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Invasão, competição e uso de recursos por uma gramínea nativa e uma gramínea invasora do cerrado / Invasion, competition and resource use by a native and invasive grass in the Brazilian savanasZupo, Talita Marques 08 December 2010 (has links)
No Brasil, varias espécies de gramíneas africanas introduzidas se tornaram importantes invasoras dos cerrados e constituem uma das principais ameaças para a sua biodiversidade. Atributos envolvendo trade-offs evolutivos que influenciam na adaptabilidade das espécies - aquisição, alocação e perda de recursos pelas plantas por meio de competição, facilitação, estresse e distúrbio - irão influenciar o desempenho dos indivíduos e a manutenção das populações nas comunidades vegetais. Deste modo, e de extrema importância entender quais os mecanismos que levam uma espécie invasora a ter um desempenho melhor sobre as espécies nativas. Comparações envolvendo características entre espécies exóticas e nativas podem levar a uma melhor compreensão sobre o processo da invasão. Diante disso, este trabalho procurou identificar algumas das estratégias competitivas adotadas por uma gramínea invasora, Urochloa decmbens, e por uma gramínea nativa, Echinolaena inflexa, em ecossistema de cerrado. Para verificar aspectos relativos às estratégias de colonização das espécies foram analisadas suas fenologias reprodutivas, as taxas de viabilidade e de germinação das sementes. Em um experimento com plantas envasadas, sementes de ambas as espécies foram semeadas em diferentes proporções relativas uma a outra. Três censos foram realizados durante o período de um ano para avaliar a sobrevivência, crescimento e fecundidade das espécies. Medidas da capacidade fotossintética e das taxas de assimilação foram tomadas para ambas as espécies tanto em parcelas puras quanto em parcelas mistas; também foi quantificada a área foliar especifica e total das espécies. No experimento com as plantas envasadas, quando sementes de ambas as espécies foram colocadas juntas, a nativa teve seu crescimento suprimido pela invasora. Nos tratamentos puros, os indivíduos da espécie nativa cresceram em tamanho, mas somente três se tornaram reprodutivos. No entanto, muitos indivíduos da espécie invasora cresceram em tamanho e se reproduziram em todos os tratamentos, mostrando uma alocação de recursos tanto para crescimento quanto para reprodução. A espécie invasora apresentou uma taxa fotossintética maior, porem ambas as espécies tiveram sua capacidade fotossintética e sua taxa fotossintética reduzida nos parcelas mistas, sugerindo que a competição afeta tanto a espécie nativa como a espécie invasora. Uma vez que a espécie nativa possui área foliar especifica menor em relação à espécie invasora, espera-se que ela apresente uma perda menor de nutrientes e, conseqüentemente, uma maior conservação/retenção dos nutrientes, o que favoreceria sua persistência em ambientes como o cerrado. No entanto, com a ocorrência de distúrbios e possíveis alterações na disponibilidade de nutrientes, a gramínea nativa pode ser deslocada pela invasora, que apresenta maior capacidade de colonizar novas áreas por meio de maiores taxas de germinação e estabelecimento; e maior produtividade, apresentando maiores taxas fotossintéticas, sendo mais eficiente no uso do nitrogênio. / Many African grasses have been introduced in Brazil and have invaded areas of Brazilian savannas, thus becoming a major threat to the biological diversity of this biome. Traits involving evolutionary trade-offs that influence the species adaptive strategies, such as differences in nutrient uptake, nutrient loss and biomass allocation in response to plant competition and facilitation, and environmental stress and disturbance, will influence individual performance and population maintenance in plant communities. Therefore, it is extremely important to identify the mechanisms associated with invasiveness that lead to a better performance of exotic species over co-occuring natives. Comparisons involving traits of both native and exotic species may lead to a better understanding concerning the success of invasions. This study sought to recognize possible competitive strategies adopted by an invasive grass, Urochloa decmbens, and a native grass, Echinolaena inflexa, in a Brazilian savanna. In order to identify aspects relative to their colonization strategies, the reproductive fenologies and seed viability and germination rates of both species were analyzed. An experiment with potted plants was performed where seeds of both species were sown in different relative proportions to each other. Three census were carried out during a period of 12 months to evaluate survival, growth and fecundity of both species. Gas exchange and chlorophyll fluorescence were quantified for each species in pure and mixed stands in the field; total and specific leaf area for both species were also measured. In the potted experiment, when seeds of both species were sown together, the growth of the native species was suppressed by the exotic species. In pure treatments, however, individuals of the native species grew in size, but only 2% reproduced. On the other hand, individuals of the exotic species grew in size and reproduced in all treatments, demonstrating that this species allocated enough resources for both growth and reproduction. The photosynthetic rates were greater for the invasive species, however, in mixed stands, both species had their photosynthetic rates and capacities decreased. The smaller specific leaf area of the native species suggests lower rates of nutrient loss than the invasive species, which would favor its persistence in nutrient poor environments, as the Brazilian savannas. Yet, with the occurrence of disturbances and variable nutrient availabilities, the native species might be displaced by the invasive species, since the later possesses traits leading to a higher competitive ability in such conditions.
