Made available in DSpace on 2014-12-17T15:07:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ElzaMSAA_DISSERT.pdf: 1423297 bytes, checksum: 18074795f024e1a2eba513c710426efd (MD5) Previous issue date: 2013-12-05 / Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Esta pesquisa parte de reflex?es desenvolvidas no interior do Grupo de Pesquisa do Texto e do Discurso GETED do Departamento de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e insere-se no campo da Teoria da Enuncia??o. Refletimos sobre a produ??o escrita no ensino superior, mais especificamente, tomando como objeto de an?lise as formas reflexivas da l?ngua utilizadas na escrita de disserta??es de mestrado. Centramos este estudo nos pressupostos te?ricos de Authier-Revuz (1998, 2004), no que se refere ? heterogeneidade enunciativa e nos seus exteriores te?ricos. Nesse sentido, fizemos um recorte no corpus, inicialmente constitu?do por 8 (oito) disserta??es de mestrado e selecionamos 4 (quatro) defendidas nos anos de 1979, 1989, 2000 e 2011, para representar o que pretendemos analisar. Essas disserta??es foram selecionadas do acervo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ci?ncias Humanas USP e dos programas de P?s-Gradua??o, dispon?veis no Portal Dom?nio P?blico CAPES. Nosso intuito ? analisar marcas da modaliza??o auton?mica na utiliza??o e apropria??o do discurso outro sobre os conceitos de varia??o e de mudan?a na escrita dos pesquisadores em forma??o. Para tanto, empregamos o termo utiliza??o com o sentido de fazer uso do discurso do outro na escrita do trabalho de pesquisa e relacionamos ao conjunto de formas marcadas, que tem na cadeia discursiva um estatuto outro que justifica a auton?mia. J? o termo apropria??o , usamos com o sentido de tomar como seu, uma vez que no processo de modaliza??o do discurso, o enunciador se vale de palavras porosas, ou seja, palavras que aparecem no discurso de um, carregadas do discurso do outro. Buscamos responder ? seguinte quest?o: quais as marcas de utiliza??o e de apropria??o do discurso do outro na escrita do pesquisador em forma??o? Dessa forma, temos como objetivos: a) verificar, no corpus selecionado, como o discurso sobre os conceitos de varia??o e de mudan?a s?o utilizados na escrita das quatro disserta??es j? mencionadas; b) analisar como o pesquisador em forma??o mostra, em sua escrita, os diferentes modos de se apropriar desses conceitos. Por meio da an?lise, foi poss?vel observar que quando o pesquisador se utiliza dos conceitos, a escrita se apresenta marcada por estrat?gias lingu?sticas que demonstram o discurso do pesquisador se constituindo a partir da teoria e do objeto investigado. E, na apropria??o, esse processo se apresenta de duas formas: como processo dial?gico e como processo reflexivo. No primeiro, tem-se a constitui??o do discurso do pesquisador se realizando, como forma de di?logo entre os interlocutores, e no segundo como forma de reflex?o, realizada por meio de um coment?rio, de uma metaenuncia??o . Nessa ?ltima, o pesquisador pode ou n?o transmudar seu discurso. Acreditamos, portanto, haver tr?s processos de escrita: aquela traduz algo j? dito, aquela que experimenta algo j? dito e aquela que transmuda - que produz um novo, que cria, que inventaria