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Caracterização imunocitoquímica da expressão da proteína RAP1 em blocos de células escamosas provenientes de citologia cervical em meio líquidoFigueiredo, Anna Carolina Cançado January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou / O diagnóstico precoce acurado do câncer cervical, relevante problema de saúde
pública no mundo e no Brasil, pela citologia oncótica (Teste de Papanicolaou), é muito prejudicado pela subjetividade e variabilidade dos resultados falsos negativos
e falsos positivos do método, particularmente diante de células escamosas atípicas (ASC). Recentes inovações técnicas, como citologia em meio líquido e
imunocitoquímica com biomarcadores de proliferação celular, aumentaram a
expectativa de melhorias no rastreamento do câncer cervical. No entanto, a
aplicabilidade destas inovações nos estágios mais iniciais de atipia e displasias
epiteliais permanecem incertas. Assim, considerando resultado prévio do nosso
grupo de pesquisa, que identificou a proteína RAP1 como biomarcador diagnóstico
da displasia cervical, este trabalho tem como objetivo caracterizar a expressão da
proteína RAP1, comparativamente à expressão dos biomarcadores p16 e Ki-67, por
imunocitoquímica, em blocos de células escamosas cervicais para possível
aplicabilidade na triagem do câncer do colo do útero. Para tal, 34 amostras, 27
pacientes com diagnóstico de alterações celulares benignas (ACB) e 7 pacientes
com diagnóstico de ASC foram coletadas na unidade Jenny Faria do Hospital das
Clínicas da UFMG. Os resultados indicaram que 85% das amostras de blocos celulares foram satisfatórias para análise morfológica e a técnica reproduziu os principais parâmetros citopatológicos da citologia convencional. Em relação a sua utilização para diagnóstico, o bloco de células apresentou sensibilidade de 38,46%,
especificidade de 90,47% e uma variabilidade interobervador com taxa de concordância de aproximadamente 30% para os grupos ACB e ASC. A expressão da proteína RAP1 foi positiva na maioria das amostras do grupo “ACB” (15/27 ou 55,56%) e resultado negativo na maioria das amostras do grupo “ASC” (4/7 ou 57,14%) com sensibilidade de 16,66%, especificidade de 75, %. As reações
imunocitoquímicas das proteínas p16 e Ki-67 demonstraram, em ambos os grupos,
apresentaram predomínio absoluto ou totalidade de resultados negativos. O DNA de
HPV foi detectado em 9 (33,33%) das 27 amostras do grupo ACB e em 4 (57,14%)
das 7 amostras do grupo ASC. O HPV-16 foi detectado nas 4 amostras do grupo ASC. Nas amostras do grupo ACB foram detectados os HPV-16, em 5 amostras, HPV-58, em 2 amostras, HPV-45, em 1 amostra e HPV-66 em 1 amostra.
Observamos inexistência de relação entre a presença do HPV e a expressão
imunocitoquímica de RAP1 em ambos os grupos. Em conclusão, os blocos de células podem complementar o teste de Papanicolaou na triagem do câncer do colo uterino e a expressão da proteína RAP1 está aumentada em células cervicais em ambiente inflamatório, associado ou não à presença de HPV / The accurate early diagnosis of cervical cancer, relevant public health problem
worldwide and in Brazil by cytology (Pap test), is hampered by its subjectivity and
variability of false positive and false negative results, particularly on atypical
squamous cell (ASC). Recent technical innovations, such as based liquid cytology
and immunocytochemistry for with cell proliferation biomarkers, increased the
expectation cervical cancer screening. However, the applicability of these innovations in early stages of epithelial dysplasia and atypia remains uncertain. Considering previous findings of our research group, which identified the RAP1 protein as a biomarker diagnosis of cervical dysplasia, this study aims to characterize the expression of RAP1 (compared to the expression of p16 and Ki-67 biomarkers) by
immunocytochemistry in cell blocks of cervical squamous cells, for possible
applicability in screening for cervical cancer. For this purpose, 27 patients with
benign cellular changes (ACB) and 7 patients with ASC diagnosis were collected in
Hospital das Clínicas from UFMG. The results indicated that 85% of the samples of
cell blocks were satisfactory for morphological analysis and also that the cytological technique reproduces the main parameters of the conventional cytology. Regarding its use for diagnosis, the cell block had a sensitivity of 38.46%, specificity of 90.47% and an interobserver variability with concordance rate of approximately 30% for the ACB and ASC groups. The RAP1 expression was positive in most of the samples of the group "ACB" (15/27 or 55.56%) and most negative in the sample group "ASC" (4/7 or 57.14%) with a sensitivity of 16.66% and specificity of 75%. The immunocytochemical reactions for p16 and Ki-67 showed predominance of negative
or all negative staining in both groups. HPV DNA was detected in 9 (33.33%) of the 27 samples of the ACB group and in 4 (57.14%) of 7 ASC group samples. HPV-16 was detected in 4 samples ASC group. Samples from the group ACB HPV-16 were detected in 5 samples, HPV-58 in 2 samples, HPV-45, HPV-1 sample, and 66 in one sample. We observed no relationship between the presence of HPV and
immunostaining of RAP1 in both groups. In conclusion, cell blocks can be a ancillary
tool to the Pap test for cervical cancer in screening and the expression of the RAP1
protein is increased in cervical cells in an inflammatory environment, with or without
the presence of HPV.
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