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AnÃlise espaÃo-temporal da vegetaÃÃo do manguezal no rio CearÃ, CearÃ, Brasil / Space-time analysis of vegetation of mangrove river CearÃ, CearÃ, BrazilArmando Soares dos Reis Neto 25 July 2013 (has links)
Os manguezais estÃo distribuÃdos do extremo norte do Brasil atà Laguna, regiÃo costeira sul do paÃs, ocorrendo em estuÃrios, lagoas litorÃneas e canais de marÃ. No estado do Cearà (02Â46 S), nordeste brasileiro, o clima semi-Ãrido apresenta caracterÃsticas que condicionam o crescimento dos bosques de mangue como a sazonalidade das chuvas e a alta incidÃncia de radiaÃÃo solar. As caracterÃsticas climÃticas favoreceram a escolha pela regiÃo para implementaÃÃo da industria salineira no sÃculo passado, como no caso do complexo estuarino do rio CearÃ, localizado na divisa costeira entre os municÃpios de Fortaleza e Caucaia. O presente estudo descreve e analisa a evoluÃÃo espaÃo-temporal do manguezal do rio Cearà (Fortaleza-CE), com foco na colonizaÃÃo da vegetaÃÃo tÃpica de mangue em Ãreas de salinas abandonadas. O estudo da paisagem foi realizado atravÃs de tÃcnicas de sensoriamento remoto, uso de fotografias Ãreas e imagens de satÃlites, alÃm de visitas de campo, sendo produzidos e analisados mapas temÃticos dos anos de 1968, 1997 e 2009, estimando-se as Ãreas de manguezais e de salinas para cada ano. Para o ano de 2009, foram estimados 1006,6 ha de manguezais, 165% a mais do que em 1968, apresentando sua maior taxa de crescimento por dÃcada entre 1997 e 2009, de 133,25ha/10anos. No perÃodo estudado de 41 anos uma Ãrea de 395 ha de salinas abandonadas foi colonizada naturalmente por bosques de mangue. Uma descriÃÃo mais detalhada da estrutura desses bosques foi realizada atravÃs do estudo fitossociolÃgico na salina Margarida. Na regiÃo mais prÃxima à margem do rio foi encontrado um bosque em um estÃgio de desenvolvimento avanÃado, com dominÃncia de Rhizophora mangle e presenÃa de Avicennia spp., altura mÃdia do bosque 10m, DAP mÃdio 14,06 cm e densidade de 1333,33trocos/ha. Em direÃÃo ao continente, evidenciou-se um bosque em processo de colonizaÃÃo inicial na salina, sendo a espÃcie pioneira Laguncularia racemosa associada à outras espÃcies vegetais, Portulaca oleracea (beldroega) e a Batis marÃtima (brejo do mangue). Apesar do crescimento quantitativo dos bosques de mangue foram evidenciados diversos impactos ambientais, que acumulados, ocasionaram desequilÃbrio ambiental e perda qualitativa nos benefÃcios proporcionados pelo manguezal do rio CearÃ. Para evidenciar os bens e serviÃos do ecossistema foi realizada uma anÃlise sistÃmica dos fluxos de matÃria e energia que compÃe o complexo estuarino do rio CearÃ. A relaÃÃo dos fluxos com as atividades humanas estabelecidas no ambiente evidenciaram principalmente uma interferÃncia dos impactos ambientais nos serviÃos ambientais relacionados com os fluxos litorÃneos (construÃÃo de espigÃes e dÃficit de sedimentos na costa), fluxos fluvio-marinhos (salinizaÃÃo do estuÃrio e contaminaÃÃo das Ãguas) e os fluxos de sedimentos e gravitacionais (abandono das salinas, impermeabilizaÃÃo do solo e ocupaÃÃo intensa nas Ãreas de dunas). A partir das evidÃncias da recuperaÃÃo do manguezal em Ãreas de salinas abandonadas no rio CearÃ, pÃe-se em discussÃo as definiÃÃes da resoluÃÃo estadual 02/2002 do COEMA, ao legitimar a conversÃo de Ãreas de salinas e apicum para o estabelecimento da carcinicultura, em detrimento de recuperar e conservar os serviÃos ambientais jà disponÃveis no ecossistema manguezal. Uma nova postura de conservaÃÃo do manguezal do rio Cearà representaria custos de oportunidade maiores em uma receita sustentÃvel do desenvolvimento humano nas regiÃes estuarinas e Ãreas litorÃneas do estado no CearÃ, no Brasil e no mundo. A recuperaÃÃo do manguezal do rio Cearà sà serà possÃvel apÃs a mitigaÃÃo dos principais impactos ambientais. Para a gestÃo do manguezal do rio Cearà propÃe-se um sistema de manejo baseado em zonas de recuperaÃÃo de Ãreas degradadas, zonas de monitoramento da regeneraÃÃo natural dos bosques de mangue e zonas de mÃxima conservaÃÃo. / Mangrove ecosystem occurs in Brazil in estuaries, shore lagoons and marine channels inside land, from the extreme North of the country, to well beyond the Tropic of Capricorn, near Laguna, Braziliansâ south coast. In the Cearà state (02Â46 S), BrazilÂs northeast region, the climate is semi-arid, with seasonal rains and high reception of solar radiation. In the last few decades the human occupations intensify in Ceara river estuarine complex, and modify the landscape in results of their actions, interfering in the natural development of the mangrove ecosystem. This case study reports a description and an analyses of the temporal-spatial development of the mangrove area in the Cearà river (Fortaleza â CE), focusing on new colonization areas in abandoned saltworks. It was produced thematic maps estimating the mangrove areas and the saltwork areas in the years of: 1968, 1997, and 2009 using remote sensing techniques. In 2009 