neglected by the blindness of logical formalism. There are innumerable criticisms, radical questions that put under suspicion basic principles, among them, the possibility of emancipation and the rational subject. Criticism articulates the post-critical discourse, the delegitimation of modern pedagogical meta-narratives, which dispenses with universality and any conceptual mediation, rests on contingency, ephemeral, multiplicity, understanding reality in its discursive constitution. The point raised here is that post-critical discourse falls on an unavoidable irrationalism, in the "cult of irrational immediacy" (ADORNO, 2009, p.15), on the field of the culture instrumentalization, excluding potential critics, resignation to new forms Of domination behind the discourse of freedom, which makes its reception in the educational field inconsistent. We present the negative dialectic as a methodological option to mobilize the concept of difference, as a more adequate theoretical support, which allows us to perform a reading beyond the absolute singularity of the empirical plane. The negative dialectics presuppose the movement of confrontation of the individual with universality, so that the potentials of the object can be realized historically, and that the difference and multiplicity of experience, subsumed by scientific procedure, can emerge from this confrontation. This is a bibliographical research.
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DOIS ARGUMENTOS PELO CONHECIMENTO SOBRE A CIÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: POR UMA CONTRAIDEOLOGIA DO CONFLITO E UM METACONHECIMENTO PODEROSO / TWO ARGUMENTS IN DEFENSE OF THE KNOWLEDGE ABOUT THE SCIENCE IN SCIENCE TEACHING: FOR A CONTRAIDEOLOGY OF CONFLICT AND A POWERFUL METAKNOWLEDGEMoreira, André Batista Noronha 12 September 2018 (has links)
Apresentamos e discutimos neste trabalho dois argumentos, provindos de obras de dois dos principais teóricos de currículo, Michael Apple e Michael Young, em defesa do conhecimento sobre a ciência no ensino de ciências. Depois de um resgate histórico acerca do reconhecimento da importância da história e filosofia da ciência no ensino de ciências, retomamos as críticas de natureza filosófica à chamada visão consensual da natureza da ciência. Insistimos que a distância entre o debate sobre a natureza da ciência no ensino de ciências e suas críticas mantém-se longe de debates de natureza social, política e curricular, e apontamos para a necessidade de um papel político para a história e filosofia da ciência na educação científica. Afirmamos que isto significa terem um papel na resistência e combate a processos mais amplos ao ensino de ciências, como o processo de mercantilização da educação e da ciência e às ondas de valorização e desvalorização ideológica da ciência. Primeiro, com base em apontamentos da teoria crítica de currículo e em obras seminais de Apple e seu conceito de conflito, advogamos que a abordagem tipo-tenets presente na visão consensual tende, por sua forma, a ser convidativa a políticas de avaliações padronizadas, guiadas pelas ideologias neoliberal e cientificista-positivista, coadjuvantes a políticas educacionais mercantilizantes. Argumentamos, pois, que a história da ciência e o conceito de conflito devem ser entendidos como uma contraideologia do conflito às ideologias neoliberal e cientificista-positivista, emergindo seus papeis políticos de resistência aos processos de mercantilização da educação. Segundo, apoiados em obras recentes de Young e seu conceito de conhecimento poderoso, defendemos que o conteúdo da visão consensual flerta demasiadamente com visões subjetivistas, ressonantes a defesas relativistas epistêmicas pós-modernas. Assim, argumentamos que a filosofia da ciência, balizada por uma visão realista estrutural social, deve ser entendida como um metaconhecimento poderoso, proposição conceitual baseada naquela de Young, contra o relativismo epistêmico e políticas curriculares localistas que excluem a ciência. A natureza política deste argumento evidencia-se no fato de que tal exclusão viola princípios de equidade e de justiça social, traduzidos no apelo de garantia mínima acesso educacional irrestrito, amplo e efetivo a conhecimentos poderosos. Por fim, discutimos tensões entre os argumentos propostos, ponderações nas abordagens consideradas, e apontamos para desenvolvimentos futuros. / We present and discuss in this thesis two arguments, based in the works of two leading curriculum theorists, Michael Apple and Michael Young, in defense of knowledge about science in science teaching. After a historical rescue on the recognition of the importance of the history and philosophy of science in science education, we discuss briefly the philosophical criticism over the so-called consensus view of nature of science. We argue that the distance between the debate on the nature of science in science teaching and its mains critics remains far from arguments of social, political and curricular nature, then we stress the need for a explicit political role for the history and philosophy of science in science education. This means take into account broader processes in education, such as the process of commodification of education and science and the waves of ideological valuation and devaluation of science. First, based on critical curriculum theory and in Apple\'s seminal works and his concept of conflict, we advocate that the tenets-type approach present in the consensus view, by its form, tends to be inviting to standard tests, high-stakes testing, as well to the neoliberal and scientistic-positivist ideologies, inherent in commodification policies. We argue, therefore, that the history of science and the concept of conflict must be understood as a counter-ideology of conflict against neoliberal and scientistic-positivist ideologies, and their political roles emerge as a resistance to the commodification processes of education. Second, based on Young\'s recent works and his concept of powerful knowledge, we argue that the content of the consensus view of nature of science is sympathetic to subjectivist visions, resonating with the postmodern epistemic relativism. Thus, our argument is that philosophy of science, guided by a realistic structural social view, should be understood as a powerful metaknowledge, a conceptual proposition based on Young\'s, against epistemic relativism and localist curricular policies that exclude science. The political nature of our argument is evidenced by the fact that such exclusion violates principles of equity and social justice, translated into the call for minimum guarantee of unrestricted, broad and effective educational access to powerful knowledges. Finally, we discuss tensions between the proposed arguments, as well limitations in our approaches, and point to future developments.
