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Pioneiros e pioneiras da Educação Popular freiriana e a universidadePaulo, Fernanda dos Santos 27 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / PROEX - Programa de Excelência Acadêmica / Com o objetivo de realizar uma pesquisa crítico-problematizadora a partir das experiências dos pioneiros e das pioneiras da Educação Popular (EP), com vistas a obter uma visão de sínteses de conhecimentos que possa servir como base para repensarmos, hoje, a universidade numa perspectiva de EP freiriana, evidenciamos que: 1) Os pioneiros e pioneiras da EP não criaram a concepção de EP, mas construíram, através de suas presenças e lutas engajadas, na universidade e fora dela, uma definição teórico-prática de EP crítica e de cunho libertador. Ou seja, a EP a partir das experiências desses educadores e dessas educadoras não se realiza somente em nível teórico, mas também na concomitância dos diferentes movimentos de resistência a todas as formas de opressão e dominação. Diante das especificidades dessas lutas, consideramos os pioneiros e as pioneiras da EP enquanto intelectuais engajados/as e transgressores/as das normas burocratizantes, muito presentes na universidade. 2) A EP, compreendida enquanto movimento concreto, histórico, social e dialético, apresenta diferentes perspectivas de entendimento. A tese traz dezenas de referências teórico-metodológicas que dialogam acerca da EP e da universidade. Foi a partir de Paulo Freire e seus companheiros de luta que se iniciou o movimento intelectual de uma nova concepção de educação para além do acesso do povo na escola pública, gratuita e laica. Buscava-se uma EP libertadora que se constituísse como resistência aos modelos de ―educação bancária‖. Essa mobilização traduziu-se numa alternativa popular de rebeldia contra a educação elitizada, sendo que a coragem e o desejo de lutar politicamente pela transformação social são marcas presentes na trajetória dos pioneiros e das pioneiras da EP, apostando que a EP na universidade tem sido uma possibilidade a partir de seus projetos de pesquisa e de vida. Além disso, ficou explícito que a luta deles e delas (sujeitos de subversão e transgressão) se dá de forma contínua. O movimento da luta pela EP é um ato de rebeldia desses educadores e educadoras, que foram fazendo educação em diferentes contextos educativos: escolares e não escolares. A universidade atual ainda está consubstanciada pela construção do conhecimento colonial e elitista. Porém, temos importantes experiências de EP na universidade. Essas experiências visam uma educação da insurgência (Movimento Popular contra o poder estabelecido: capitalismo) via EP. Mas a EP enquanto processo de libertação, chamamos de Educação Popular freiriana. Com a problematização, os objetivos e as metodologias, constatamos que não temos apenas uma concepção de universidade popular, mas temos pistas que nos convidam a tensionar a universidade mercadológica e flexibilizada. Contamos com alternativas que advêm das brechas que encontramos e construímos no nosso ambiente de trabalho e de militância. As experiências dos pioneiros e pioneiras foram pensadas e produzidas a partir das tensões entre a educação opressora e a EP, conhecimento científico e não-científico (saber popular). A compreensão de universidade na práxis educativa desses educadores e educadoras é advinda das experiências de luta, resistências, transgressões e rebeldias. Eles e elas vêm construindo, a partir da práxis, orientada pelas experiências-mundo e pelos seus quefazeres engajados, experiências na universidade relacionadas a um projeto de libertação na perspectiva da pedagogia crítica. O caminho investigativo parte de alguns dos princípios da pesquisa participante, utilizando a sistematização de experiências, análise documental e entrevistas semiestruturadas, além de trocas de cartas pedagógicas e e-mails dialógicos. O procedimento de análise dos materiais deu-se através da codificação e decodificação apresentada no livro Pedagogia do Oprimido. O fundamento ontológico e as dimensões da EP são oriundos dos materiais de pesquisa (teórico-prática). / Con el objetivo de realizar una investigación crítico-problematizadora a partir de las experiencia de los pioneros y pioneras de la Educación Popular (EP), con miras a obtener una visión de síntesis de conocimientos que pueda servir como base para que repensemos, hoy, a la universidad en una perspectiva de EP freiriana, evidenciamos que: 1) Los pioneros y pioneras de la EP no crearon la concepción de EP, pero construyeron, a través de su presencia y luchas comprometidas, en la universidad y fuera de ella, una definición teórico-práctica de EP crítica y de cuño libertador. O sea, a partir de las experiencias de esos educadores y esas educadoras la EP no se realiza solamente en un nivel teórico, sino también en la concomitancia de los diferentes movimientos de resistencia a todas las formas de opresión y dominación. Delante de las especificidades de esas luchas, consideramos los pioneros y las pioneras de la EP como intelectuales comprometidos/as y transgresores/as de las normas burocráticas, muy presentes en la universidad. 2) La EP, comprendida como movimiento concreto, histórico, social, y dialéctico, presenta diferentes perspectivas de entendimiento. La tesis trae decenas de referencias teórico-metodológicas que dialogan sobre la EP y la universidad. Fue a partir de Paulo Freire y sus compañeros de lucha, que se inició el movimiento intelectual de una nueva concepción de la educación, más allá del acceso del pueblo en la escuela pública, gratuita y laica. Se buscaba una EP libertadora que se constituyese como resistencia a los modelos de ―educación bancaria‖. Esa movilización se tradujo en una alternativa popular de rebeldía contra la educación elitista, siendo que el coraje y el deseo de luchar políticamente por la transformación social son marcas presentes en la trayectoria de los pioneros y de las pioneras de la EP, apostando que la EP en la universidad ha sido una posibilidad a partir de sus proyectos de investigación y de vida. Además, quedó explícito que la lucha de ellos y de ellas (sujetos de subversión y transgresión) se dio de forma continua. El movimiento de la lucha por la EP es un acto de rebeldía se esos educadores y educadoras que hicieron educación en diferentes contextos educativos: escolares y no escolares. La universidad actual todavía está consubstanciada por la construcción del conocimiento colonial y elitista. Sin embargo, tenemos importantes experiencias de EP en la universidad. Estas experiencias tienen por objetivo una educación de la insurgencia (Movimiento Popular contra el poder establecido: capitalismo) vía EP. Pero la EP como proceso de liberación, la llamamos Educación Popular freiriana. Con la problematización, los objetivos y las metodologías, constatamos que no tenemos solo una concepción de universidad popular, pero tenemos pistas que nos invitan a tensionar la universidad mercadológica y flexibilizada. Contamos con alternativas que provienen de las brechas que encontramos y construimos en nuestro ambiente de trabajo y militancia. Las experiencias de los pioneros y pioneras fueron producidas a partir de las tensiones entre la educación opresora y la EP, conocimiento científico y no-científico (saber popular). La comprensión de universidad en la praxis educativa de esos educadores y educadoras proviene de las experiencias de lucha, resistencia, transgresiones y rebeldías. Ellos y ellas vienen construyendo, a partir de la praxis, orientada por las experiencias-mundo y por sus quehaceres comprometidos, experiencias en la universidad relacionadas a un proyecto de liberación en la perspectiva de la pedagogía crítica. El camino investigativo parte de algunos de los principios de la investigación participante, utilizando la sistematización de experiencias, análisis documental y entrevistas semiestructuradas, además de intercambio de cartas pedagógicas y e-mails dialógicos. El procedimiento de análisis de los materiales se dio a través de la codificación y decodificación presentada en el libro Pedagogía del Oprimido. El fundamento ontológico y las dimensiones de la EP son oriundas de los materiales de investigación (teórico-práctica).
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