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Comportamento rotacional em Teste de Nado Livre como um modelo em roedores para estudo da neurotoxicidade do chumbo durante a vida adulta / Rotational behavior in free-swimming test as a modern model for the study of neurobehavioral effects of subchronic lead exposure during adult life

Ulisses Cesar de Araujo 29 May 2009 (has links)
A exposição ao chumbo ainda permanece como um sério problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Apesar do número crescente de estudos mostrando déficits neurocomportamentais em indivíduos expostos ocupacionalmente ao chumbo, os mecanismos envolvidos com a manifestação destes transtornos permanecem pouco conhecidos. Desta forma, o uso de modelos animais abre grandes possibilidades, não somente de investigação dos mecanismos biológicos envolvidos com a toxicidade do chumbo, mas também na elaboração de estratégias para proteção e/ou reversão dos seus efeitos. Portanto, o objetivo central deste trabalho foi avaliar o potencial do comportamento rotacional, medido em testes de nado livre, como um modelo em roedores para estudo dos efeitos neurocomportamentais da exposição ao chumbo durante a vida adulta. Para tanto, foram realizados três estudos. No primeiro, avaliamos os efeitos da exposição subcrônica (60-90 dias) ao chumbo sobre a atividade locomotora no teste de nado livre e em um teste tradicionalmente utilizado para avaliar a ação de substâncias neurotóxicas sobre a locomoção, o campo aberto. Enquanto no campo aberto não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo exposto e o grupo controle, no teste de nado livre, os animais expostos ao chumbo apresentaram maior atividade natatória e menor quantidade de alternâncias espontâneas no sentido de natação que o grupo controle. No segundo estudo, observamos que a magnitude dos efeitos do chumbo no teste de nado livre variou em função da consistência da lateralidade, sendo os resultados mais pronunciados no grupo de animais não consistentes (com menor lateralidade). Nos dois estudos, os efeitos do chumbo foram independentes do nível de chumbo em sangue (PbS) dos animais expostos. No terceiro estudo, mostramos um aumento dos níveis de glutationa oxidada no cérebro somente no grupo de animais com PbS acima de 60 μg/dL. Com base nestes resultados, podemos concluir que: 1) O comportamento rotacional medido em teste de nado livre é um modelo interessante para estudar os efeitos neurocomportamentais do chumbo; 2) A consistência da lateralidade pode ser um fator determinante da susceptibilidade aos efeitos tóxicos do chumbo no sistema nervoso; e 3) Os efeitos do chumbo no teste de nado livre ocorrem mesmo em níveis de estresse oxidativo que não afetam os níveis de glutationa oxidada no cérebro. / Lead exposure continues to be a serious public health problem, particularly in developing countries such as Brazil. Despite the increasing number of studies showing neurobehavioral deficits in people occupationally exposed to lead, the mechanisms involved in the manifestation of these problems remain largely unknown. In this sense, the use of animal models opens up the possibility of not only investigating the biological mechanisms associated with lead toxicity but also of elaborating strategies aiming at protecting individuals against its ill effects or even reversing those that already present. Therefore, the main objective of the present work was to assess the potential of the rotatory behavior in the free-swimming test as a rodent model for studying of the neurobehavioral effects adult life lead exposure. In the first study, we analyzed the effect of subchronic lead exposure on motor activity in the freeswimming test and in open-field test, which has been traditionally used to assess the effects of toxic substances on locomotion. While no significant differences were observed between the exposed and control groups in the open-field, in the free-swimming test, lead exposed animals displayed increased natatory activity and fewer spontaneous alterations in the direction of locomotion in comparison with the control group. In the second study, we observed that the magnitude of the effects of lead exposure varied as a function of the consistency of the lateralization, being the results more pronounced in inconsistent animals (lesser degree of lateralization). In both studies, the effects of lead were not dependent on blood levels of lead exposed animals. In the third study, we demonstrated a significant increase in the levels of oxidized glutathione in the brain (indicative of oxidative stress) only in the group of animals that had lead levels above 60 μg/dL. Based in these results, we can conclude that: 1) Rotatory behavior in the free-swimming test constitutes an interesting model for the study of the neurobehavioral effects of lead exposure, 2) Consistency of laterality may be a relevant factor regarding the susceptibility to the toxic effects of lead on the nervous system and 3) The effects of lead are observable in the free-swimming test even at oxidative stress levels that do not affect brain levels of oxidized glutathione.
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Comportamento rotacional em Teste de Nado Livre como um modelo em roedores para estudo da neurotoxicidade do chumbo durante a vida adulta / Rotational behavior in free-swimming test as a modern model for the study of neurobehavioral effects of subchronic lead exposure during adult life

