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Administra??o repetida de baixas doses de reserpina: um poss?vel modelo para o estudo de d?ficits cognitivos e motores associados ? Doen?a de ParkinsonSouza, Val?ria Fernandes de 15 September 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-09-15 / Parkinson's disease (PD) is one of the most common neurodegenerative brain
disorders and is characterized primarily by a progressive degeneration of dopaminergic
neurons nigroestriatais. The main symptoms of this disease are motor alterations
(bradykinesia, rigidity, tremor at rest), which can be highly disabling in advanced stages
of the condition. However, there are symptomatic manifestations other than motor
impairment, such as changes in cognition, mood and sensory systems.
Animal models that attempt to mimic clinical features of PD have been used to
understand the behavioral and neural mechanisms underlying neurophysiological
disturbance of this disease. However, most models promote an intense and immediate
motor impairment, consistent with advanced stages of the disease, invalidating these
studies for the evaluation of its progressive nature.
The administration of reserpine (a monoamine depletor) in rodents has been
considered an animal model for studying PD. Recently we found that reserpine (in doses
lower than those usually employed to produce the motor symptoms) promotes a memory
deficit in an aversive discrimination task, without changing the motor activity. It was
suggested that the administration of this drug in low doses can be useful for the study of
memory deficits found in PD. Corroborating this data, in another study, acute
subcutaneous administration of reserpine, while preserving motor function, led to
changes in emotional context-related (but not neutral) memory tasks.
The goal of this research was to study the cognitive and motor deficits in rats
repeatedly treated with low doses of reserpine, as a possible model that simulates the
progressive nature of the PD. For this purpose, 5-month-old male Wistar rats were
submitted to a repeated treatment with vehicle or different doses of reserpine on alternate days. Cognitive and motor parameters and possible changes in neuronal
function were evaluated during treatment. The main findings were: repeated
administration of 0.1 mg / kg of reserpine in rats is able to induce the gradual
appearance of motor signs compatible with progressive features found in patients with
PD; an increase in striatal levels of oxidative stress and changes in the concentrations of
glutamate in the striatum were observed five days after the end of treatment; in animals
repeatedly-treated with 0. 1 mg/kg, cognitive deficits were observed only after the onset
of motor symptoms, but not prior to the onset of these symptoms; 0.2 mg / kg reserpine
repeated treatment has jeopardized the cognitive assessment due to the presence of
severe motor deficits. Thus, we suggest that the protocol of treatment with reserpine
used in this work is a viable alternative for studies of the progressive appearance of
parkinsonian signs in rats, especially concerning motor symptoms. As for the cognitive
symptoms, we suggest that more studies are needed, possibly using other behavioral
models, and / or changing the treatment regimen / A doen?a de Parkinson (DP) ? um dos transtornos cerebrais neurodegenerativos
mais comuns e se caracteriza primariamente por uma progressiva degenera??o dos
neur?nios dopamin?rgicos nigroestriatais. Os sintomas principais dessa doen?a s?o
aqueles de origem motora (bradicinesia, rigidez, tremor em repouso), por?m altera??es
na cogni??o, no humor e no sistema sensorial tamb?m podem ser observadas.
Modelos animais que tentam mimetizar caracter?sticas cl?nicas da DP v?m sendo
utilizados para compreender as altera??es comportamentais e mecanismos neuronais
subjacentes ao dist?rbio neurofisiol?gicos dessa doen?a Contudo, a maioria dos
modelos promove um comprometimento motor intenso e imediato, compat?vel com
est?gios avan?ados da doen?a, invalidando estes estudos quanto ? avalia??o da
natureza progressiva da manifesta??o sintomatol?gica (motora ou cognitiva) da DP.
A administra??o de reserpina (um depletor de monoaminas) em roedores tem
sido considerada um modelo animal para o estudo da DP. Recentemente verificamos
que a reserpina (em doses menores que as usualmente empregadas para produzir os
sintomas motores) promove um d?ficit de mem?ria em uma tarefa de discrimina??o
aversiva, sem alterar a atividade motora. A partir desse estudo sugeriu-se que a
administra??o desse f?rmaco em doses baixas pode ser ?til para o estudo dos d?ficits
de mem?ria encontrados na DP. Corroborando esse dado, em outro estudo, a
administra??o aguda subcut?nea de reserpina, em doses que n?o afetam a fun??o
motora, levou a altera??es em mem?ria que envolve contexto emocional enquanto as
sem conota??o emocional n?o foram afetadas.
Os objetivos do presente trabalho foram estudar os d?ficits cognitivos e motores
associados ? administra??o repetida de baixas doses de reserpina e desenvolver um poss?vel modelo que mimetize uma neurodegenera??o progressiva. Para isso, ratos
Wistar machos com idade de 5 meses foram submetidos a um tratamento repetido, em
dias alternados, com ve?culo ou diferentes doses de reserpina. Par?metros cognitivos e
motores, bem como poss?veis altera??es na fun??o neuronal, foram avaliados ao longo
do tratamento. Os principais resultados encontrados foram: a administra??o repetida de
0,1 mg/Kg de reserpina em ratos ? capaz de induzir o aparecimento gradual de sinais
motores compat?veis com as caracter?sticas progressivas encontrados em pacientes
com DP; os sinais motores foram acompanhados por um aumento dos n?veis de
estresse oxidativo no estriado; altera??es nas concentra??es de glutamato no estriato
nos grupos tratados com doses repetidas de 0,1 e 0,2 mg/Kg foram observadas cinco
dias ap?s o final do tratamento; em animais tratados com doses repetidas de 0,1 mg/kg,
d?ficits cognitivos foram observados apenas ap?s o surgimento dos sinais motores,
mas n?o em avalia??es feitas anteriormente ao surgimento desses sinais; na dose de
0,2 mg/kg a avalia??o cognitiva foi comprometida pela presen?a de d?ficits motores
intensos. Dessa forma, os dados obtidos indicam que o protocolo de tratamento com a
reserpina utilizado neste trabalho seja uma alternativa vi?vel para os estudos do
processo progressivo de aparecimento de sinais parkinsonianos em ratos,
principalmente no que diz respeito aos sinais motores. Quanto aos sinais cognitivos,
sugere-se que mais estudos s?o necess?rios, possivelmente em outros modelos
comportamentais e/ou alterando-se o esquema de tratamento
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