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As mudanças do trabalho no capitalismo contemporâneo: as cooperativas de trabalho sob o comando do capitalSOUSA, Daniela Neves de January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / O objeto deste trabalho constitui-se no estudo das modalidades de trabalho, em
especial as cooperativas, desenvolvidas no capitalismo contemporâneo sob o
paradigma da flexibilização e organizadas sob o comando do capital. Assim, o debate
atual sobre as transformações em curso, no desenvolvimento da sociedade capitalista,
aponta mudanças estruturais na dinâmica de realização dos contrários capital e
trabalho. Esse debate, por sua vez, assume contornos mistificados na medida em que
hipoteca a tese de que a reestruturação produtiva em desenvolvimento elimina a
centralidade do trabalho na dinâmica da vida social e econômica. Segundo essa tese, o
capitalismo teria assumido expressão absoluta de tal magnitude que se autonomizaria
frente ao elemento gerador da riqueza, o trabalho, e assim, teria posto por terra a teoria
do valor de Marx e grande parte do universo categorial arquitetado neste ínterim.
Nestes termos, propaga-se a idéia de que com a reestruturação produtiva pautada
esta na flexibilização e fragmentação da produção e do processo de trabalho a
cooperação do trabalho como fundamento do processo de valorização do capital e o
trabalhador coletivo deixariam de existir e articular as teias combinadas de
valorização do valor. Nossa pesquisa, em contraposição a essa tese, demarca que as
transformações do capital e do trabalho na atualidade são conseqüências do
movimento interno da dinâmica capitalista voltada a superar crises e revolucionar
constantemente o modo de produção na busca intermitente de patamares superiores
de acumulação. Assim, entendemos que a atual reestruturação da produção direcionase
a reorganizar os processos produtivos descentralizados das grandes fábricas e
abrigá-los em modalidades renovadas de trabalho, sendo que, nesta pesquisa, damos
ênfase às cooperativas de trabalho sob o comando do capital, por entender que as
mesmas refletem parte deste movimento. Portanto, se comprovada esta perspectiva,
as modalidades de trabalho, em particular as cooperativas, configuram-se como formas
atualizadas do capital colocar sob seu domínio trabalhadores e força de trabalho que
alimentam de mais valor o processo de acumulação e recria, em novas dimensões, um
novo trabalhador coletivo a serviço da dinâmica sempre em expansão do capitalismo
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