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Avaliação dos efeitos alelopáticos e mutagênicos de formas extrativas de Passiflora edulis Sims por meio do bioensaio Allium cepa. VitóriaMOREIRA, S. A. C. 15 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-15 / RESUMO
O ser humano desenvolveu a arte de utilizar as plantas para diversas finalidades,
como instrumento terapêutico poderoso e alternativa de controle biológico. O teste
de Allium cepa é uma eficiente ferramenta na identificação de substâncias danosas
aos animais e vegetais. Dentre as espécies nativas que necessitam de estudos que
esclareçam sobre seus potenciais medicinais e alelopáticos encontra-se Passiflora
edulis (maracujá amarelo), largamente utilizada como fitoterápico no Brasil; além
disso, produz inúmeras substâncias com potencial alelopático, porém sem estudos
aprofundados. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos alelopáticos e mutagênicos
exercidos por quatro extratos foliares e dois infusos de P. edulis sobre sementes de
A. cepa submetidas aos tratamentos contínuo e descontínuos agudo e crônico em
meio contendo água destilada, três concentrações dos extratos (1, 2 e 5 mg/mL) ou
três concentrações dos infusos (10, 50 e 100%). Houve um acentuado potencial
alelopático para o extrato etanólico, cujas concentrações reduziram os índices de
germinação e velocidade de germinação; para os extratos hexano e acetato de etila,
os mesmos resultados só foram obtidos nas concentrações de 2 e 5 mg/mL e para o
extrato diclorometano, apenas na maior concentração. Os infusos mesocárpico e
foliar não alteraram a capacidade e o tempo de germinação. Quanto ao
desenvolvimento radicular, nenhuma modificação foi relatada. O índice mitótico foi
afetado em todas as concentrações dos extratos avaliados, na concentração de
100% do tratamento contínuo, todas as concentrações do tratamento descontínuo
agudo e nas concentrações de 10 e 100% do tratamento descontínuo crônico do
infuso mesocárpico. Efeitos aneugênicos foram observados somente na
concentração de 1 mg/mL do extrato diclorometano e tratamento descontínuo
crônico 100% do infuso foliar. Efeitos clastogênicos ocorreram apenas em 2 mg/mL
do extrato acetato de etila no tratamento descontínuo agudo e 2 mg/mL do extrato
etanólico no tratamento contínuo. As sementes tratadas por 72h com 1 e 2 mg/mL
de acetato de etila sofreram crescimento anormal de suas raízes e não responderam
à coloração. Houve aumento de células mortas e micronúcleos em todos os
tratamentos descontínuos crônico. Os resultados obtidos indicam a profunda relação
entre os efeitos alelopáticos e mutagênicos e reforçam a importância de estudar as
espécies nativas. Para que haja maior seguridade no uso de P. edulis pelo homem,
será necessária a realização de testes em animais.
Palavras-chaves: Alelopatia, mutagenicidade, P. edulis, Teste de A. cepa.
COSTALONGA,
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