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Invasão, competição e uso de recursos por uma gramínea nativa e uma gramínea invasora do cerrado / Invasion, competition and resource use by a native and invasive grass in the Brazilian savanasTalita Marques Zupo 08 December 2010 (has links)
No Brasil, varias espécies de gramíneas africanas introduzidas se tornaram importantes invasoras dos cerrados e constituem uma das principais ameaças para a sua biodiversidade. Atributos envolvendo trade-offs evolutivos que influenciam na adaptabilidade das espécies - aquisição, alocação e perda de recursos pelas plantas por meio de competição, facilitação, estresse e distúrbio - irão influenciar o desempenho dos indivíduos e a manutenção das populações nas comunidades vegetais. Deste modo, e de extrema importância entender quais os mecanismos que levam uma espécie invasora a ter um desempenho melhor sobre as espécies nativas. Comparações envolvendo características entre espécies exóticas e nativas podem levar a uma melhor compreensão sobre o processo da invasão. Diante disso, este trabalho procurou identificar algumas das estratégias competitivas adotadas por uma gramínea invasora, Urochloa decmbens, e por uma gramínea nativa, Echinolaena inflexa, em ecossistema de cerrado. Para verificar aspectos relativos às estratégias de colonização das espécies foram analisadas suas fenologias reprodutivas, as taxas de viabilidade e de germinação das sementes. Em um experimento com plantas envasadas, sementes de ambas as espécies foram semeadas em diferentes proporções relativas uma a outra. Três censos foram realizados durante o período de um ano para avaliar a sobrevivência, crescimento e fecundidade das espécies. Medidas da capacidade fotossintética e das taxas de assimilação foram tomadas para ambas as espécies tanto em parcelas puras quanto em parcelas mistas; também foi quantificada a área foliar especifica e total das espécies. No experimento com as plantas envasadas, quando sementes de ambas as espécies foram colocadas juntas, a nativa teve seu crescimento suprimido pela invasora. Nos tratamentos puros, os indivíduos da espécie nativa cresceram em tamanho, mas somente três se tornaram reprodutivos. No entanto, muitos indivíduos da espécie invasora cresceram em tamanho e se reproduziram em todos os tratamentos, mostrando uma alocação de recursos tanto para crescimento quanto para reprodução. A espécie invasora apresentou uma taxa fotossintética maior, porem ambas as espécies tiveram sua capacidade fotossintética e sua taxa fotossintética reduzida nos parcelas mistas, sugerindo que a competição afeta tanto a espécie nativa como a espécie invasora. Uma vez que a espécie nativa possui área foliar especifica menor em relação à espécie invasora, espera-se que ela apresente uma perda menor de nutrientes e, conseqüentemente, uma maior conservação/retenção dos nutrientes, o que favoreceria sua persistência em ambientes como o cerrado. No entanto, com a ocorrência de distúrbios e possíveis alterações na disponibilidade de nutrientes, a gramínea nativa pode ser deslocada pela invasora, que apresenta maior capacidade de colonizar novas áreas por meio de maiores taxas de germinação e estabelecimento; e maior produtividade, apresentando maiores taxas fotossintéticas, sendo mais eficiente no uso do nitrogênio. / Many African grasses have been introduced in Brazil and have invaded areas of Brazilian savannas, thus becoming a major threat to the biological diversity of this biome. Traits involving evolutionary trade-offs that influence the species adaptive strategies, such as differences in nutrient uptake, nutrient loss and biomass allocation in response to plant competition and facilitation, and environmental stress and disturbance, will influence individual performance and population maintenance in plant communities. Therefore, it is extremely important to identify the mechanisms associated with invasiveness that lead to a better performance of exotic species over co-occuring natives. Comparisons involving traits of both native and exotic species may lead to a better understanding concerning the success of invasions. This study sought to recognize possible competitive strategies adopted by an invasive