FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / O termo âassaltoâ à usado no cotidiano referindo-se à aÃÃo de um ou mais indivÃduos, comumente armados, que abordam outras pessoas para roubar os seus bens. Embora esse termo nÃo seja empregado no CÃdigo Penal Brasileiro, hà sanÃÃo prevista para o crime de roubo, cuja descriÃÃo à similar à definiÃÃo de assalto. O roubo apresenta uma considerÃvel gravidade por pressupor o uso da forÃa, podendo levar as vÃtimas a Ãbito. AlÃm disso, danos decorrentes de um roubo restringem a capacidade dos indivÃduos de exercer adequadamente diversos papÃis, como o parental, conjugal e ocupacional, acarretando em prejuÃzos significativos nas relaÃÃes interpessoais em diversos ambientes, tais como familiar, escolar e laboral. Em face desses elementos, o presente estudo tem como principal objetivo avaliar o impacto cognitivo, emocional e comportamental da vitimizaÃÃo por roubo. Especificamente, espera-se estimar se e quais variÃveis situacionais especÃficas contribuem para maiores sequelas nas vÃtimas e avaliar em que medida os fatores protetivos e agravantes, apontados pela literatura, apresentam relevÃncia em contexto local. Para alcanÃar os objetivos propostos, foram realizados dois estudos empÃricos. Nesses estudos, contou-se com a participaÃÃo de 348 pessoas de diversos estados do Brasil. O Estudo I comparou vÃtimas e nÃo-vÃtimas no que se refere aos fatores apontados como possÃveis complicaÃÃes decorrentes do crime, enquanto o Estudo II avaliou o impacto individual de variÃveis contextuais especÃficas nas diversas sequelas decorrentes do crime e o efeito especÃfico dos fatores protetivos. Como resultado, pode-se observar, no Estudo I, que as vÃtimas e nÃo-vÃtimas se diferenciaram quanto a ansiedade, medo do crime, percepÃÃes de vulnerabilidade e autoeficÃcia, alÃm da tomada de algumas medidas de proteÃÃo. No Estudo II, observou-se que somente as estratÃgias de Controle e Retraimento, ConversÃo e Aditividade apresentaram relaÃÃo com os impactos analisados. O Suporte Social nÃo apresentou qualquer relaÃÃo com as consequÃncias do roubo. Tais resultados foram discutidos com base na literatura. Considera-se que os objetivos da presente dissertaÃÃo tenham sido alcanÃados uma vez que foi possÃvel analisar os impactos decorrentes da vitimizaÃÃo por roubo e seus correlatos que apresentam mais destaque na literatura. Contudo, pode-se apontar algumas limitaÃÃes na pesquisa, como a dimensÃo reduzida da amostra e qualidade de algumas medidas utilizadas. Para pesquisas futuras, sugere-se a utilizaÃÃo de amostras maiores, alÃm da adaptaÃÃo prÃvia das escalas para contexto local e a realizaÃÃo de estudos longitudinais. / The term mugging is used in the everyday referring to the action of one or more individuals, commonly armed, who approach other people to steal their property. Although this term is not used in the Brazilian Penal Code, there is an expected penalty for the crime of robbery, whose description is similar to the definition of mugging and differs from the crime of theft. Robbery is more serious because it presupposes the use of force, which can lead to death. In addition, damages resulting from a robbery restrict the ability of individuals to properly exercise various roles, such as parental, marital and occupational, resulting in significant impairment in interpersonal relationships in various settings, such as family, school, and work. In view of these elements, the present study has as main objective to evaluate the cognitive, emotional and behavioral outcomes of robbery victimization. Specifically, it is expected to estimate if and which specific situational variables contribute to greater sequelae in the victims and to evaluate to what extent the attenuating and aggravating factors pointed out in the literature are relevant in the local context. In order to achieve the proposed objectives, two empirical studies were carried out: Study I compared victims and non-victims with regard to factors identified as possible complications of crime, while Study II assessed the individual impact of specific contextual variables in the various sequelae and the specific effect of mitigating factors. As a result, it can be observed in Study 1 that victims and non-victims differed in terms of anxiety, fear of crime, perceptions of vulnerability and self-efficacy, and the taking of some protective measures. In Study 2, it was observed that only Control and Retraining, Conversion, Addiction strategies presented a relation with the analyzed impacts. Social Support was not related to the consequences of the robbery. These results were discussed based on the literature. It is considered that the objectives of this dissertation have been reached since it was possible to analyze the impacts of robbery victimization and its correlates that are more prominent in the literature. However, it is possible to point out some limitations in the research, such as the reduced size of the sample and the quality of some measures used. For future research, we suggest the use of larger samples, besides the previous adaptation of the scales to local context and the realization of longitudinal studies.