FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / PeÃonhas de Hymenoptera, particularmente das famÃlias Apidae (abelhas) e Vespidae (vespas), sÃo uma rica fonte de peptÃdeos e proteÃnas com atividades biolÃgicas. A espÃcie Polybia Paulista à uma vespa social neotropical muito agressiva e endÃmica no Sudeste do Brasil. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos renais e vasculares induzidos pelo veneno da Polybia paulista (VPp). Foram utilizados ratos (n = 4) machos Wistar pesando entre 250 e 300g, cujos rins foram isolados e perfundidos com SoluÃÃo de Krebs-Henseleit modificada contendo 6g% de albumina bovina previamente dialisada. A menor concentraÃÃo (1Âg/mL) nÃo apresentou efeito nos parÃmetros avaliados. PorÃm, a concentraÃÃo de 3Âg/mL produziu um aumentou na pressÃo de perfusÃo renal (PP), na resistÃncia vascular renal (RVR), no fluxo urinÃrio (FU) e no ritmo de filtraÃÃo glomerular (RFG). Foi tambÃm observada uma reduÃÃo aos 60â no percentual de transporte tubular de sÃdio (% TNa+). Na avaliaÃÃo histolÃgica do rim perfundido com VPp foi observado depÃsito de proteÃnas nos tÃbulos renais e nos espaÃos urinÃrios, bem como regiÃes focais de necrose/apoptose. A citotoxidade do veneno da Polybia paulista em cultura de cÃlulas MDCK foi analisada atravÃs do ensaio colorimÃtrico com sal de tetrazolium (MTT). O veneno promoveu um efeito citotÃxico dependente de concentraÃÃo com um valor de IC50 de 25.81Âg/mL. TambÃm foram mensurados os nÃveis de lactato desidrogenase (LDH) e observado um aumento significativo nas maiores concentraÃÃes estudadas. No estudo em leito mesentÃrico a pressÃo de perfusÃo foi mensurada atravÃs de um transdutor de pressÃo. O efeito vascular do VPp (3Âg/mL) nÃo alterou a pressÃo basal, na concentraÃÃo de 10Âg/mL, foi observado um aumento pressÃrico discreto e na concentraÃÃo de 100 Âg/mL, foi observado um acentuado aumento na pressÃo de perfusÃo basal. O efeito vasoconstritor observado no estudo renal e em leito mesentÃrico, tambÃm foi demonstrado no protocolo de anel de aorta, sendo observado de maneira concentraÃÃo dependente, um aumento do tÃnus basal apÃs a infusÃo do VPp. Em conclusÃo, o VPp causou nefrotoxidade, sugestivo de uma aÃÃo direta com morte celular em cÃlulas do tÃbulo renal por necrose. O efeito vascular contrÃtil que envolve influxo de cÃlcio atravÃs de canais operados por voltagem, provavelmente à mediado pela ativaÃÃo de receptores alfa adrenÃgicos.