Ulisses Cesar de Araujo 29 May 2009 (has links)
A exposição ao chumbo ainda permanece como um sério problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Apesar do número crescente de estudos mostrando déficits neurocomportamentais em indivíduos expostos ocupacionalmente ao chumbo, os mecanismos envolvidos com a manifestação destes transtornos permanecem pouco conhecidos. Desta forma, o uso de modelos animais abre grandes possibilidades, não somente de investigação dos mecanismos biológicos envolvidos com a toxicidade do chumbo, mas também na elaboração de estratégias para proteção e/ou reversão dos seus efeitos. Portanto, o objetivo central deste trabalho foi avaliar o potencial do comportamento rotacional, medido em testes de nado livre, como um modelo em roedores para estudo dos efeitos neurocomportamentais da exposição ao chumbo durante a vida adulta. Para tanto, foram realizados três estudos. No primeiro, avaliamos os efeitos da exposição subcrônica (60-90 dias) ao chumbo sobre a atividade locomotora no teste de nado livre e em um teste tradicionalmente utilizado para avaliar a ação de substâncias neurotóxicas sobre a locomoção, o campo aberto. Enquanto no campo aberto não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo exposto e o grupo controle, no teste de nado livre, os animais expostos ao chumbo apresentaram maior atividade natatória e menor quantidade de alternâncias espontâneas no sentido de natação que o grupo controle. No segundo estudo, observamos que a magnitude dos efeitos do chumbo no teste de nado livre variou em função da consistência da lateralidade, sendo os resultados mais pronunciados no grupo de animais não consistentes (com menor lateralidade). Nos dois estudos, os efeitos do chumbo foram independentes do nível de chumbo em sangue (PbS) dos animais expostos. No terceiro estudo, mostramos um aumento dos níveis de glutationa oxidada no cérebro somente no grupo de animais com PbS acima de 60 μg/dL. Com base nestes resultados, podemos concluir que: 1) O comportamento rotacional medido em teste de nado livre é um modelo interessante para estudar os efeitos neurocomportamentais do chumbo; 2) A consistência da lateralidade pode ser um fator determinante da susceptibilidade aos efeitos tóxicos do chumbo no sistema nervoso; e 3) Os efeitos do chumbo no teste de nado livre ocorrem mesmo em níveis de estresse oxidativo que não afetam os níveis de glutationa oxidada no cérebro. / Lead exposure continues to be a serious public health problem, particularly in developing countries such as Brazil. Despite the increasing number of studies showing neurobehavioral deficits in people occupationally exposed to lead, the mechanisms involved in the manifestation of these problems remain largely unknown. In this sense, the use of animal models opens up the possibility of not only investigating the biological mechanisms associated with lead toxicity but also of elaborating strategies aiming at protecting individuals against its ill effects or even reversing those that already present. Therefore, the main objective of the present work was to assess the potential of the rotatory behavior in the free-swimming test as a rodent model for studying of the neurobehavioral effects adult life lead exposure. In the first study, we analyzed the effect of subchronic lead exposure on motor activity in the freeswimming test and in open-field test, which has been traditionally used to assess the effects of toxic substances on locomotion. While no significant differences were observed between the exposed and control groups in the open-field, in the free-swimming test, lead exposed animals displayed increased natatory activity and fewer spontaneous alterations in the direction of locomotion in comparison with the control group. In the second study, we observed that the magnitude of the effects of lead exposure varied as a function of the consistency of the lateralization, being the results more pronounced in inconsistent animals (lesser degree of lateralization). In both studies, the effects of lead were not dependent on blood levels of lead exposed animals. In the third study, we demonstrated a significant increase in the levels of oxidized glutathione in the brain (indicative of oxidative stress) only in the group of animals that had lead levels above 60 μg/dL. Based in these results, we can conclude that: 1) Rotatory behavior in the free-swimming test constitutes an interesting model for the study of the neurobehavioral effects of lead exposure, 2) Consistency of laterality may be a relevant factor regarding the susceptibility to the toxic effects of lead on the nervous system and 3) The effects of lead are observable in the free-swimming test even at oxidative stress levels that do not affect brain levels of oxidized glutathione.

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