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Estudo arqueobotânico dos restos alimentares silvestres do sítio arqueológico Alcobaça, Buíque-PE

Gustavo Souto Maior de Lima, Manoel 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:05:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo701_1.pdf: 5556160 bytes, checksum: 503cafb99cefa305236f388541afbe7c (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O sítio Arqueológico Alcobaça, localizado no município de Buíque PE, na área do Parque Nacional do Vale do Catimbau, nas coordenadas 8º32´24 Sul e 37º11´39 Oeste. Está situado a uma altitude de 800 m em relação ao nível do mar. É um abrigo em rocha arenítica com configuração de um pequeno anfiteatro com uma área de aproximadamente 980 m². As datações radiométricas do sítio Alcobaça indicam que o abrigo foi utilizado por um longo período, entre 4851 ± 30 e 888 ± 25 anos AP. O estudo arqueobotânico teve como principais objetivos a identificação, quantificação e o estudo tafonômico. Estes procedimentos fornecem informações acerca dos hábitos alimentares dos grupos humanos que ocuparam o abrigo, das modificações antropogênicas do entorno vegetacional e dos aspectos relacionados à distribuição de áreas de atividade no espaço intra-sítio. Os restos vegetais do sítio arqueológico Alcobaça são compostos por fragmentos de cestarias, cordões, sementes de umbu, sementes não-identificadas, frutos de palmeiras e fragmentos de sabugos de milho. Na presente pesquisa foram selecionados apenas os macro-restos vegetais silvestres com indícios de processamento humano - fraturas com características de manipulação antrópica e sinais de queima e combustão. As contextualizações espacial e estratigráfica dos macro-restos vegetais foram efetuadas com o auxílio de gráficos gerados a partir das tabelas de quantificação dos vestígios vegetais. O sítio foi dividido em três áreas a serem escavadas. Área I encontra-se próxima à parede do abrigo, e caracteriza-se por apresentar enterramentos com seus respectivos materiais associados. A Área II está localizada no sentido norte do sítio e revelouse uma área de sucessivas fogueiras não-estruturadas. A Área III, localizada no sentido sul, caracterizou-se pela presença de fogueiras estruturadas, assim como estruturas contendo restos vegetais. As áreas I e II apresentaram quatro camadas ocupacionais e a área III, duas camadas .Para cada táxon vegetal identificado no sítio Alcobaça foi determinado o número total de fragmentos (NTF) presentes em cada nível (de 10 cm) escavado e nas estruturas evidenciadas (fogueiras estruturadas, fogueiras desestruturadas, sepultamentos). Estudos etnobotânicos sobre às principais espécies identificadas, de palmeiras e estudos das dinâmicas vegetacionais e climáticas do Vale do Catimbau foram contrastados com os dados arqueobotânicos do sítio arqueológico Alcobaça. As principais espécies, numericamente mais representativas, foram o ouricuri (Syagrus coronata), o babaçu (Orbygnia phalerata) e o umbu (Spondias tuberosa). Sementes de jatobá (Hymineaea courbaril) também foram identificadas, porém em menor número. Os dados arqueológicos, botânicos e etnobotânicos apresentados indicam uma dieta baseada em pequenos animais e plantas silvestres em processo de manejo, semi-domesticação ou domesticação. Em relação à organização espacial intra-sítio das atividades de processamento de vegetais foi possível verificar diferenças na utilização do espaço. A área I, área dos enterramentos, apresentou 25,67 % da totalidade dos vegetais identificados resgatados no sítio Alcobaça. A presença das três principais espécies identificadas nas fogueiras dos enterramentos permitem deduzir que tais espécies vegetais possuíam uma importância considerável no imaginário mítico-religioso dos grupos que executaram tais rituais fúnebres. A maior concentração de restos fragmentados e queimados de frutos de babaçu e ouricuri e sementes de umbu foi verificada na área II, com 72,9 % da totalidade dos macro-vestígios recuperados, todos apresentando elevada freqüência de queima. Na camada 2 desta área, com datação de 1.234 ± 24 anos AP, concentrou-se a quase totalidade dos restos botânicos. Isto demonstra que este período ocupacional caracterizou-se por uma atividade intensa de processamento destes vegetais, como também pela utilização destes na retroalimentação de fogueiras. A área III apresentou apenas 1,43 % do total de macro-restos vegetais identificados resgatados ao longo das campanhas de escavação. Nesta área, composta por fogueiras estruturadas, observou-se um percentual de queima do babaçu e do ouricuri de aproximadamente 20% do total de fragmentos de endocarpo. Verificou-se nesta pesquisa indícios de um extenso período de processamento de frutos de palmeiras e de frutos de umbu em diferentes momentos cronológicos de ocupação do sítio Alcobaça, ao longo de 4.000 anos. O confronto dos dados arqueobotânicos, paleoambientais e etnobotânicos para a região em questão sugere sucessivas adaptações de grupos humanos pré-históricos a áreas vegetacionais continuamente manejadas e antropizadas. Com a continuidade das pesquisas nesta Área Arqueológica e a obtenção de novas informações arqueobotânicas provenientes de outros sítios da região, talvez seja possível no futuro, estabelecer uma análise sistêmica das modalidades de manejo, coleta e processamento de vegetais silvestres, e de como essas atividades interferiram na composição da vegetação atual

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