grass, Urochloa decmbens, and a native grass, Echinolaena inflexa, in a Brazilian savanna. In order to identify aspects relative to their colonization strategies, the reproductive fenologies and seed viability and germination rates of both species were analyzed. An experiment with potted plants was performed where seeds of both species were sown in different relative proportions to each other. Three census were carried out during a period of 12 months to evaluate survival, growth and fecundity of both species. Gas exchange and chlorophyll fluorescence were quantified for each species in pure and mixed stands in the field; total and specific leaf area for both species were also measured. In the potted experiment, when seeds of both species were sown together, the growth of the native species was suppressed by the exotic species. In pure treatments, however, individuals of the native species grew in size, but only 2% reproduced. On the other hand, individuals of the exotic species grew in size and reproduced in all treatments, demonstrating that this species allocated enough resources for both growth and reproduction. The photosynthetic rates were greater for the invasive species, however, in mixed stands, both species had their photosynthetic rates and capacities decreased. The smaller specific leaf area of the native species suggests lower rates of nutrient loss than the invasive species, which would favor its persistence in nutrient poor environments, as the Brazilian savannas. Yet, with the occurrence of disturbances and variable nutrient availabilities, the native species might be displaced by the invasive species, since the later possesses traits leading to a higher competitive ability in such conditions.
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Variação intrapopulacional na dieta de Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix & Agassiz, 1829) (Pisces : Characiformes) em uma planície de inundação neotropicalMamede, Angélica Francisca Mendes 13 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-13 / CNPq / A variação no uso de recurso é muito comum e pode ocorrer de diferentes formas dentro de uma população natural. Dentre essas se destacam a exploração de recursos
diferenciada entre machos e fêmeas, jovens e adultos, ou pode estar relacionada à
mudança na morfologia em resposta ao uso de recurso e especialização individual
(essa por sua vez pode ser afetada pela competição intra ou interespecífica). Desse
modo o objetivo desse trabalho é descrever o padrão de uso de recurso alimentar
dentro de uma população do peixe jeju (Hoplerythrinus unitaeniatus), um peixe
predador comum em ambientes lênticos, na planície de inundação do Pantanal. As
coletas foram realizadas na planície de inundação localizada na região do Pantanal de
Poconé nos anos de 2009, 2010 e 2011. De cada indivíduo foram tomadas medidas
morfológicas, tiveram seu sexo determinado e o estomago retirado. Os itens
alimentares de H. unitaeniatus e seu possível competidor Hoplias malabaricus foram
identificados. Para quantificação foi utilizado o método numérico. Verifiquei se machos
e fêmeas, e/ou jovens e adultos (classificados segundo estimativa de primeira
maturação) e/ou variações na morfologia estavam relacionadas à composição da dieta
dentro dessa população através de uma PERMANOVA. Então calculei o grau de
especialização individual na população (IS) e o aninhamento (NODF), separadamente
para grupos que diferiam na dieta. Utilizei uma PCA para reduzir a dimensionalidade
dos dados de cobertura vegetal, para então saber se existiu efeito da competição intra
ou interespecífica e cobertura vegetal no IS através de uma regressão multipla. Foram
analisados os conteúdos estomacais de 145 exemplares de H. unitaeniatus: 56
machos (CP variando entre 49,02 e 200,22 mm) e 89 fêmeas (CP variando entre 64,13
e 204,50mm). O comprimento médio da primeira maturação estimado foi de 105,8 mm.
Desta forma, 82 indivíduos foram classificados como jovens e 53 como adultos. Os
itens alimentares foram divididos em 22 categorias. Machos e fêmeas não diferiram na
composição de recursos utilizados (pseudo-F1,143=1,46; p= 0,14). No entanto, a
composição da dieta diferiu entre jovens e adultos (pseudo-F1,143= 5,26; p<0,01).