the mangrove area was 1006.6 ha, 65% more than in 1968, the growth rate was 133.25 ha/10years between 1997 and 2009. In abandoned saltworks areas it was evidenced 395 ha of new colonized mangroves areas. A fitosociologic study was accomplished to demonstrate the detailed description of the mangrove forest structure. The mangrove forest near the main channel of the Cearà river is described as fringe, an advance development forest, with dominance of Rhizophora mangle and Avicennia spp., medium height of 10 meters, medium DHB 14,06 cm and density of 1333.33 trunk/ha. Down to the terrestrial environment itÂs evidenced basin mangrove forests, in new mangroveÂs colonization areas. The pioneer specie was Laguncularia racemosa associated with other associated species Portulaca oleracea (beldroega) and Batis marÃtima (brejo do mangue). Although the quantitative increment in mangrove forest areas the environment quality was considered low, due the evidenced of the variety of environmental impacts. To highlight the environment services it was necessary a systemic analysis approach of the flows of energy and matter. The relation between the human activities and the environment fluxes related shows the interference of the environment impacts in the environment services, for example, the shore fluxes (sediment deficit) fluvial-marine flux (estuary salinization and water contamination) and the gravitational fluxes (abandoned saltwork, soil impermeabilization and dense urban occupation in dune areas). Consideration about the state resolution COEMA n 02/2002 were made to discuss the recent flexibilization of Brazilian environmental legislation, in order to provide legal tools to appropriations of mangrove areas to industry exploration, the case of shrimp farms legalization. A new posture in mangrove conservation programs in the Cearà river would represent higher costs of opportunities in a sustainability receipt of human development in estuary regions and shore areas in the Cearà state, in Brazil and in the whole world. The Cearà river recuperation will only be possible after the mitigation of the main environmental impacts. It is recommended to install priority conservation zones, natural regeneration monitoring zones and environment rehabilitation zones, in order to enhance the mangrove management plan.
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Análise espaço-temporal da vegetação do manguezal no rio Ceará, Ceará, Brasil / Space-time analysis of vegetation of mangrove river Ceará, Ceará, BrazilReis Neto, Armando Soares dos January 2013 (has links)
REIS NETO, Armando Soares dos. Análise espaço-temporal da vegetação do manguezal no rio Ceará, Ceará, Brasil. 2013. 103 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Fortaleza-CE, 2013. / Submitted by demia Maia (demiamlm@gmail.com) on 2016-04-19T12:30:58Z
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Previous issue date: 2013 / Mangrove ecosystem occurs in Brazil in estuaries, shore lagoons and marine channels inside land, from the extreme North of the country, to well beyond the Tropic of Capricorn, near Laguna, Brazilians’ south coast. In the Ceará state (02°46 S), Brazil´s northeast region, the climate is semi-arid, with seasonal rains and high reception of solar radiation. In the last few decades the human occupations intensify in Ceara river estuarine complex, and modify the landscape in results of their actions, interfering in the natural development of the mangrove ecosystem. This case study reports a description and an analyses of the temporal-spatial development of the mangrove area in the Ceará river (Fortaleza – CE), focusing on new colonization areas in abandoned saltworks. It was produced thematic maps estimating the mangrove areas and the saltwork areas in the years of: 1968, 1997, and 2009 using remote sensing techniques. In 2009 the mangrove area was 1006.6 ha, 65% more than in 1968, the growth rate was 133.25 ha/10years between 1997 and 2009. In abandoned saltworks areas it was evidenced 395 ha of new colonized mangroves areas. A fitosociologic study was accomplished to demonstrate the detailed description of the mangrove forest structure. The mangrove forest near the main channel of the Ceará river is described as fringe, an advance development forest, with dominance of Rhizophora mangle and Avicennia spp., medium height of 10 meters, medium DHB 14,06 cm and density of 1333.33 trunk/ha. Down to the terrestrial environment it´s evidenced basin mangrove forests, in new mangrove´s colonization areas. The pioneer specie was Laguncularia racemosa associated with other associated species Portulaca oleracea (beldroega) and Batis marítima (brejo do mangue). Although the quantitative increment in mangrove forest areas the environment quality was considered low, due the evidenced of the variety of environmental impacts. To highlight the environment services it was necessary a systemic analysis approach of the flows of energy and matter. The relation between the human activities and the environment fluxes