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A impulsividade dos portadores de transtorno bipolar resulta em alta prevalência de comorbidade com transtornos do controle dos impulsos? / Is impulvity in bipolar disorder related to high prevalence of comorbid impulse control disorders?

Caetano, Murilo Ferreira 19 August 2016 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-09-12T15:45:35Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Murilo Ferreira Caetano - 2016.pdf: 2316268 bytes, checksum: 0cd8b2f8a5a17444a8932e0ccf022f8f (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-09-12T15:46:52Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Murilo Ferreira Caetano - 2016.pdf: 2316268 bytes, checksum: 0cd8b2f8a5a17444a8932e0ccf022f8f (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-12T15:46:52Z (GMT). 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ICD have been associated with both depressive and anxiety disorders and substance abuse, its relation with BD is yet to be understood. Methods: We evaluated 42 patients with BP I and BP II disorders according to DSM-IVTR criteria. The diagnosis was confirmed using the Structured Clinical Interview for Axis I disorders of the DSM-IV (SCID-I-P). Sociodemographic data were assessed using the Brazilian Bipolar Disorder Association standard interview. ICD were assessed with a specific SCID module for ICD. Impulsivity was measured using the Barrat Impulsiveness Scale (BIS-11). Patients with severe depression (MADRS > 34) or with manic symptoms (Young >6) were excluded to avoid difficulties in data collection. Patients with active or a sequel of neurological disorders (such as Epilepsy, Parkinson Disease and Stroke) were excluded because it has been associated with impulsive behavior. We compared the group with at least one ICD with the group without ICD in terms of impulsivity, sociodemographic data, comorbities and course of the disease. Results: The prevalence of ICD was 35.7 % (n=15). Compulsive buying and intermittent explosive disorder were the most commons followed by skin picking disorder, trichotilomania, kleptomania and internet addiction. There were no cases of gambling disorder or pyromania. The ICD+ group was found to have more men, co-morbidity with alcohol abuse, early onset of the first depressive episode, less hospital admissions due to mania and the subjects were more likely to be using antidepressants. There was no difference regarding the age, type of BD, comorbidity with anxiety or eating disorders, psychotic features, age of first manic episode, educational level, marital status or income. Impulsivity measured by BIS-11 was higher in the ICD+ group, as well as the inhibitory control scale of the BIS-11. No difference was found in ‘lack of planning’ domain of the BIS-11. Conclusion: ICD are very common in BD and should always be assessed in clinical setting. Alcohol abuse, masculine sex, early onset of the first depressive episode and fewer hospital admissions to treat mania were associated with comorbid ICD. / O Transtorno Bipolar (TB) é uma condição psiquiátrica crônica, potencialmente incapacitante, que se inicia geralmente na adolescência ou no início da na vida adulta, está marcado por risco aumentado de suicídio, incapacitação para o trabalho, uso de drogas e outros problemas. A impulsividade é uma característica marcante como um estado das fases agudas, sobretudo da mania e da hipomania, mas tem sido demonstrada como um traço, uma característica longitudinal do TB. Já os Transtornos do Controle dos Impulsos (TCI) formam um grupo heterogêneo de síndromes psiquiátricas cujo aspecto nuclear é a falência recorrente em resistir a impulso levando a comportamentos repetitivos que trazem sofrimento para si e terceiros. Apesar de relativamente pouco estudados, a relação dos TCI com transtornos de humor, transtornos de ansiedade e transtornos por uso de substâncias é algo já demonstrado. Faltam dados na literatura sobre a prevalência de TCI em populações com TB. O objetivo desse trabalho é determinar a prevalência de TCI em uma população de pacientes com TB tipos I e II e comparar os grupos com e sem TCI com relação aos aspectos sociodemográficos, clínicos e nível de impulsividade. Métodos: Em um serviço especializado, usando critérios do DSM-IV-TR, avaliamos 42 pacientes com TB tipos I e II relacionando comorbidades psiquiátricas, curso da doença, características demográficas e nível de impulsividade. Após a aplicação da Entrevista Estruturada para diagnósticos de Eixo 1 do DSM-IV, versão para pacientes (SCID-I-P), utilizamos um módulo específico para diagnóstico de TCI. Aplicamos a escala de impulsividade de Barrat na versão brasileira (BIS-11) para mensurar o nível de impulsividade e as escalas de Montgomery e Asberg para depressão e Young para mania para excluir pacientes com sintomas maníacos ou com depressão grave que pudessem gerar equívocos na avaliação. Fizemos, em seguida, a comparação do grupo com algum tipo de TCI (TCI(+) com o grupo sem diagnóstico de TCI (TCI(-)) com relação à pontuação na BIS-11, condições sócio-demográficas e evolução da doença. Resultados: a prevalência de TCI foi de 35,7% (n=15), sendo a compulsão por compras e o transtorno explosivo intermitente os mais comuns. Foram seguidos por compulsão sexual e, posteriormente, por transtorno de escoriações, tricotilomania e cleptomania. A compulsão por internet e celular foi o menos prevalente. Não houve casos de jogo patológico nem de piromania. O grupo TCI(+) diferiu-se por ter mais homens, maior prevalência de transtorno por uso de álcool, menor idade do primeiro episódio depressivo, ter tido menos internações por mania e ter maior probabilidade de estar medicado com antidepressivos no presente. Não houve diferença estatística na idade, subtipo de TB, presença de transtornos de ansiedade ou alimentares, sintomas psicóticos, doenças não psiquiátricas, idade do primeiro episódio maníaco/hipomaníaco, nível educacional, estado civil ou renda. A impulsividade global pela BIS-11 foi maior no grupo TCI(+), assim como a subescala de ‘controle inibitório’, mas não houve diferença na subescala de falta de planejamento. Conclusões: os TCI são condições muito prevalentes nos pacientes com TB e devem ser sempre avaliados no contexto clínico. Houve relação entre TCI e abuso de álcool, sexo masculino, episódio depressivo mais precoce e menos internações por mania.

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