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Aspectos psicológicos do uso patológico de internet / Psychological aspects of pathological internet use

Fortim, Ivelise 12 April 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ivelise Fortim.pdf: 2188836 bytes, checksum: ae340f46f4fd388ce6c8412d3000a363 (MD5) Previous issue date: 2013-04-12 / Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica - CEPE / The aim of this study was to understand the experience of Pathological Internet Use (PIU) from self-reported users who declare themselves as "internet addicts". This is qualitative research, being a documental, transversal and retrospective study. The data were treated in two approaches: (i) using a statistical program for text analysis; and (ii) using categories of analysis, which were then analyzed by Jungian Psychology. The survey was conducted with a sample of 189 subjects. A total of 278 messages sent by these subjects were collected in the period from 02/2001 until 06/2011. The results indicate that the most frequent use seems to be for communicating, for sexual purposes and for navigation. Men seem to feel more dependent on communication, sex and games, while women consider themselves more dependent on communication and relationships. Four presented more psychological aspects can be highlighted. The first aspect is relative to the control: the internet gives the user a sense of great control over relationships with others and the image of itself. The second is that PIU appears to be a process of coping with situations of stress and anxiety. The pleasure obtained by some Internet activities shown to be additive, which means that life is restricted to the computer; pleasure seems to be coming from the control of activities, the ability to escape that they can provide, the ease and availability of sexual material, the infinitude of information and people. The third is related to the characteristic of the internet being seen at the same time as illusory as real, which enable a "half real" relationship with other. The forth is that many individuals are using the internet because it seems to liberate shadow aspects, sexual behavior, aggressive and also another aspects which are known but not assumed to others (as in shyness), the Internet seems give the user the feeling that he can be free, can be whoever he wants without censorship or social sanctions. Many users report negative consequences, such as negatively impact at studies, work, family and marital conflicts, social impairment, carelessness with themselves and with children. It is concluded that the internet is not harmful itself, but may provide a pathological use with serious consequences for certain users who are in vulnerable situations and use the internet to alleviate problems / O objetivo deste trabalho foi o de compreender a vivência do uso patológico de internet (UPI) a partir do autorrelato de usuários que se declaram viciados de internet . Trata-se de pesquisa qualitativa, sendo um estudo documental, transversal e retrospectivo. Os dados foram tratados de duas formas: (i) usando um programa estatístico de análise de texto e (ii) usando categorias de análise, que foram posteriormente analisadas pela psicologia junguiana. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 189 sujeitos. Foram utilizadas 278 mensagens enviadas por estes sujeitos, coletadas no período de 02/2001 a 06/2011. Os resultados indicam que, com relação ao uso abusivo principal da internet, os mais frequentes na amostra são para comunicação, para fins sexuais e para navegação. Os homens se sentem mais dependentes de comunicação, sexo e jogos, ao passo que as mulheres se consideram mais dependentes de comunicação e relacionamentos afetivos. Quatro aspectos psicológicos mais apresentados podem ser destacados. O primeiro é a dinâmica relativa ao controle: a internet dá ao usuário a sensação de controle grande sobre as relações com os outros e sobre a imagem de si mesmo. O segundo é que o UPI parece ser uma estratégia de coping, de enfrentamento de situações de estresse e ansiedade. O prazer obtido por algumas atividades na internet mostra ser adictivo, o que faz com que a vida fique restrita ao computador. O prazer parece ser advindo do controle das atividades, da capacidade de evasão que elas podem proporcionar, da facilidade e disponibilidade de materiais, da infinidade de informações e pessoas. O terceiro está ligado a característica de as atividades da internet serem vistas, ao mesmo tempo, como ilusórias e como reais; permitem um meio relacionamento com as pessoas. O quarto é que muitos sujeitos se utilizam da internet porque esta parece ter um papel libertador; seja de aspectos sombrios, de comportamentos sexuais, agressivos, seja de aspectos até conhecidos, mas pouco assumidos frente aos outros (como a timidez por exemplo). A internet parece dar a sensação ao usuário de que ali ele pode ser livre; pode ser quem quiser, sem censuras ou sanções sociais. Muitos usuários relatam consequências negativas graves, tais como prejuízos no trabalho, comprometimento social, prejuízos nos estudos, conflitos familiares e conjugais, descuido consigo mesmos e com seus dependentes. Conclui-se que a internet não é nociva em si, mas pode proporcionar um uso patológico com consequências graves para determinados usuários que estejam em situações fragilizadas e se utilizem da internet para alívio dos problemas

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