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Depósitos cenozóicos da porção oeste da Bacia do AmazonasAbinader, Humberto Dias 03 July 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-07-03 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The geological history of Cenozoic in the Amazonas Basin is not well known yet. After the Cretaceous ages had been extended also to younger deposits from Amazonas Basin, only in the beginning of this century, Cenozoic deposits were
described locally on fluvial scarps of Solimões and Amazonas rivers. Based-outcrop facies and stratigraphic analysis of the central-west region of Amazonas Basin, between Manacapuru and Itacoatiara towns, state of Amazonas, allowed to
individualize two Cenozoic units, the Iranduba and Novo Remanso formations that recorded the Miocene-Pleistocene history of the Amazon fluvial system. Both units overlie Cretaceous siliciclastics deposits of the Alter do Chão Formation and are
separate by stratigraphic surfaces S1, S2 and S3 associated to lateritic paleosoils. The Iranduba Formation is characterized by poor sorted, reddish, medium to coarse grained sandstones with trough and planar cross stratification, inclined heterolithic
stratification and interbedded pelites. Trace fossil (Taenidum) and roots marks occur in the top of the fining upwards cycles. The Novo Remanso Formation is characterized by coarse grained to ferruginous sandstones and fine to medium
grained kaolinitc sandstones with incipient planar stratification and subordinates pelites. Locally, occurs inclined heterolithic stratification with pelites rich in organic detritus and Late to Middle Miocene palinomorphs, and woods fragments fossilized
by oxides and hydroxide of iron. Those units are interpreted as deposits of fluvial channels and flood plains, related to a meandering fluvial system. The integration of stratigraphic analysis and available data in the literature allowed the correlation with others Cenozoic units from Amazonas and Solimões basins and Bragantina Platform/São Luis Basin. Geochronological data show the absence of Andean
sedimentary source that suggested a limited connection with the Solimões Basin drainage and indicate that Purus Arch was a geographic barrier in the Late Miocene to Pliocene. The current configuration of the Solimões-Amazonas transcontinental
drainage seems has established after the Pliocene. The paleoenvironment and paleogeographic changes have contributed mainly to the current Amazon biodiversity. / A história geológica do Cenozóico na Bacia do Amazonas ainda é pouco conhecida. Após a idade Cretácea ter sido estendida também para os depósitos mais jovens da Bacia do Amazonas, somente a partir do início deste século depósitos cenozóicos foram descritos localmente nos terraços dos rios Solimões e Amazonas. A análise estratigráfica da região centro-oeste da Bacia do Amazonas, entre as cidades de Manacapuru e Itacoatiara, Estado do Amazonas, permitiu individualizar duas unidades cenozóicas, as formações Iranduba e Novo Remanso, que registram a história miocena-pleistocena do sistema fluvial Amazônico. Ambas as unidades sobrepõem-se aos depósitos siliciclásticos cretáceos da Formação Alter do Chão,
separadas pelas superfícies estratigráficas S1, S2 e S3, que na sua maioria são marcadas pela presença de paleossolos lateríticos. A Formação Iranduba é caracterizada por arenitos médios a grossos, mal selecionados, de coloração
avermelhada, com estratificações cruzadas acanalada, tabular e estratificação heterolítica inclinada, bem como intercalações de pelito. Traços endicniais (Taenidium) e marcas de raízes ocorrem no topo dos ciclos granodecrescentes ascendentes. A Formação Novo Remanso caracteriza-se por camadas de arenitos
ferruginosos grossos e arenitos finos a médios cauliníticos com estratificação plana incipiente, e pelitos subordinados. Localizadamente, ocorre estratificação heterolítica
inclinada com níveis de argilito cinza, rico em detritos orgânicos e palinomorfos do Mioceno Médio a Superior. Moldes e contramoldes de lenhos fossilizados por óxidos e hidróxidos de ferro ocorrem localmente. Estas unidades são interpretadas como
produtos de canais fluviais e planície de inundação, relacionados a um sistema fluvial meandrante. A integração de dados estratigráficos e disponíveis na literatura permitiu
correlacionar às unidades cenozóicas da Bacia do Amazonas com aquelas conhecidas na Bacia do Solimões e Plataforma Bragantina/Bacia de São Luis. Dados georonológicos demonstraram a ausência de fontes andinas sugerindo limitada
conexão com a drenagem da Bacia do Solimões e indica o Arco de Purus como uma barreira geográfica no final do Mioceno até o Plioceno. A configuração atual da drenagem transcontinental Solimões-Amazonas, parece ter se estabelecido após o
Plioceno e as mudanças paleoambientais e paleogeográficas podem ter contribuído principalmente para a biodiversidade atual amazônica.
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