Made available in DSpace on 2016-04-29T13:30:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dayse Andrade Bispo Silva.pdf: 5392863 bytes, checksum: 40b687550146db3600dc9116ddd29b29 (MD5) Previous issue date: 2012-04-19 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Therapeutic Residences (RT) are one of the main instruments to insert the madness theme in our society, they are houses where (mainly) former psychiatric hospital patients live. This research proposes to look how an everyday life of these residences raises vectors for production of subjective. In order to do so, we initially describe the history of living for madness in the West, from their freer movements until their enclosure; followed by the Brazilian context, experiences and political movements that initiated our current Mental Health Policy; up until its history and current setting of RT, especially in the city of São Paulo. We discuss the concept of everyday life using references from Pichon-Rivière and Michael de Certeau, and the concept of production of subjective from Felix Guattari. We performed Participant Observation for a six months period in a male RT, in the city of São Paulo. This observation followed both their everyday life inside the house and their outdoors activities. Our methodological reference is Institutional Analysis, which allowed us to follow and draw some clippings of this RT s everyday life through analyser-scenes. These scenes were analysed by some vectors of subjectivity, specifically those indicated in the psychosocial rehabilitation perspective, by F. Rotelli and B. Saraceno: reconstructions of meaning/values, of time, of responsibility and the social reentry. The concepts of reside and dwell were added as an analyses operators. This singular experience points to important reflections about RTs: its value in their psychosocial rehabilitation, principally in the social circulation, autonomy production and the creation of new ways to live. It is also worth highlight the difficulties to expand this house/service from the low involvement by the local manager associated with the financial barriers that this service requires and the lack of a national campaign about the changes in Mental Health / As Residências Terapêuticas são um dos principais instrumentos de inserção do tema da loucura na sociedade, pois são casas onde moram (principalmente) sujeitos egressos dos hospitais psiquiátricos. Esta pesquisa se propôs a olhar como o cotidiano dos moradores de uma RT enseja vetores de produção de subjetividade. Para tanto, inicialmente, trazemos a história do morar da loucura no Ocidente, desde seus movimentos mais livres na sociedade até o enclausuramento do louco, seguindo com a trajetória brasileira, suas experiências e os movimentos políticos que construíram a nossa atual Política de Saúde Mental, até a história e o cenário atual das RTs, focando mais especialmente o município de São Paulo. Para a discussão sobre o cotidiano, valemo-nos dos aportes de Pichon-Rivière e Micheal de Certeau e com Felix Guattari tematizamos a produção de subjetividade. A Observação Participante foi nosso instrumento metodológico no período de seis meses numa RT masculina no município de São Paulo. Esta observação se deu no cotidiano da casa e também no acompanhamento das saídas dos moradores para suas atividades. Utilizamos como referencial metodológico a Análise Institucional que nos permitiu acompanhar e desenhar alguns recortes do cotidiano desta RT por meio de cenasanalisadoras. Tais cenas foram analisadas a partir de alguns vetores de subjetivação, mais especificamente aqueles sinalizados pela perspectiva da reabilitação psicossocial, na ótica de F. Rotelli e B. Saraceno: a reconstrução dos sentidos/valores, do tempo, da responsabilização e o reingresso ao corpo social. As noções do morar e habitar também foram acionadas como operadores de análise. Esta experiência singular apontou para reflexões importantes quanto as RTs: o valor das mesmas na reabilitação psicossocial, principalmente na circulação social, na promoção da autonomia, e na produção de novos sentidos para o viver. Cabe ainda destacar as dificuldades para a ampliação dessa casa/serviço derivadas pelo baixo envolvimento do gestor local associados aos entraves financeiros que a montagem desse serviço requer e a falta de uma campanha nacional sobre as mudanças na saúde mental