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A tratadística da arquitetura militar européia como referência para o Recife fortificado (1537-1654)

Valadares, Pedro Henrique Cabral 31 January 2014 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-15T12:53:13Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Pedro Henrique Cabral.pdf: 8540071 bytes, checksum: b08af0e3f378a70b86a127f99ad42e71 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-15T12:53:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Pedro Henrique Cabral.pdf: 8540071 bytes, checksum: b08af0e3f378a70b86a127f99ad42e71 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014 / O período conhecido como Renascimento trouxe intensas mudanças na cultura europeia e a Arquitetura foi um dos campos onde estas mudanças foram evidentes, tornando-se objeto privilegiado de estudo por diversos teóricos, inaugurando uma nova forma de reflexão e prática para a disciplina. A criação da imprensa favoreceu a difusão desse conhecimento entre as cortes e estudiosos de diversas nacionalidades, expondo suas considerações e ideias por meio de obras literárias chamadas de tratados, onde discorriam sobre arquitetura, cidade, filosofia, etc. No âmbito militar não foi diferente. O advento da pólvora na propulsão de projéteis impôs aos mestres fortificadores a necessidade de implementar novos elementos arquitetônicos às obras de defesa, pois as altas e verticais muralhas medievais ficaram vulneráveis diante dos avanços da balística. Além de exigir uma arquitetura militar condizente com as novas armas e as novas táticas, a complexidade da balística ocasionou a elaboração de tratados específicos sobre arquitetura e engenharia militar, difundidos em grande quantidade durante o Renascimento até o século XIX. Tais tratados eram referenciais teóricos constantemente utilizados nos cursos de fortificação na Itália, na França, na Espanha, na Holanda e em Portugal, que recrutavam e capacitavam interessados por obras militares para projetar e construir fortificações. No Recife, a necessidade de fortificar o então porto de Olinda, entre os séculos XVI e XVII, fez com que mestres fortificadores viessem de Portugal para elaborar um plano de defesa que, em certa medida, foi negligenciado. Durante a ocupação Holandesa na cidade, ocorreu o mesmo processo de envio de profissionais à colônia, que concretizaram um notável complexo defensivo nos moldes preconizados nos tratados de arquitetura militar. Portugueses e holandeses, colonizadores do Recife, buscaram referências no método italiano de fortificar, mas cada nação implementou suas próprias adaptações conforme suas necessidades e seus critérios. Considerando as características arquitetônicas dos fortes construídos no Recife, como a presença dos baluartes, por exemplo, a presente dissertação tem como objetivo demonstrar as referências teóricas contidas nos principais tratados renascentistas europeus de arquitetura militar na concepção e construção do sistema defensivo do Recife, desde sua fundação (1537) à expulsão dos Holandeses (1654).

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