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DOIS ARGUMENTOS PELO CONHECIMENTO SOBRE A CIÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: POR UMA CONTRAIDEOLOGIA DO CONFLITO E UM METACONHECIMENTO PODEROSO / TWO ARGUMENTS IN DEFENSE OF THE KNOWLEDGE ABOUT THE SCIENCE IN SCIENCE TEACHING: FOR A CONTRAIDEOLOGY OF CONFLICT AND A POWERFUL METAKNOWLEDGEAndré Batista Noronha Moreira 12 September 2018 (has links)
Apresentamos e discutimos neste trabalho dois argumentos, provindos de obras de dois dos principais teóricos de currículo, Michael Apple e Michael Young, em defesa do conhecimento sobre a ciência no ensino de ciências. Depois de um resgate histórico acerca do reconhecimento da importância da história e filosofia da ciência no ensino de ciências, retomamos as críticas de natureza filosófica à chamada visão consensual da natureza da ciência. Insistimos que a distância entre o debate sobre a natureza da ciência no ensino de ciências e suas críticas mantém-se longe de debates de natureza social, política e curricular, e apontamos para a necessidade de um papel político para a história e filosofia da ciência na educação científica. Afirmamos que isto significa terem um papel na resistência e combate a processos mais amplos ao ensino de ciências, como o processo de mercantilização da educação e da ciência e às ondas de valorização e desvalorização ideológica da ciência. Primeiro, com base em apontamentos da teoria crítica de currículo e em obras seminais de Apple e seu conceito de conflito, advogamos que a abordagem tipo-tenets presente na visão consensual tende, por sua forma, a ser convidativa a políticas de avaliações padronizadas, guiadas pelas ideologias neoliberal e cientificista-positivista, coadjuvantes a políticas educacionais mercantilizantes. Argumentamos, pois, que a história da ciência e o conceito de conflito devem ser entendidos como uma contraideologia do conflito às ideologias neoliberal e cientificista-positivista, emergindo seus papeis políticos de resistência aos processos de mercantilização da educação. Segundo, apoiados em obras recentes de Young e seu conceito de conhecimento poderoso, defendemos que o conteúdo da visão consensual flerta demasiadamente com visões subjetivistas, ressonantes a defesas relativistas epistêmicas pós-modernas. Assim, argumentamos que a filosofia da ciência, balizada por uma visão realista estrutural social, deve ser entendida como um metaconhecimento poderoso, proposição conceitual baseada naquela de Young, contra o relativismo epistêmico e políticas curriculares localistas que excluem a ciência. A natureza política deste argumento evidencia-se no fato de que tal exclusão viola princípios de equidade e de justiça social, traduzidos no apelo de garantia mínima acesso educacional irrestrito, amplo e efetivo a conhecimentos poderosos. Por fim, discutimos tensões entre os argumentos propostos, ponderações nas abordagens consideradas, e apontamos para desenvolvimentos futuros. / We present and discuss in this thesis two arguments, based in the works of two leading curriculum theorists, Michael Apple and Michael Young, in defense of knowledge about science in science teaching. After a historical rescue on the recognition of the importance of the history and philosophy of science in science education, we discuss briefly the philosophical criticism over the so-called consensus view of nature of science. We argue that the distance between the debate on the nature of science in science teaching and its mains critics remains far from arguments of social, political and curricular nature, then we stress the need for a explicit political role for the history and philosophy of science in science education. This means take into account broader processes in education, such as the process of commodification of education and science and the waves of ideological valuation and devaluation of science. First, based on critical curriculum theory and in Apple\'s seminal works and his concept of conflict, we advocate that the tenets-type approach present in the consensus view, by its form, tends to be inviting to standard tests, high-stakes testing, as well to the neoliberal and scientistic-positivist ideologies, inherent in commodification policies. We argue, therefore, that the history of science and the concept of conflict must be understood as a counter-ideology of conflict against neoliberal and scientistic-positivist ideologies, and their political roles emerge as a resistance to the commodification processes of education. Second, based on Young\'s recent works and his concept of powerful knowledge, we argue that the content of the consensus view of nature of science is sympathetic to subjectivist visions, resonating with the postmodern epistemic relativism. Thus, our argument is that philosophy of science, guided by a realistic structural social view, should be understood as a powerful metaknowledge, a conceptual proposition based on Young\'s, against epistemic relativism and localist curricular policies that exclude science. The political nature of our argument is evidenced by the fact that such exclusion violates principles of equity and social justice, translated into the call for minimum guarantee of unrestricted, broad and effective educational access to powerful knowledges. Finally, we discuss tensions between the proposed arguments, as well limitations in our approaches, and point to future developments.
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