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Microclima do canal auditivo de cães e efeito do Rosmarinus officinalis L. e do Triticum vulgare no tratamento da otite externa experimental / Microenvironment of ear canal in dogs and effect of Rosmarinus officinalis L. and Triticum vulgare in the treatment of otitis externa experimentalMueller, Eduardo Negri 16 November 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-11-16 / The aim of this study was to evaluate the microenvironment of the ear canal of
dogs and determine the effect of Rosmarinus officinalis L. (rosemary) and Triticum
vulgare (wheat) in healthy ears and in the treatment of experimental noninfectious
external otitis of Wistar rats. For analysis of the microenvironment of the ear
canal 141 healthy dogs were used, 30 to evaluate the ear canal pH and 111 to
measure the ear temperature. Dog ears with absent to mild, moderate or intense
cerumen were studied, and the auditory canal was washed for pH measurements.
The rectal temperature (TR) was measured with a mercury thermometer and the ear
temperature with an infrared thermometer. The difference between TR and TAM
(average ear temperature), was classified in the following scores: A=TAM<TR until
1.2°C and B=TAM<TR more than 1.2°C, and these results were related to ear type.
For the evaluation of the effects of plant extracts in the experimental external otitis in
Wistar rats an inoculation of 80μL of croton oil 5% in acetone was performed and in
24 hours the clinical score of the ears was evaluated. The animals were divided in 5
groups and the topic treatment was realized for up to seven days with rosemary
aqueous extract 25% in propylene glycol (Group I), rosemary essential oil 25%
(Group II), wheat aqueous extract 0.2% in propylene glycol (Group III), propylene
glycol (Group IV) and NaCl 0.9% (Group V). At days four (4d), six (6d) and ten (10d),
the ears of four animals were clinically evaluated and the animals were euthanized
for hystopathological evaluation. For the evaluation of the effects of plant extracts on
the healthy ear 48 Wistar rats were distributed in five groups according previously
described and classified for clinical score. In the analysis of the microenvironment of
the ear canal the pH values ranged from 5.0 to 8.0 and there was a negative
correlation between cerumen quantity and pH (p=0.0271). The ear type did not affect
the TAM and predominated ears score B regardless of the type. In the evaluation of
the treatment for experimental otitis groups I, II and V had an increase in clinical
score until the fourth day then decreased gradually. Groups III and IV had the scores
lower tha day 0 for almost all experimental period. Group III showed a progressive
decrease; group II showed the highest score at days four and six and the group V at
day ten. There was hyperplasia in all groups at the end of the experiment, and in
groups II and IV it was more frequent. All groups had otitis with predominantly
histiocytic infiltrate at the beginning, although at 10 days with a suppurative infiltration
in groups II, III and V. In healthy ears at four days, all groups showed an increase of
clinical scores, which was higher in groups I (2.6), II (3.6) and III (2.4), but only the
essential oil of rosemary 25% in propylene glycol was topically irritant. There was a
progressive decrease of the scores in groups I, II and III starting at day four and at
day 10 the highest score was observed in groups I (2.0) and II (2.0). It is concluded that the pH of the ear canal of dogs is neutral and can acidify with increased amount
of cerumen; the average ear temperature is lower than the rectal temperature by
1.53°C±0.75 and the conformation of the ear does not influence the average ear
temperature; aqueous extract of Rosmarinus officinalis L. 25% and aqueous extract
of Triticum vulgare 0.2% reduced the clinical scores, while the essential oil of
Rosmarinus officinalis L. 25% is not effective in noninfectious otitis externa in Wistar
rats and the aqueous extract of Rosmarinus officinalis L. 25% and the aqueous
extract of Triticum vulgare 0.2% are non-irritating topics, while the essential oil of
Rosmarinus officinalis L. 25% irritates the auditory epithelium. / Objetivou-se avaliar o microclima do canal auditivo de cães e determinar o
efeito do Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e do Triticum vulgare (trigo) em orelhas
hígidas e no tratamento da otite externa experimental não infecciosa de ratos Wistar.
