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Parâmetros nutricionais e hematológicos de ratos alimentados com soja (Glycine Max L.) geneticamente modificada / Nutritional and hematological parameters of rats fed soy (Glycine Max L.) Genetically modified

Cintra, Patricia 15 December 2005 (has links)
No presente trabalho foi estudado o efeito do consumo de soja geneticamente modificada e de sua parental em parâmetros nutricionais e hematológicos em ratos em crescimento. Farinha de soja, desengordurada e autoclavada, foi incorporada em rações experimentais: 12% de proteína para o 1° ensaio e 10% para 2° ensaio. As rações com soja foram suplementadas com aminoácidos essenciais (Ieucina, lisina, metionina e vali na) no 2° ensaio, devido a menor concentração desses aminoácidos nas rações do 1° ensaio quando comparadas ao grupo controle, perfil confirmado pelo aminograma. Ratos Wistar (n=64) foram alimentados, ad libitum, com rações controle (AIN-93G) e rações com a farinha de soja por 28 (1° ensaio) e 32 dias (2° ensaio). Para avaliação do aproveitamento biológico da proteína da dieta e da qualidade protéica, foram realizadas análises de nitrogênio na carcaça dos animais, nas fezes e na urina que foram coletadas ao longo de 2 períodos de balanço de 6 dias cada ensaio. Os parâmetros nutricionais avaliados foram : Coeficiente de eficácia alimentar (CEA), Coeficiente de eficácia protéica (PER), Coeficiente de eficiência líquida da proteína (NPR), Valor biológico da proteína (BV), Coeficiente de utilização líquida da proteína (NPU), digestibilidade protéica e o \"Escore químico corrigido pela digestibilidade real da proteína\". Para avaliação do estado nutricional foram avaliadas as concentrações de albumina, proteínas totais e IGF-1 no plasma. Como parâmetros hematológicos, foram avaliados o hemograma completo, mielograma e esplenograma. Os resultados obtidos demonstraram que animais alimentados com soja GM e sua parental apresentaram desenvolvimento semelhante ao grupo controle (caseína). Os valores de CEP e NPR encontrados nos 2 ensaios mostram que a proteína de soja é nutricionalmente adequada. A oferta protéica de 10% com suplementação com aminoácidos essenciais favoreceu no desenvolvimento dos animais, visto que foi observado aumento de peso em média de 50g, PER e NPR melhores quando comparados com a oferta protéica de 12% sem suplementação. Nos dois ensaios, os valores de digestibilidade dos grupos alimentados com soja foram inferiores aos do grupo controle, resultado evidenciado pela maior dificuldade das enzimas digestivas em digerirem a proteína vegetal, maior perda de aminoácidos endógenos e quantidade de fibra insolúvel presente na soja. O valor de POCAA de 85% demonstra bom aproveitamento dos grupos com soja. Não houve diferença estatística nos parâmetros plasmáticos estudados, bem como nos resultados hematológicos sugerindo que o consumo de soja, convencional ou GM, não altera o estado nutricional dos animais. / In the present work, the effects of genetically modified (GM) soybean and its parental on nutritional and hematological parameters in growing rats were studied. Autoclaved, fat-free soybean flour was added to experimental diets: 12% protein in the first assay and 10% in the second assay. The soybean diets were supplemented with essential amino acids (Ieucine, Iysine, methionine and valine) in the second assay, since such amino acids presented a lower concentration in the diets of the first experiment, as confirmed by the aminogram. Wistar rats (n= 64) were fed a control diet (AIN-93G) and diets supplemented with soybean flour (parental and GM) ad libitum over 28 days (1st experiment) and 32 days (2nd experiment). For evaluating the biological utilization of dietary protein and protein quality, nitrogen analyses were carried out on the animal carcasses, feces and urine. Feces and urine were collected along two 6-day periods within each assay. The following nutritional parameters were evaluated: feed efficiency ratio (FER), protein efficiency ratio (PER), net protein ratio (NPR), biological value (BV), net protein utilization (NPU), protein digestibility and protein digestibility corrected by amino acid (POCM) score. For evaluating the nutritional status, plasma albumin, total proteins and IGF-1 were analysed. Complete hemogram, myelogram and splenogram were used as hematological parameters. The results indicate that animals fed the GM soybean and its parental showed a similar growth rate to the control group (casein). PER and NPR values found in both assays show that soybean protein is nutritionally adequate. A diet containing 10% protein supplemented with essential amino acids favored the growth of the animals in comparison to a diet containing 12% protein without amino acid supplementation. In both assays, the protein digestibility in soybean-fed groups was lower than in the control group, a result evidenced by a greater difficulty of enzymes in digesting vegetal proteins, a greater loss of endogenous amino acids and the presence of insoluble dietary fiber in the soybean. A POCM value of 85% showed a good protein utilization in the soybean-fed groups. No statistically significant differences were observed in the plasmatic and hematological parameters among the groups, suggesting that consumption of soybean (either GM or parental) does not alter the nutritional status of the animals.
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Parâmetros nutricionais e hematológicos de ratos alimentados com soja (Glycine Max L.) geneticamente modificada / Nutritional and hematological parameters of rats fed soy (Glycine Max L.) Genetically modified