related shows the interference of the environment impacts in the environment services, for example, the shore fluxes (sediment deficit) fluvial-marine flux (estuary salinization and water contamination) and the gravitational fluxes (abandoned saltwork, soil impermeabilization and dense urban occupation in dune areas). Consideration about the state resolution COEMA n° 02/2002 were made to discuss the recent flexibilization of Brazilian environmental legislation, in order to provide legal tools to appropriations of mangrove areas to industry exploration, the case of shrimp farms legalization. A new posture in mangrove conservation programs in the Ceará river would represent higher costs of opportunities in a sustainability receipt of human development in estuary regions and shore areas in the Ceará state, in Brazil and in the whole world. The Ceará river recuperation will only be possible after the mitigation of the main environmental impacts. It is recommended to install priority conservation zones, natural regeneration monitoring zones and environment rehabilitation zones, in order to enhance the mangrove management plan. / Os manguezais estão distribuídos do extremo norte do Brasil até Laguna, região costeira sul do país, ocorrendo em estuários, lagoas litorâneas e canais de maré. No estado do Ceará (02°46 S), nordeste brasileiro, o clima semi-árido apresenta características que condicionam o crescimento dos bosques de mangue como a sazonalidade das chuvas e a alta incidência de radiação solar. As características climáticas favoreceram a escolha pela região para implementação da industria salineira no século passado, como no caso do complexo estuarino do rio Ceará, localizado na divisa costeira entre os municípios de Fortaleza e Caucaia. O presente estudo descreve e analisa a evolução espaço-temporal do manguezal do rio Ceará (Fortaleza-CE), com foco na colonização da vegetação típica de mangue em áreas de salinas abandonadas. O estudo da paisagem foi realizado através de técnicas de sensoriamento remoto, uso de fotografias áreas e imagens de satélites, além de visitas de campo, sendo produzidos e analisados mapas temáticos dos anos de 1968, 1997 e 2009, estimando-se as áreas de manguezais e de salinas para cada ano. Para o ano de 2009, foram estimados 1006,6 ha de manguezais, 165% a mais do que em 1968, apresentando sua maior taxa de crescimento por década entre 1997 e 2009, de 133,25ha/10anos. No período estudado de 41 anos uma área de 395 ha de salinas abandonadas foi colonizada naturalmente por bosques de mangue. Uma descrição mais detalhada da estrutura desses bosques foi realizada através do estudo fitossociológico na salina Margarida. Na região mais próxima à margem do rio foi encontrado um bosque em um estágio de desenvolvimento avançado, com dominância de Rhizophora mangle e presença de Avicennia spp., altura média do bosque 10m, DAP médio 14,06 cm e densidade de 1333,33trocos/ha. Em direção ao continente, evidenciou-se um bosque em processo de colonização inicial na salina, sendo a espécie pioneira Laguncularia racemosa associada à outras espécies vegetais, Portulaca oleracea (beldroega) e a Batis marítima (brejo do mangue). Apesar do crescimento quantitativo dos bosques de mangue foram evidenciados diversos impactos ambientais, que acumulados, ocasionaram desequilíbrio ambiental e perda qualitativa nos benefícios proporcionados pelo manguezal do rio Ceará. Para evidenciar os bens e serviços do ecossistema foi realizada uma análise sistêmica dos fluxos de matéria e energia que compõe o complexo estuarino do rio Ceará. A relação dos fluxos com as atividades humanas estabelecidas no ambiente evidenciaram principalmente uma interferência dos impactos ambientais nos serviços ambientais relacionados com os fluxos litorâneos (construção de espigões e déficit de sedimentos na costa), fluxos fluvio-marinhos (salinização do estuário e contaminação das águas) e os fluxos de sedimentos e gravitacionais (abandono das salinas, impermeabilização do solo e ocupação intensa nas áreas de dunas). A partir das evidências da recuperação do manguezal em áreas de salinas abandonadas no rio Ceará, põe-se em discussão as definições da resolução estadual 02/2002 do COEMA, ao legitimar a conversão de áreas de salinas e apicum para o estabelecimento da carcinicultura, em detrimento de recuperar e conservar os serviços ambientais já disponíveis no ecossistema manguezal. Uma nova postura de conservação do manguezal do rio Ceará representaria custos de oportunidade maiores em uma receita sustentável do desenvolvimento humano nas regiões estuarinas e áreas litorâneas do estado no Ceará, no Brasil e no mundo. A recuperação do manguezal do rio Ceará só será possível após a mitigação dos principais impactos ambientais. Para a gestão do manguezal do rio Ceará propõe-se um sistema de manejo baseado em zonas de recuperação de áreas degradadas, zonas de monitoramento da regeneração natural dos bosques de mangue e zonas de máxima conservação.
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