Quando confrontados com a composição da dieta, encontramos relação entre a
variação na dieta relacionada à morfologia (eixo 2, pseudo-F1,142=2,07, p<0,01; eixo 3,
pseudo-F1,142= 0,57, p=0,87). De forma geral, a amplitude de especialização individual
dentro desta população variou entre 0,22 e 0,62 e foi significativa somente na minoria
dos casos. O aninhamento só foi significativo em dois casos, e variou entre 10 e 60,83.
O modelo geral de regressão múltipla entre o IS e a abundância de jeju e de traíra e os
eixos da PCA de cobertura vegetal, representou 12,6% da variação encontrada no IS e
não foi significativo (F4,9= 1,47; R²ajustado=0,126; p= 0,29). O IS não foi afetado pela
abundância de jejus (p= 0,12), pela abundância de traíra (p= 0,53) e nem pela
cobertura vegetal (eixo 1, p= 0,94; eixo 2, p= 0,6). Em síntese, a população de
Hoplerythrinus unitaeniatus da planície de inundação do Pantanal apresentou uma
tendência em ter especialização individual em poucos casos, esta por sua vez não foi
influenciada por interações competitivas. Também encontrei variação intrapopulacional
no uso do recurso explicada pela ontogenia e por variações morfológicas. / The variation in resource usage is very common and can occur in different ways in a
natural population. Among these, I highlight the differentiated exploitation of resources
between males and females, young and old, or can be related to change in morphology
in response to resource usage and individual specialization (that in turn can be affected
by intra-or interspecific competition). Thus the aim of this study is to describe the
standard of food resources usege within a population of jeju fish (Hoplerythrinus
unitaeniatus), a predator fish common in lentic environments) on the floodplain of the
Pantanal. The collections were made in the floodplain located in the Pantanal region of
Poconé in the years 2009, 2010 and 2011. The measures of morphology of each
individual were taken and they had their sex determined and their stomach removed.
The food itens of H. unitaeniatus and its possible competitor Hoplias malabaricus were
identified. To quantify the numerical method was used. I checked if males and females,
and/or adults (classified according to estimate of first maturity), and/or variations in
morphology were related to the composition of the diet within that population through a
PERMANOVA. Then I calculated the degree of individual specialization in the
population (IS) and nestedness (NODF), separately for groups that differed in the diet. I
used a PCA to reduce the dimensionality of the data of vegetation cover, and then
whether there was effect of intra and interspecific competition or vegetation cover in IS
through a multiple regression. The food itens of 145 especims of H. uniteniatus were
analized: 56 males (Standard Length between 49.02 and 200.22 mm) and 89 females
(SL between 64.13 and 204.50mm). The average length of the first maturation
estimated is 105.8 mm. Thus, 82 individuals were classified as young and 53 as adults.
The food itens were divided into 22 categories. Males and females did not differ in the
composition of resource used (pseudo-F1.143=1.46; p= 0.14). However, diet composition
differed between young fishes and adults (pseudo-F1.143= 5.26; p<0.01). When
confronted with the composition of the diet, we found relashionship between variation
in diet linked to morphology (axis 2, pseudo-F1.142=2.07, p<0.01; exis 3, pseudo-F1.142=
0.57, p=0.87). In general, the amplitude of individual specialization within this
population ranged from 0.22 and 0.61 and was significant only in a minority of cases.
The nestedness was significant only in two cases, and range between 10 and 60.83.
The general model of multiple regression between the IS and the abundance of jeju
and traíra and the PCA axes of vegetal cover, represented 12.6% of the variation found
in the IS and was not significant (F4.9= 1.47; R²adjusted=0.126; p= 0.29). The IS was not
affected by the abundance of jeju (p= 0.12), by the abundance of traíra (p= 0.53) and
not by the vegetation cover (axis 1, p= 0.94; axis 2, p= 0.6). In summary, the population
of Hoplerythrinus unitaeniatus of floodplain of Pantanal, presented a tendency to have
individual specialization in a few cases, this turn was not influenced by competitive
interactions. I also found intrapopulation variation in resource use explained by
ontogeny and morphological variations.
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