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Na práxis da assessoria jurídica universitária popular: extensão e produção de conhecimentoMiranda, Carla 04 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / We make a reflection of a social practice called University Popular Juridical Assessory
(AJUP), of our ajupianas practices, of what explicit the statements of its members on its main
feature: its capacity for a critical and emancipatory law, a critical and emancipatory university
and a critical and emacipatory society, We rescued its theoretical framework on the historical
experience of theoretical and practical movements of the critical law from the 1980s and
1990s. But in the context of the university where it happens nowadays, we speak of practice
as a university extension, a mark of its political transformative intention, and we identify it
with the popular movement of the extension. This characterization, as a practice, highlights
the requirement for production of socially useful knowledge in the extension. This
characterization emphasizes the popular education as a methodology, but with the multiplicity
of meanings that the term includes nowadays, it is necessary understand at the methodological
moments the implementation of this practice, our real approximation of the union between
theory and practice. In this sense, the systematized experience show us the one hand, the
outline of their own way of doing popular extension popular with the Law: a practice with a
greater community insertion, where the research is not a preview, but part of the same action,
and recognizes that other legal sociability, besides the official ones. But the systematized
experience also shows us, however, our difficulties even in this dialogic exercise with the
people, in this work guided by an emancipator ethical sense. Thinking practices in an ethical
sense is to recognize that every practice brings a social theory (as a way of being, being and
knowing), and produces knowledge and transformation (albeit conservatively) in the
reflexivity of these modes of relating in the world and with the world. In other words, our
practices, as well as the knowledge we produce because of them, are closely related to a
model of civilization. It is here that talk about AJUP as a popular extension in law, and about
the necessary production of useful knowledge in this practice, takes up the debate on the
values in the knowledge. The experiences demonstrate a useful knowledge, produced in the
social practice, in relational way in the existential situations of life. And it's acknowledging
rationalities different from the rationality of modern science that the popular extension
questions deeply the university. The understanding of our difficulties is the recognition that
our practices often reproduce the dominant and dominating ethic we criticize, especially when
we don t reflect on our cultural conditioning that we are also immersed. In our case, the
AJUP, it is important to recognize the limits of our "vision of law", and also the vision of "our
law". In this sense, a practice in an ethical-liberator sense means more an attitude of constant
questioning of ourselves and our relations with the world, than the reproduction of any model
of "emancipatory" practice. It's in fact, an exercise of a profound self-criticism, of ourselves
and our practices, that guides us to bridge the gaps between our say and our doing, for the
concrete realization of a liberating practice and in a University Popular Juridical Assessory. / Fazemos aqui uma reflexão de uma prática social denominada Assessoria Jurídica
Universitária Popular (AJUP). Das nossas próprias práticas ajupianas, naquilo que as falas dos
seus membros explicitam sobre sua característica principal: sua capacidade crítica e
emancipatória do direito, da universidade e da sociedade. Resgatamos seu marco teórico na
experiência histórica dos movimentos teórico-práticos críticos do direito da década de 1980 e
1990. Mas no contexto da universidade em que se realiza hoje, falamos da prática enquanto
uma extensão universitária e, marca de sua intencionalidade política transformadora, a
identificamos com o movimento da extensão popular. Caracterização que, como uma práxis,
ressalta a exigência de produção de conhecimento socialmente útil na extensão. Esta
caracterização enfatiza a educação popular como metodologia, mas na pluralidade de sentidos
que o termo abrange hoje torna necessário perceber nos momentos metodológicos de
implementação dessa práxis nossa real aproximação da unidade teórico-prática. Nesse
sentido, as experiências sistematizadas nos mostram por um lado, o esboço de um modo
próprio de fazer extensão popular em direito: um fazer com uma maior inserção comunitária,
em que a investigação não é uma prévia, senão, parte mesma da ação, e que reconhece
sociabilidades jurídicas outras, além das oficiais. Mas mostram-nos também, por outro lado,
nossas dificuldades ainda nesse exercício dialógico com o povo, nesse trabalho orientado por
um sentido ético libertador. Pensar nas práticas em sentido ético é reconhecer que toda prática
social traz consigo uma teoria (como modo de ser, estar e conhecer), e produz conhecimento e
transformação (ainda que conservadora) na reflexividade desses modos de se relacionar no
mundo e com o mundo. Ou seja, nossas práticas, assim como o conhecimento que produzimos
nelas, estão intimamente relacionadas a um modelo civilizatório. É aqui que falar em AJUP
como extensão popular em direito, e da necessária produção de conhecimento útil nesta
prática, retoma o debate do valor no conhecimento. As experiências demonstram um
conhecimento útil, produzido na prática social, de modo relacional nas situações existenciais
da vida. E é reconhecendo racionalidades diversas da racionalidade da ciência moderna que a
extensão popular questiona profundamente a universidade. A compreensão das nossas
dificuldades está no reconhecimento de que nossas práticas reproduzem muitas vezes a ética
dominante e dominadora que tanto criticamos, especialmente quando não refletimos sobre os
condicionados culturais em que também estamos imersos. No nosso caso da AJUP, é
importante reconhecer os limites do nosso olhar do direito , e também, do olhar do nosso
direito . Nesse sentido, uma prática em sentido ético-libertador significa mais uma postura de
questionamento constante de nós próprios e nossas relações com o mundo, que da reprodução
de qualquer modelo de prática emancipatória . É no fundo um exercício de profunda
autocrítica, de nós mesmos e de nossas práticas, que nos orienta para diminuir as distâncias
entre nosso dizer e nosso fazer, para a realização concreta de uma prática libertadora e em
Assessoria Jurídica Universitária Popular.
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