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Resistência de genótipos de trigo à brusone (Pyricularia grisea) / Resistance of wheat genotypes to blast (Pyricularia grisea)

Takami, Lucas Kenji 07 July 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:39:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 745259 bytes, checksum: d378fcf86e7bec345e93ab6ddc5b11c8 (MD5) Previous issue date: 2011-07-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Wheat (Triticum spp.) is a grass grown and used as an energy source worldwide being cultivated in several regions of Brazil. However, some diseases severity and ineffective chemical control have been threatening Brazilian wheat production. Among the diseases, the blast of wheat caused by the fungus Pyricularia grisea, is gaining a prominent role, being able to reduce crop yields by up to 70%. Chemical control of the disease has been unsatisfactory and there is little information on genetic resistance available in the literature. Resistance is the best way to control diseases by both economically and environmentally advantages. Given these facts, the objective of this study was to evaluate the resistance to blast of wheat genotypes for later use in breeding programs. It was obtained 10 different isolates of the cereal producing regions in Brazil. The isolates were transferred to PDA medium (potato dextrose agar) and after development and cleansing of the colonies were transferred to OA medium (oatmeal and agar) and maintained at a temperature of about 25 ° C and light regime of 12 hours for 10 days for sporulation of the fungus to occur. The concentration of the fungus used in the inoculations was adjusted to 1.2 x 105 spores / mL. In the first experiment, plants were inoculated when they had four leaves. The plants were kept under controlled conditions at 25° C and evaluated seven days after inoculation. Plants were classified according to the type of infection and later was calculated the Resistance Spectrum Relative (RSR) (percentage of isolates that the genotype expressed resistance) and the Disease Index (DI) (resistance of a genotype using all range of types of infection). The DI values were considered different (p≤0,05) if their confidence intervals (95%) did not overlap. Genotypes IVI 04033, VI 07443, VI 07505, IVI 04028, VI 07157, VI 04026, VI 98053 and VI 07160 were susceptible to more than 80% of isolates. Five varieties and four lines had a RSR greater than 50% and DIs smaller than 0.6. Among the lines stood out VI 04098 and VI 07094 with RSR greater than 80%, equating to the variety IPR 85. In the second experiment conducted under field conditions, inoculation was done staggered, according to the cycle of the genotypes, when plants reached the stage of 58-60 in Zadoks scale (1974), being applied 1L of suspension of P. grisea at a concentration of 1.2 x 105/mL per plot. Productivity was assessed by harvesting each plot area (3 m2). Disease incidence was assessed by the percentage of infected spikes and severity was assessed by the percentage of infected spikelets in each spike.The yield ranged from 879 to 3983 kg / ha, the incidence of the disease ranged from 0.86 to 84.24% and the severity ranged from 0.48 to 65.29%. Seven genotypes were classified as MR, three genotypes as MS and nine as S. The highlights were the cultivars CD 116, CD 104, IPR 85 and line VI 07094 with yields exceeding 3000 kg / ha and severity lower than 6%. The three variables yield, incidence and severity showed significant correlation with each other. / O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea cultivada e utilizada como fonte de energia no mundo todo, sendo cultivado em várias regiões do Brasil. No entanto, a severidade de algumas doenças e o controle químico ineficaz, vêm ameaçando a triticultura brasileira. Entre as doenças, a brusone do trigo causada pelo fungo Pyricularia grisea, vem ganhando um papel de destaque, podendo reduzir a produtividade das lavouras em até 70%. O controle químico da doença tem sido insatisfatório e existem poucas informações sobre resistência genética disponível na literatura. O uso da resistência é a melhor maneira de controle de doenças, tanto pelas vantagens do ponto de vista econômico, quanto ambiental. Diante desses fatos, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de genótipos de trigo à brusone para posterior uso em programas de melhoramento genético. Foram obtidos 10 isolados de diferentes regiões produtoras do cereal no Brasil. Os isolados foram repicados para meio BDA (batata, dextrose e Agar) e após desenvolvimento e purificação das colônias foram transferidos para meio AV (aveia e Agar), sendo mantidos sob temperatura de aproximadamente 25ºC e regime de luz de 12 horas, durante 10 dias, para que ocorresse esporulação do fungo. A concentração do fungo empregada nas inoculações foi ajustada para 1,2 x 105 esporos/mL. No primeiro experimento, as plantas foram inoculadas quando apresentavam quatro folhas. As plantas foram mantidas em condições controladas a 25ºC e avaliadas sete dias após a inoculação. As plantas foram classificadas conforme o tipo de infecção e, posteriormente, foram calculados o Espectro de Resistência Relativo (ERR) (porcentagem de isolados que o genótipo expressou resistência) e o Índice de Doença (ID) (resistência de um genótipo usando toda a gama de tipos de infecção). Os valores de ID foram considerados diferentes (p≤0,05) caso seus intervalos de confianças (95%) não se sobrepusessem. Os genótipos IVI 04033, VI 07443, VI 07505, IVI 04028, VI 07157, VI 04026, VI 98053 e VI 07160 apresentaram suscetibilidade a mais de 80% dos isolados. Cinco cultivares e quatro linhagens apresentaram ERR maior que 50% e IDs menores que 0,6. Dentre as linhagens, destacaram-se VI 04098 e VI 07094 com ERR maiores que 80%, se equiparando a variedade IPR 85. No segundo experimento, conduzido em condições de campo, a inoculação foi feita de forma escalonada, de acordo com o ciclo dos genótipos de trigo, quando as plantas atingiram o estádio 58-60 da escala de Zadoks (1974), sendo aplicado 1L de suspensão de conídios de P. grisea na concentração de 1,2 x 105/mL por parcela. A produtividade foi avaliada pela colheita de cada parcela útil (3 m2). A incidência da doença foi avaliada pela porcentagem de espigas infectadas e a severidade foi avaliada pela porcentagem de espiguetas infectadas em cada espiga. A produtividade variou de 879 a 3983 kg/ha; a incidência da doença variou de 0,86 a 84,24% e a severidade variou de 0,48 a 65,29%. Sete genótipos que foram classificados como MR, três genótipos como MS e nove como S. Destacaram-se as cultivares CD 116, CD 104, IPR 85 e a linhagem VI 07094 com produtividades superiores a 3000 kg/ha e severidades menores que 6%. As três variáveis: incidência, produtividade e severidade, apresentaram correlação significativa entre si.

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