Spelling suggestions: "subject:"ehe kemple scroll"" "subject:"ehe kemple acroll""
1 |
O novo templo e a aliança sacedortal da comunidade de Qumran / The new temple and the priestly alliance: the Qumran CommunitySilva, Clarisse Ferreira da 13 August 2009 (has links)
Desde sua construção no tempo do rei Salomão, o Templo de Jerusalém foi pedra angular do Javismo do Sul e, por conseguinte, do Judaísmo do Segundo Templo. O Pensamento do Templo, baseado nas regras de pureza e impureza dentro do espaço e tempo sagrados com as quais se orientava a vida sacerdotal, expandir-se-á de modo vigoroso nesse período com o crescimento da importância e centralidade do santuário hierosolimita na sociedade pós-exílica. Ao mesmo tempo, a valorização do sacerdócio estava em seu auge. O sumo sacerdote foi, desde o retorno de Babilônia, o chefe religioso e político da nação judaica até a ascensão de Salomé Alexandra ao trono no primeiro século a.C., função que lhe seria restituída com a queda da dinastia herodiana na Judéia. Por volta do século II a.C., uma comunidade fundada e liderada por sacerdotes, conhecida atualmente como Comunidade de Qumran, isolou-se da sociedade circundante, objetivando seguir uma estrita observância das regras sacerdotais de pureza. Em seu centro no deserto da Judéia, na região de Qumran próxima ao Mar Morto, seus membros produziram e guardaram manuscritos através dos quais basearam e constituíram sua organização peculiar. Esses manuscritos são denominados Manuscritos do Mar Morto ou, mais especificamente, Manuscritos de Qumran. Entre eles estão o Rolo (ou Pergaminho) do Templo, a Regra da Comunidade e o Documento de Damasco, fontes de interpretação bíblica e de normas comunitárias que os guiaram, enquanto aguardavam o tempo do fim, quando os sacerdotes da Comunidade seriam finalmente reinvestidos de seu poder no Templo purificado. E é baseando-nos nesses três documentos que elaboramos nossa tese ao analisar os discursos veiculados pela liderança comunal, os quais visavam à constituição de uma sociedade sacerdotal, moldada em uma interpretação radical das Escrituras e do mundo. / Since its construction in the time of king Salomon, the Jerusalem Temple was the corner stone of the Southern Javism and, from then on, of the Second Temple Judaism. The so-called Temple Thought, based on the rules of pure and impure inside the sacred place and time which governed the priestly life, will expand vigorously in this period due to the growth in importance and centrality of the Jerusalemite sanctuary inside the post-exilic society. At the same time, the high value of the priesthood was in its peak. The high priest was, from the return from the Babylonian exile on, the religious and political head of the Jewish nation until Salome Alexandras ascension to the throne in the first century B.C., function that was restituted after the fall of the Herodian dynasty. Around the second century B.C., a community founded and leaded by priests, presently known as the Qumran Community, isolated itself from the surrounding society, aiming at following the strict observance of the priestly rules of purity. In its centre in the Judean desert, in the region of Qumran near the Dead Sea, its members produced and kept manuscripts by which they based and constituted their peculiar organization. Those manuscripts are named Dead Sea Scrolls, or, more specifically, Qumran Scrolls. Among them we can find the Temple Scroll, the Rule of Community and the Damascus Document, sources of biblical interpretation and of community rules that guided them while they expected the end of times, when the priests of the Community would, eventually, be reinvested of their power in the purified Temple. Basing ourselves on these three documents we elaborated our dissertation by analyzing the discourse produced by the communal leadership, whose goal was the constitution of a priestly society, shaped in its radical interpretation of the Scriptures and of the world.
|
2 |
O novo templo e a aliança sacedortal da comunidade de Qumran / The new temple and the priestly alliance: the Qumran CommunityClarisse Ferreira da Silva 13 August 2009 (has links)
Desde sua construção no tempo do rei Salomão, o Templo de Jerusalém foi pedra angular do Javismo do Sul e, por conseguinte, do Judaísmo do Segundo Templo. O Pensamento do Templo, baseado nas regras de pureza e impureza dentro do espaço e tempo sagrados com as quais se orientava a vida sacerdotal, expandir-se-á de modo vigoroso nesse período com o crescimento da importância e centralidade do santuário hierosolimita na sociedade pós-exílica. Ao mesmo tempo, a valorização do sacerdócio estava em seu auge. O sumo sacerdote foi, desde o retorno de Babilônia, o chefe religioso e político da nação judaica até a ascensão de Salomé Alexandra ao trono no primeiro século a.C., função que lhe seria restituída com a queda da dinastia herodiana na Judéia. Por volta do século II a.C., uma comunidade fundada e liderada por sacerdotes, conhecida atualmente como Comunidade de Qumran, isolou-se da sociedade circundante, objetivando seguir uma estrita observância das regras sacerdotais de pureza. Em seu centro no deserto da Judéia, na região de Qumran próxima ao Mar Morto, seus membros produziram e guardaram manuscritos através dos quais basearam e constituíram sua organização peculiar. Esses manuscritos são denominados Manuscritos do Mar Morto ou, mais especificamente, Manuscritos de Qumran. Entre eles estão o Rolo (ou Pergaminho) do Templo, a Regra da Comunidade e o Documento de Damasco, fontes de interpretação bíblica e de normas comunitárias que os guiaram, enquanto aguardavam o tempo do fim, quando os sacerdotes da Comunidade seriam finalmente reinvestidos de seu poder no Templo purificado. E é baseando-nos nesses três documentos que elaboramos nossa tese ao analisar os discursos veiculados pela liderança comunal, os quais visavam à constituição de uma sociedade sacerdotal, moldada em uma interpretação radical das Escrituras e do mundo. / Since its construction in the time of king Salomon, the Jerusalem Temple was the corner stone of the Southern Javism and, from then on, of the Second Temple Judaism. The so-called Temple Thought, based on the rules of pure and impure inside the sacred place and time which governed the priestly life, will expand vigorously in this period due to the growth in importance and centrality of the Jerusalemite sanctuary inside the post-exilic society. At the same time, the high value of the priesthood was in its peak. The high priest was, from the return from the Babylonian exile on, the religious and political head of the Jewish nation until Salome Alexandras ascension to the throne in the first century B.C., function that was restituted after the fall of the Herodian dynasty. Around the second century B.C., a community founded and leaded by priests, presently known as the Qumran Community, isolated itself from the surrounding society, aiming at following the strict observance of the priestly rules of purity. In its centre in the Judean desert, in the region of Qumran near the Dead Sea, its members produced and kept manuscripts by which they based and constituted their peculiar organization. Those manuscripts are named Dead Sea Scrolls, or, more specifically, Qumran Scrolls. Among them we can find the Temple Scroll, the Rule of Community and the Damascus Document, sources of biblical interpretation and of community rules that guided them while they expected the end of times, when the priests of the Community would, eventually, be reinvested of their power in the purified Temple. Basing ourselves on these three documents we elaborated our dissertation by analyzing the discourse produced by the communal leadership, whose goal was the constitution of a priestly society, shaped in its radical interpretation of the Scriptures and of the world.
|
Page generated in 0.0414 seconds