Patricia Cintra 15 December 2005 (has links)
No presente trabalho foi estudado o efeito do consumo de soja geneticamente modificada e de sua parental em parâmetros nutricionais e hematológicos em ratos em crescimento. Farinha de soja, desengordurada e autoclavada, foi incorporada em rações experimentais: 12% de proteína para o 1° ensaio e 10% para 2° ensaio. As rações com soja foram suplementadas com aminoácidos essenciais (Ieucina, lisina, metionina e vali na) no 2° ensaio, devido a menor concentração desses aminoácidos nas rações do 1° ensaio quando comparadas ao grupo controle, perfil confirmado pelo aminograma. Ratos Wistar (n=64) foram alimentados, ad libitum, com rações controle (AIN-93G) e rações com a farinha de soja por 28 (1° ensaio) e 32 dias (2° ensaio). Para avaliação do aproveitamento biológico da proteína da dieta e da qualidade protéica, foram realizadas análises de nitrogênio na carcaça dos animais, nas fezes e na urina que foram coletadas ao longo de 2 períodos de balanço de 6 dias cada ensaio. Os parâmetros nutricionais avaliados foram : Coeficiente de eficácia alimentar (CEA), Coeficiente de eficácia protéica (PER), Coeficiente de eficiência líquida da proteína (NPR), Valor biológico da proteína (BV), Coeficiente de utilização líquida da proteína (NPU), digestibilidade protéica e o \"Escore químico corrigido pela digestibilidade real da proteína\". Para avaliação do estado nutricional foram avaliadas as concentrações de albumina, proteínas totais e IGF-1 no plasma. Como parâmetros hematológicos, foram avaliados o hemograma completo, mielograma e esplenograma. Os resultados obtidos demonstraram que animais alimentados com soja GM e sua parental apresentaram desenvolvimento semelhante ao grupo controle (caseína). Os valores de CEP e NPR encontrados nos 2 ensaios mostram que a proteína de soja é nutricionalmente adequada. A oferta protéica de 10% com suplementação com aminoácidos essenciais favoreceu no desenvolvimento dos animais, visto que foi observado aumento de peso em média de 50g, PER e NPR melhores quando comparados com a oferta protéica de 12% sem suplementação. Nos dois ensaios, os valores de digestibilidade dos grupos alimentados com soja foram inferiores aos do grupo controle, resultado evidenciado pela maior dificuldade das enzimas digestivas em digerirem a proteína vegetal, maior perda de aminoácidos endógenos e quantidade de fibra insolúvel presente na soja. O valor de POCAA de 85% demonstra bom aproveitamento dos grupos com soja. Não houve diferença estatística nos parâmetros plasmáticos estudados, bem como nos resultados hematológicos sugerindo que o consumo de soja, convencional ou GM, não altera o estado nutricional dos animais. / In the present work, the effects of genetically modified (GM) soybean and its parental on nutritional and hematological parameters in growing rats were studied. Autoclaved, fat-free soybean flour was added to experimental diets: 12% protein in the first assay and 10% in the second assay. The soybean diets were supplemented with essential amino acids (Ieucine, Iysine, methionine and valine) in the second assay, since such amino acids presented a lower concentration in the diets of the first experiment, as confirmed by the aminogram. Wistar rats (n= 64) were fed a control diet (AIN-93G) and diets supplemented with soybean flour (parental and GM) ad libitum over 28 days (1st experiment) and 32 days (2nd experiment). For evaluating the biological utilization of dietary protein and protein quality, nitrogen analyses were carried out on the animal carcasses, feces and urine. Feces and urine were collected along two 6-day periods within each assay. The following nutritional parameters were evaluated: feed efficiency ratio (FER), protein efficiency ratio (PER), net protein ratio (NPR), biological value (BV), net protein utilization (NPU), protein digestibility and protein digestibility corrected by amino acid (POCM) score. For evaluating the nutritional status, plasma albumin, total proteins and IGF-1 were analysed. Complete hemogram, myelogram and splenogram were used as hematological parameters. The results indicate that animals fed the GM soybean and its parental showed a similar growth rate to the control group (casein). PER and NPR values found in both assays show that soybean protein is nutritionally adequate. A diet containing 10% protein supplemented with essential amino acids favored the growth of the animals in comparison to a diet containing 12% protein without amino acid supplementation. In both assays, the protein digestibility in soybean-fed groups was lower than in the control group, a result evidenced by a greater difficulty of enzymes in digesting vegetal proteins, a greater loss of endogenous amino acids and the presence of insoluble dietary fiber in the soybean. A POCM value of 85% showed a good protein utilization in the soybean-fed groups. No statistically significant differences were observed in the plasmatic and hematological parameters among the groups, suggesting that consumption of soybean (either GM or parental) does not alter the nutritional status of the animals.

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