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Estudo da correlação entre variáveis meteorológicas e a incidência de casos de dengue em Maceió, Alagoas, Brasil / Study of the correlation between meteorological variables and the incidence of dengue cases in Maceió, Alagoas, BrazilSantos, Juliete Baraúna dos 21 October 2016 (has links)
The present work had the objective of identifying the correlation between the temporal series of incidence of dengue cases and meteorological variables in the city of Maceió, Alagoas, through the investigation of periodicity variations in the whole time series of cases of dengue incidence and Of the temporal series of the time variables and of the detection of the corresponding time delay periods of the meteorological variables that correlate with the incidence of dengue cases. For the analysis and understanding of these aspects, real monthly data were used for the meteorological variables precipitation, cloudiness, relative air humidity, maximum temperature, average temperature, minimum air temperature, insolation, maximum speed and average wind, selected between January From December 1998 to December 2015 at Maceió Climatological Automatic Station, from INMET's BDMEP. For the same study period, data were also obtained on the number of notified cases of dengue in the municipality, available free of charge through the TABNET / DATASUS database. To identify the dominant periodicity in the signals of the time series of the study, continuous wavelet analysis was used. In order to investigate the relation between the time series, the criterion of crossed wavelet, wavelet coherence and phase angle was used. It was found that all variables presented individual dominant peaks with a scale of approximately 10 to 14 months. However, the cloudiness and insolation variables also showed concentrated energy in a scale less than 6 months. All cross-power spectra also showed dominant periodicity with approximately annual scale, that is, both the series of dengue incidence and the series of meteorological variables had the same high energy. It is worth noting that the variables precipitation, cloudiness and average air temperature also presented periodicity on a scale of 5 to 7 months. When the approximately 12-month scale was analyzed in correlated power spectra, the cloudiness variable, maximum wind speed, mean wind velocity and sunshine did not show a positive influence on the change in dengue incidence, that is, they did not increase the number of disease. Overall, when analyzed at approximately annual scale, the increase in the incidence of dengue cases in Maceió presented a temporal delay of 3 weeks when correlated to precipitation, temporal delay of 6 to 11 weeks relative to relative humidity, 15 weeks when Correlated to the maximum air temperature, 12 to 15 weeks in relation to the average air temperature, and a time delay of 9 to 14 weeks when correlated to the minimum air temperature. Thus, the increase in the occurrence of dengue cases is strictly associated with the duration of the dominant periodicity of precipitation and the maximum temperature of the air, being placed as indicators of dengue cases in this scale. However, it is important to note that for scales less than 6 months, the meteorological variables cloudiness and sunshine are indicated as indicators that presented good results, with the incidence of dengue cases presenting a temporal delay of approximately 5 weeks in relation to these two meteorological variables. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho teve o objetivo de identificar a correlação entre as séries temporais de incidência de casos de dengue e de variáveis meteorológicas na cidade de Maceió, Alagoas, através da investigação das variações da periodicidade em toda a série temporal dos casos de incidência da dengue e das séries temporais das variáveis temporais e, da detecção dos períodos de atraso de tempo correspondentes das variáveis meteorológicas que se correlacionam com a incidência de casos da dengue. Para a análise e compreensão destes aspectos foram utilizados dados mensais reais das variáveis meteorológicas precipitação, nebulosidade, umidade relativa do ar, temperatura máxima, temperatura média, temperatura mínima do ar, insolação, velocidade máxima e média do vento, selecionados entre o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2015 da Estação Automática Climatológica de Maceió, provenientes do BDMEP do INMET. Para o mesmo período de estudo, também foram obtidos dados sobre o número de casos notificados de dengue no município, disponibilizados gratuitamente através de banco de dados TABNET/DATASUS. Para identificar a periodicidade dominante nos sinais das séries temporais do estudo, foi utilizada a análise wavelet contínua. Para investigar a relação entre as séries temporais, foi utilizado o critério da wavelet cruzada, da coerência wavelet e do ângulo de fase. Foi constatado que todas as variáveis apresentaram picos dominantes individuais com escala de aproximadamente 10 a 14 meses. Entretanto, as variáveis nebulosidade e insolação apresentaram também energia concentrada em escala menor que 6 meses. Todos os espectros de potência cruzada mostraram também periodicidade dominante com escala aproximadamente anual, ou seja, tanto a série de incidência de dengue quanto as séries das variáveis meteorológicas tiveram mesma alta energia. Vale observar que as variáveis precipitação, nebulosidade e a temperatura média do ar apresentaram também periodicidade em escala de 5 a 7 meses. Quando analisada a escala de aproximadamente 12 meses nos espectros de potência correlacionada, a variável nebulosidade, velocidade máxima do vento, velocidade média do vento e insolação não mostraram influência positiva na mudança de incidência de dengue, ou seja, não aumentaram o número de casos da doença. No geral, quando analisada a escala aproximadamente anual, o aumento da incidência de casos de dengue em Maceió apresentou um atraso temporal de 3 semanas quando correlacionada à precipitação, atraso temporal de 6 a 11 semanas com relação à umidade relativa do ar, 15 semanas quando correlacionada à temperatura máxima do ar, 12 a 15 semanas com relação à temperatura média do ar, e um atraso temporal de 9 a 14 semanas quando correlacionada à temperatura mínima do ar. Desse modo, o aumento da ocorrência de casos de dengue está estritamente associado com a duração da periodicidade dominante da precipitação e da temperatura máxima do ar, sendo colocadas como indicadores de casos de dengue nessa escala. Entretanto, é importante ressaltar que para escalas menores que 6 meses, as variáveis meteorológicas nebulosidade e insolação são apontadas como indicadores que apresentaram bons resultados, com a incidência de casos de dengue apresentando um atraso temporal de aproximadamente 5 semanas em relação à estas duas variáveis meteorológicas.
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