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Fascismo e turismo: reflexões sobre a relação entre turismo sindical e colônia de férias / Fascism and tourism: reflections on the relationship between trade union tourism and holiday colony

Rodrigues, Gilberto de Oliveira 04 June 2018 (has links)
Esta dissertação analisa o chamado \"turismo sindical\" por meio de uma abordagem teórica, histórica e conceitual. O turismo sindical por meio de colônias de férias de entidades sindicais e associativas de trabalhadores do setor público e privado são um meio de hospedagem que surge na Era Vargas e se desenvolve até os dias de hoje, alcançando seu apogeu nas décadas de 1960 e 1970, especialmente após o golpe militar de 1964. A ação efetiva do Estado, especialmente em tempos de regimes autoritários, não se limitou a um arcabouço jurídico-normativo (intervenção por regulação), mas estendeu-se a uma efetiva implementação das colônias de férias e do turismo sindical (intervenção por participação). Tudo isso ocorre concomitantemente a uma nova divisão internacional e territorial do trabalho que vai tornando o capitalismo hegemônico como modo de produção global e universal. A exigência do constante desenvolvimento das forças produtivas não se limita ao ambiente fabril, devendo atingir a inteira cotidianidade da classe trabalhadora. Por isso tempo de trabalho e tempo livre são meticulosa e estrategicamente organizados, geridos e fiscalizados, não pelos trabalhadores, mas pelos capitalistas e pelo Estado. Todo esse processo não ocorre de maneira localizada, pois, por ser um processo geral do capital, ocorre em escala planetária. O turismo sindical e as colônias de férias são uma pequena, mas importante fração deste processo que organiza as condições gerais da produção e desenvolve as forças produtivas. O materialismo histórico e dialético sustenta o caminho analítico escolhido. / This dissertation analyzes the so-called \"trade union tourism\" through a theoretical, historical and conceptual approach. Trade union tourism through holiday colonies of trade unions and associations of workers from the public and private sector are a means of lodging that emerges in the Vargas Era and develops until today, reaching its apogee in the 1960s and 1970s, especially after the military coup of 1964. The effective action of the State, especially in times of authoritarian regimes, was not limited to a legal-normative framework (intervention by regulation), but extended to an effective implementation of the holiday colonies and trade union tourism (intervention by participation). All of this takes place concomitantly with a new international and territorial labors division that makes hegemonic capitalism as a global and universal way of production. The demand for the constant development of the productive forces is not limited to the factory environment, and must reach the whole day-to-day of working class. Therefore, working time and free time are meticulous and strategically organized, managed and supervised, not by the workers, but by the capitalists and the State it self. All this process does not occurs in a localized way, because, being a general process of capital, it occurs on a planetary scale. Trade union tourism and holiday colonies are a small, but important part of this process that organizes the productions general conditions and develops the productive forces. Historical and dialectical materialism supports the analytical path chosen.
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Fascismo e turismo: reflexões sobre a relação entre turismo sindical e colônia de férias / Fascism and tourism: reflections on the relationship between trade union tourism and holiday colony

Gilberto de Oliveira Rodrigues 04 June 2018 (has links)
Esta dissertação analisa o chamado \"turismo sindical\" por meio de uma abordagem teórica, histórica e conceitual. O turismo sindical por meio de colônias de férias de entidades sindicais e associativas de trabalhadores do setor público e privado são um meio de hospedagem que surge na Era Vargas e se desenvolve até os dias de hoje, alcançando seu apogeu nas décadas de 1960 e 1970, especialmente após o golpe militar de 1964. A ação efetiva do Estado, especialmente em tempos de regimes autoritários, não se limitou a um arcabouço jurídico-normativo (intervenção por regulação), mas estendeu-se a uma efetiva implementação das colônias de férias e do turismo sindical (intervenção por participação). Tudo isso ocorre concomitantemente a uma nova divisão internacional e territorial do trabalho que vai tornando o capitalismo hegemônico como modo de produção global e universal. A exigência do constante desenvolvimento das forças produtivas não se limita ao ambiente fabril, devendo atingir a inteira cotidianidade da classe trabalhadora. Por isso tempo de trabalho e tempo livre são meticulosa e estrategicamente organizados, geridos e fiscalizados, não pelos trabalhadores, mas pelos capitalistas e pelo Estado. Todo esse processo não ocorre de maneira localizada, pois, por ser um processo geral do capital, ocorre em escala planetária. O turismo sindical e as colônias de férias são uma pequena, mas importante fração deste processo que organiza as condições gerais da produção e desenvolve as forças produtivas. O materialismo histórico e dialético sustenta o caminho analítico escolhido. / This dissertation analyzes the so-called \"trade union tourism\" through a theoretical, historical and conceptual approach. Trade union tourism through holiday colonies of trade unions and associations of workers from the public and private sector are a means of lodging that emerges in the Vargas Era and develops until today, reaching its apogee in the 1960s and 1970s, especially after the military coup of 1964. The effective action of the State, especially in times of authoritarian regimes, was not limited to a legal-normative framework (intervention by regulation), but extended to an effective implementation of the holiday colonies and trade union tourism (intervention by participation). All of this takes place concomitantly with a new international and territorial labors division that makes hegemonic capitalism as a global and universal way of production. The demand for the constant development of the productive forces is not limited to the factory environment, and must reach the whole day-to-day of working class. Therefore, working time and free time are meticulous and strategically organized, managed and supervised, not by the workers, but by the capitalists and the State it self. All this process does not occurs in a localized way, because, being a general process of capital, it occurs on a planetary scale. Trade union tourism and holiday colonies are a small, but important part of this process that organizes the productions general conditions and develops the productive forces. Historical and dialectical materialism supports the analytical path chosen.

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