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Artesania da cena teatral contemporÃnea: trabalho imaginativo e autoformaÃÃo / Artesania Contemporary Theatre Scene: Work Imaginative and self-formationMaria Edneia GonÃalves Quinto 20 July 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / nÃo hà / A pesquisa intitulada - Artesania da cena Teatral ContemporÃnea: Trabalho Imaginativo e AutoformaÃÃo resulta de uma anÃlise reflexiva sobre o conceito de artesania da cena teatral com vistas a sua resignificaÃÃo O trabalho imaginativo a dimensÃo autoformativa a autonomia e a partilha de saberes em processos teatrais colaborativos emergiram como elementos centrais do estudo com base em uma compreensÃo profunda do ator/artista sobre as diversas fases de composiÃÃo da cena criada no contexto do grupo de pertenÃa O aporte metodolÃgico da etnopesquisa crÃtica norteou a descriÃÃo densa do processo criativo realizado por mim e por dois outros artistas da Companhia Pà de Teatro (sujeitos da pesquisa) durante a escrita dramatÃrgica do texto Iracema via Iracema, sua adaptaÃÃo encenaÃÃo e representaÃÃo mediante o formato da intervenÃÃo cÃnica intitulada Noiada em Fortaleza entre 2009 e 2010 A articulaÃÃo entre os conceitos de artesania da cena imaginaÃÃo e memÃria como categorias centrais para a anÃlise desse modo artesÃo de conceber a cena teatral como campo empÃrico dependeu das aÃÃes e reflexÃes realizadas pelos artistas participantes do cotidiano desta composiÃÃo cÃnica como processo fundante de um fazer artÃstico considerado em toda a sua dinamicidade Esta pesquisa se situa no Ãmbito dos estudos em educaÃÃo fronteiriÃos com os estudos da Ãrea teatral e em diÃlogo com Ãreas complementares como a Fenomenologia e a Antropologia entre outras no que tange à natureza artesà e formativa preponderante em tais Ãreas A ideia de artesania da cena objeto de estudo desenvolvido inicialmente nos estudos de Mestrado tendo como foco a apropriaÃÃo tÃcnica e sensÃvel das diferentes fases e elementos da criaÃÃo teatral segundo uma concepÃÃo artesà de criaÃÃo foi redimensionada numa perspectiva complementar a este conceito com base em minha participaÃÃo direta na feitura e representaÃÃo de Noiada Considerei tal percurso como exercÃcio de autonomia e de autoformaÃÃo enquanto atriz professora de teatro e pesquisadora em formaÃÃo Por outro lado as relaÃÃes de trocas de saberes entre eu a dramaturga e o diretor alÃm dos demais parceiros da Pà foram demarcadas por aÃÃes e reflexÃes assumidas por cada um neste contexto entendido como processo colaborativo e portanto diferenciando-se de uma concepÃÃo de que o diretor à o âmestreâ (aquele que pensa e cria a encenaÃÃo) e os atores/artistas sÃo âdiscÃpulosâ (aqueles que obedecem e executam as ordens do diretor) Ao invÃs disso tais sujeitos consideraram-se âmestres de siâ assumindo o hibridismo e a interdisciplinaridade das funÃÃes e saberes necessÃrios à composiÃÃo da cena. O trabalho imaginativo se configurou neste caso como elemento integrante da ideia de dar forma à cena de acordo com os substratos da escrita dramatÃrgica da encenaÃÃo e dos movimentos de criaÃÃo e representaÃÃo de Noiada e portanto, para alÃm da produÃÃo de imagens imaginadas transubstanciando imaginaÃÃo experiÃncias e memÃrias do vivido em objeto artÃstico Outra maneira de relatar a realidade vivida e suas relaÃÃes com o fazer teatral como percurso autoformativo O conceito de autoformaÃÃo foi norteado pelas reflexÃes sobre alguns recortes de nossas histÃrias de vida e de modo especÃfico sobre a minha trajetÃria de formaÃÃo e prÃtica como atriz e professora de teatro mediada pelas interaÃÃes com o coletivo Pà minhas experimentaÃÃes corpÃreas expressivas e atos imaginativos durante o processo criativo da personagem Noiada (heteroformaÃÃo) e pela compreensÃo crÃtica sobre esse processo (ecoformaÃÃo) que me tornou provisoriamente aquilo que sou em movimentos de aprendizagem artesà partilhados com os parceiros de criaÃÃo
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