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Desafios e contradições no processo de territorialização camponesa: o caso do assentamento Itapira-GO / Challenges and contradictions in the process of peasant territorialization: the settlement case Itapira-GORodrigues, Elizeth Cândida de Souza 12 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-11-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The struggle for land process shows the camps and settlements as territories of conflicts and contradictions in the struggle for agrarian reform, being so the peasant goiano reproduces as socioculturally seated, revealing the constant transformation states of a time and a space moved by different objectivations.In this perspective this research had as main objective analyze the process of peasant territorialization in Farm Settlement Itapira and so understand the challenges and contradictions that were present in its constitution.Becomes important to understand the production and reproduction of families settled in the state of Goiás, because since the 1980 land reform resumed a prominent position in national politics, it being seen as one of social justice development promotion of vectors in field.In this period, there was an intense process of organizing social movements of landless workers in the municipality of Goiás, because of the large number of unproductive estates concentrated in this municipality and surrounding region it. The following decades, these movements influenced the workers from neighboring municipalities as in Itapirapuã, and so these landless workers began to organize with the help of mediators such as the MST (Landless Workers' Movement), CPT (Land Pastoral Commission) of the Diocese of Goiás and other non-institutional agents. When analyzing the performance of landless workers in the struggle undertaken by the land of conquest in the settlement, it is intended to understand the construction of a peasant territory, from the camp phase until the stage of execution of the settlement. Construction on this peasant territory with respect to the appropriation and domain of a socially shared space connected the way people use it, the organized and attribute meanings to the place. This case has peculiarities, as the action of the landowner, who also acted as "mediator", putting property available for expropriation with interest for traders to capitalize and to remain as large landowner in another region. This fact became common in the 1990s, in which the owner of large estates has a godfather relationship with the workers have come to understand the expropriation as a lucrative business. So being the research analysis showed the importance of the establishment of such peasant territorial unit, which turned an unproductive area of large estates in a living territory, revealing the economic, social and political importance of this settlement, as well as significant improvement in families' quality of life settled. / O processo de luta pela terra mostra os acampamentos e assentamentos como territórios de conflitos e contradições na luta pela reforma agrária, sendo assim o camponês goiano se reproduz socioculturalmente como assentado, revelando a constante transformação de um espaço movidos por diferentes objetivações. . Nessa perspectiva esta pesquisa teve como objetivo principal analisar o processo de territorialização camponesa no Assentamento Itapira e assim entender os desafios e as contradições que se fizeram presentes na sua constituição. Torna-se importante a compreensão da produção e reprodução das famílias assentadas no estado de Goiás, pois desde a década de 1980 a reforma agrária reassumiu uma posição de destaque na política nacional, sendo apontada como um dos vetores de promoção de desenvolvimento de justiça social no campo. Nesse período, houve um intenso processo de organização de movimentos sociais de trabalhadores sem-terra no município de Goiás, devido ao grande número de latifúndios improdutivos concentrados nesse município e na região de seu entorno. Nas décadas posteriores, esses movimentos influenciaram os trabalhadores dos municípios vizinhos como no caso de Itapirapuã, e assim esses trabalhadores sem-terra passaram a se organizar com a ajuda dos mediadores como o MST, CPT da Diocese de Goiás e outros agentes não institucionais. Ao analisar a atuação dos trabalhadores sem-terra na luta empreendida até a conquista da terra no assentamento, procurou-se compreender a construção de um território camponês, desde a fase de acampamento até a fase de efetivação do assentamento. A construção desse território camponês diz respeito à apropriação e domínio de um espaço socialmente partilhado, para o qual se atribui significados de pertencimento ao lugar, pelo modo. Esse caso apresenta algumas especificidades, como a ação do latifundiário, que atuou também como “mediador”, colocando a propriedade disponível para desapropriação, com interesse de se capitalizar e manter-se como grande proprietário em outra região. Este fato se tornou comum na década de 1990, no qual os proprietários de latifúndios mantendo uma relação de compadrio com os trabalhadores passaram a compreender a desapropriação como um negócio lucrativo. Sendo assim a pesquisa nos permitiu verificar a importância da constituição dessa unidade territorial camponesa, que transformou um espaço improdutivo de latifúndio em um território vivo, revelando a importância econômica, social e política desse assentamento, bem como a significativa melhoria na qualidade de vida das famílias assentadas.
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