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Alterações na superfície ocular de coelhos tratados com formulações do herbicida ácido diclorofenoxiacético (2,4 D), utilizando a graduação do teste ocular de DraizeCollor, Lílian Verdolin Milo January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2007. / Submitted by Luanna Maia (luanna@bce.unb.br) on 2009-03-06T15:53:48Z
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Dissert_Lilian Collor.pdf: 2851385 bytes, checksum: 9aa50d532a9bb626e02088248ac08715 (MD5) / O teste de irritação ocular é requerido pelos órgãos governamentais brasileiros
durante o processo de registro de um produto agrotóxico, e essencial para sua
classificação toxicológica. O presente estudo avaliou as alterações macroscópicas e
microscópicas na superfície do olho de coelhos após o tratamento com quatro
formulações de herbicidas contendo o ácido diclorofenoxiacético (2,4-D), utilizando a
escala de graduação das reações oculares proposta por Draize. Foram utilizados 84
coelhos, 21 animais por formulação, distribuídos em 7 grupos. Uma única dose de 0,1
mL ou g foi aplicada diretamente no saco conjuntival do olho esquerdo de cada
animal, e o olho direito foi utilizado como controle. As alterações na córnea, íris e
conjuntivas foram graduadas nos intervalos de 1, 24, 48 e 72 horas e 7, 14 e 21 dias
após a aplicação. Em cada intervalo, três animais foram eutanasiados, seus olhos
removidos e os tecidos preparados para exame histológico. Os resultados
macroscópicos mostraram que não houve proporcionalidade entre a concentração de
2,4-D e a intensidade das alterações na córnea. Os produtos 1 e 2, com menor
concentração de 2,4-D e pH próximo da neutralidade, mostraram alterações discretas
e moderadas na córnea quando comparados aos produtos 3 e 4 que apresentaram na
maioria alterações moderadas e acentuadas. As lesões produzidas no epitélio córneo
foram, na maioria, reparadas durante o período do experimento, com exceção
daquelas em um animal tratado com o produto 3 e de três animais do produto 4 que
tiveram rompimento da córnea. Infiltrados de neutrófilos polimorfonucleares foram
detectados microscopicamente na maioria das inflamações na córnea, íris e
conjuntivas notadas nos exames clínicos. Entretanto, não houve em todos os casos
relação direta entre a intensidade das alterações macro e microscópicas. Os exames
micro ainda mostraram em alguns animais alterações que normalmente não são
visualizadas clinicamente, como hiperplasia, queratinização e descamação do epitélio
córneo, e inflamação do corpo ciliar, que podem comprometer o processo da visão. A
legislação brasileira atual é conservadora, pois considera como extremamente tóxico
qualquer produto que apresente opacidade na córnea, reversível ou não em 7 dias.
Os resultados deste estudo indicam a necessidade da revisão da legislação em
harmonia com os procedimentos utilizados internacionalmente.
_____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Ocular irritation test is required by the Brazilian government authorities during the
registration process of pesticide products, and it is essential for its toxicological
classification. The present study evaluated the clinical and microscopic changes in the
eye surface of rabbits after treatment with four pesticide formulations containing the
herbicide 2,4-D dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D), using the Draize scale for grading
the ocular irritation. Eighty four animals were used in the experiment, being 21 for each
formulation, distributed in 7 groups. A single dose of 0.1 mL or g was directly applied
to the conjunctive sac of the left eye of each animal, and the right eye being used as
control. Changes in the cornea, iris and conjunctives were graduated after 1, 24, 48
and 72 hours and 7, 14 and 21 days after treatment. In each interval, three animals
were killed, the eyes removed and the ocular tissues prepared for the histological
examination. Clinical results showed no proportionality between concentration of 2,4-D
in the formulation and severity of corneal damage. The products 1 and 2, with lower
2,4-D concentration and pH near the neutrality, caused discrete and moderate
changes in the cornea when compared with the products 3 and 4, which caused
moderate and accentuated changes. Lesions produced in the corneal epithelium were
repaired during the experiment, with exception of those in one animal treated with
product 3 and three animals treated with product 4 which had corneal perforation.
Infiltrates of polymorphonuclear neutrophil cells were observed microscopically in the
majority of the inflammatory events clinically noted on the cornea, iris and
conjunctives. However, not always the intensity of the changes observed macro and
microscopically were correlated. Microscopy showed corneal hyperplasia,
queratinization and desquamation and inflammation of the ciliary body of many
animals as a result of the treatment, changes that can affect the vision but are not
normally observed during the clinical examination. The current Brazilian legislation is
conservative, as it considers any product that shows corneal opacity, reversible or not
after 7 days, as extremely toxic. The present work indicates the need to update this
legislation according to the international procedures.
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