Para análise do microclima do canal auditivo foram considerados 141 cães hígidos,
destes 30 utilizados para avaliação do pH do canal auditivo e 111 para aferição das
temperaturas auditivas. Os cães foram distribuídos em dois grupos de acordo com a
quantidade de cerúmem ausente a leve e moderado a intenso e o canal auditivo foi
lavado para aferição do pH. A diferença entre a temperatura retal (TR), aferida com
termômetro coluna de mercúrio e a temperatura auditiva média (TAM), aferida com
termômetro infravermelho, foi avaliada para classificação em escores: A=TAM<TR
em até 1,2ºC e B=TAM<TR em mais de 1,2ºC, relacionando-as com a conformação
da orelha. Para avaliação do efeito dos extratos vegetais na otite externa, 64 ratos
Wistar foram submetidos à inoculação no conduto auditivo de 80µL de óleo de
cróton 5% em acetona e, em 24h as orelhas foram avaliadas por escore clínico. Os
animais foram divididos em cinco grupos, sendo o tratamento tópico realizado por
até sete dias com extrato aquoso de alecrim 25% em propilenoglicol (grupo I), óleo
essencial de alecrim 25% em propilenoglicol (grupo II), extrato aquoso de trigo 0,2%
em propilenoglicol (grupo III), propilenoglicol (grupo IV) e com NaCl 0,9% (grupo V).
Aos quatro (4d), seis (6d) e dez dias (10d) as orelhas de quatro animais de cada
grupo foram avaliadas clinicamente e, os mesmos foram eutanasiados para
histopatologia. A avaliação do efeito dos extratos vegetais na orelha hígida foi
realizada utilizando 48 ratos Wistar, os quais foram distribuídos em cinco grupos de
acordo com o tratamento, conforme descrito acima e classificados em escore clínico.
Na análise do microclima do canal auditivo observou-se que o pH variou de 5,0 a 8,0
e houve correlação negativa entre quantidade de cerúmen e pH (p=0,0271). Ainda, o
tipo de orelha não influenciou a TAM e predominaram orelhas no escore B
independente do tipo. Na avaliação do tratatmento da otite externa experimental os
grupos I, II e V aumentaram os escores aos quatro dias, em seguida decresceram.
Os grupos III e IV mantiveram os escores menores que o dia zero por quase todo o
período experimental. O grupo III apresentou diminuição progressiva, o II apresentou
o escore mais elevado aos quarto e seis dias e o grupo V aos 10 dias. Havia
hiperplasia em todos os grupos e no final do experimento, nos grupos II e IV em
maior freqüência. Todos os grupos tinham otite no início com predomínio de
infiltrado histiocitário, embora aos 10 dias com infiltrado supurativo nos grupos II, III
e V. Nas orelhas hígidas aos quatro dias, todos os grupos apresentaram aumento
dos escores clínicos sendo maior nos grupos I(2,6), II(3,6) e III(2,4), porém somente
o óleo essencial de alecrim 25% em propilenoglicol apresentou efeito irritante tópico. Houve uma diminuição progressiva dos escores nos grupos I, II e III a partir do dia
quatro e no dia 10 o maior escore foi observado nos grupos I (2,0) e II (2,0). Concluise
que o pH do canal auditivo de cães é neutro e pode acidificar com o aumeno da
quantidade de cerúmen; a temperatura auditiva média é menor que a retal
1,53°C±0,75 e a conformação da orelha não influencia na temperatura auditiva
média em cães; o extrato aquoso de Rosmarinus oficinalis L. 25% e o extrato
aquoso de Triticum vulgare 0,2% reduzem os escores clínicos, enquanto o óleo
essencial do Rosmarinus oficinalis L. 25% não é efetivo na otite externa não
infecciosa em ratos Wistar e, o extrato aquoso de R. officinalis L. 25% e o extrato
aquoso de T. vulgare 0,2% não são irritantes tópicos, enquanto que o óleo essencial
de R. officinalis L. 25% irrita o epitélio auditivo.
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