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O estandarte silencioso: a United States Information Agency na mídia impressa do Brasil - Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, 1953-1964 / The silent standard: United States Information Agency in the Brazilian Press, 1953-1964Cattai, Júlio Barnez Pignata 01 July 2011 (has links)
Em 1.º de junho de 1953, a administração do presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower fundou a United States Information Agency (USIA), reunindo sob a coordenação da nova agência os programas de informação dos Estados Unidos da América (EUA) no exterior. O intuito era o de aproximar as audiências internacionais dos valores do sistema democrático e de livre empresa encenado pelo país, granjeando governos às posições norte-americanas na Guerra Fria. A atuação da agência se deu no âmbito das disputas entre os governos dos Estados Unidos e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em programas de propaganda cultural naquilo que a historiografia tem chamado de Guerra Fria Cultural (Cultural Cold War). Esta pesquisa teve por objetivo investigar a atuação da USIA no Brasil, entre os anos de 1953, data de fundação da agência, e 1964, quando as questões de que se ocupava foram reorientadas em função, no plano internacional, da Guerra no Vietnam e, no Brasil, do golpe civil-militar. Para tanto, analisamos o material da agência matérias, artigos, notícias, notas e fotografias veiculado nos jornais cariocas Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, duas das mais importantes publicações da mídia impressa brasileira do período. Verificamos que a agência passou, paulatinamente, a empregar atividades secretas, além das atividades não secretas, driblando as resistências que a opinião pública brasileira mostrava à presença oficial norte-americana no debate de questões políticas nacionais. Embora as estratégias utilizadas pela USIA fossem realizadas em nome das liberdades democráticas, a agência não vacilou em lançar mão de operações secretas para a consecução de seus objetivos políticos na Guerra Fria. / On June, 1st, 1953, U.S. President Dwight D. Eisenhowers administration founded the United States Information Agency (USIA) for gathering U.S. information programs overseas under its umbrella. The aim of the new agency was to broadcast democratic system and free enterprise values portrayed by the country to international audiences in order to garner nations to U.S. positions during the Cold War. The Agency proceedings took place in the context of disputes between the heads of government of the United States of America (USA) and the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) in programs of cultural propaganda called the Cultural Cold War by historiography. The present study aimed at investigating USIAs performance in Brazil between the years 1953, founding date of the Agency, and 1964, when the Agencys previous issues were redesigned on account of Vietnam War, at an international level, and of the civil-military coup, in Brazil. Therefore, we analyzed the Agency material newspaper reports, articles, news, notes and photos released in Correio da Manhã and Tribuna da Imprensa newspapers, two of the most important publications of the Brazilian Press for the period edited in Rio de Janeiro. We found that the Agency has, gradually, carried out covert activities, besides the overt ones, dodging Brazilian public opinion resistance against official U.S. presence in the debate on national political issues. Although the strategies used by the USIA were held in the name of democratic freedoms, the Agency did not hesitate about resorting covert operations to achieve its political objectives in the Cold War.
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O estandarte silencioso: a United States Information Agency na mídia impressa do Brasil - Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, 1953-1964 / The silent standard: United States Information Agency in the Brazilian Press, 1953-1964Júlio Barnez Pignata Cattai 01 July 2011 (has links)
Em 1.º de junho de 1953, a administração do presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower fundou a United States Information Agency (USIA), reunindo sob a coordenação da nova agência os programas de informação dos Estados Unidos da América (EUA) no exterior. O intuito era o de aproximar as audiências internacionais dos valores do sistema democrático e de livre empresa encenado pelo país, granjeando governos às posições norte-americanas na Guerra Fria. A atuação da agência se deu no âmbito das disputas entre os governos dos Estados Unidos e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em programas de propaganda cultural naquilo que a historiografia tem chamado de Guerra Fria Cultural (Cultural Cold War). Esta pesquisa teve por objetivo investigar a atuação da USIA no Brasil, entre os anos de 1953, data de fundação da agência, e 1964, quando as questões de que se ocupava foram reorientadas em função, no plano internacional, da Guerra no Vietnam e, no Brasil, do golpe civil-militar. Para tanto, analisamos o material da agência matérias, artigos, notícias, notas e fotografias veiculado nos jornais cariocas Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, duas das mais importantes publicações da mídia impressa brasileira do período. Verificamos que a agência passou, paulatinamente, a empregar atividades secretas, além das atividades não secretas, driblando as resistências que a opinião pública brasileira mostrava à presença oficial norte-americana no debate de questões políticas nacionais. Embora as estratégias utilizadas pela USIA fossem realizadas em nome das liberdades democráticas, a agência não vacilou em lançar mão de operações secretas para a consecução de seus objetivos políticos na Guerra Fria. / On June, 1st, 1953, U.S. President Dwight D. Eisenhowers administration founded the United States Information Agency (USIA) for gathering U.S. information programs overseas under its umbrella. The aim of the new agency was to broadcast democratic system and free enterprise values portrayed by the country to international audiences in order to garner nations to U.S. positions during the Cold War. The Agency proceedings took place in the context of disputes between the heads of government of the United States of America (USA) and the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) in programs of cultural propaganda called the Cultural Cold War by historiography. The present study aimed at investigating USIAs performance in Brazil between the years 1953, founding date of the Agency, and 1964, when the Agencys previous issues were redesigned on account of Vietnam War, at an international level, and of the civil-military coup, in Brazil. Therefore, we analyzed the Agency material newspaper reports, articles, news, notes and photos released in Correio da Manhã and Tribuna da Imprensa newspapers, two of the most important publications of the Brazilian Press for the period edited in Rio de Janeiro. We found that the Agency has, gradually, carried out covert activities, besides the overt ones, dodging Brazilian public opinion resistance against official U.S. presence in the debate on national political issues. Although the strategies used by the USIA were held in the name of democratic freedoms, the Agency did not hesitate about resorting covert operations to achieve its political objectives in the Cold War.
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