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“NADA A DIZER FORA DOS LIVROS”: A POÉTICA DO CONTO EM DALTON TREVISANEsteves, Camila Del Tregio 24 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-24 / L’objectif de ce travail de recherche est d’analyser l’auto-théorisation, ou la poétique, dans la production la plus récente du conteur Dalton Trevisan. On part de la compréhension de l’auto-théorisation comme autoréflexion littéraire, c’est-à-dire, la littérature qui se penche vers elle-même, qui cherche une réflexion théorique fusionnée à la fiction. Il s’agit du faire littéraire exposé au lecteur. On commence par une contextualisation sur le conte, en tant que genre
écrit, ses auteurs paradigmatiques, les caractéristiques et modèles qui définissent le genre; pour arriver, ensuite, à établir la position où se trouve Trevisan dans cet univers. Ce mémoire établit comme seuil du corpus de recherche la publication du conte Quem tem medo de vampiro? (1992), parce que nous considérons qu’à partir de ce point la procédure de l’auto-théorisation devient plus explicite et systématique dans l’oeuvre de l’auteur. L’analyse des
contes prend appui sur la critique littéraire, les intertextualités et sur l’oeuvre elle-même, toujours en comprenant ces aspects comme des procédures qui
révèlent les valeurs littéraires de l’auteur. Le développement du travail est fondé, principalement, sur les contes suivants, ainsi que du conte antérieurement mentionné: Ecos, Capitu sem enigma et Um conto de Borges, de l’oeuvre Dinorá (1994); 54, de Ah, é? (1994); 2, 3, 82, 182, 192 et 204, de Pico na veia (2002); Adeus, Vampiro, de Rita Ritinha Ritona (2005); Ei, vampiro, qual é a tua?, de Macho não ganha flor (2006); O Pai, O Bom et
quelques lettres de Desgracida (2010); Retrato 3x4 et O agradecimento, de Até você, Capitu? (2013) et Nicanor, de O beijo na nuca (2014) – en ayant l’autothéorisation
et l’exemplification des procédures de Trevisan comme des critères de choix. Certains préceptes d’une théorie du conte basée sur la fiction de Trevisan deviennent évidents, comme l’exigence de vraisemblance, la brièveté,
la concision, la pleine autonomie de l’oeuvre par rapport à l’auteur, ainsi que la dilution de la notion rigide de genre qui pointe vers l’extrapolation de ses frontières, et vers la juxtaposition et la mise en tension des modèles de
référence. / O objetivo deste trabalho é analisar a autoteorização, ou poética, nos títulos mais recentes do contista Dalton Trevisan. Parte do entendimento de autoteorização como autorreflexão literária, ou seja, a literatura que se volta
para si mesma, que busca uma reflexão teórica amalgamada à ficção. Trata-se do fazer literário exposto ao leitor. Inicia-se com uma contextualização sobre o
conto, seus autores paradigmáticos, características definidoras e modelos;seguindo para o estabelecimento da posição em que se encontra Trevisan neste universo. O trabalho estabelece como ponto de corte a publicação do
conto Quem tem medo de vampiro? (1992), pois pondera que a partir dali o procedimento de autoteorização se torna mais explícito e sistemático na obra do autor. Analisam-se, a partir dos contos, crítica literária, intertextualidade, e reflexões sobre a própria obra, sempre compreendendo estes aspectos como
procedimentos que deixam à mostra os valores literários do autor. O desenvolvimento do trabalho se fundamenta, principalmente, nos seguintes contos, além do já mencionado: Ecos, Capitu sem enigma e Um conto de
Borges, da obra Dinorá (1994); 54, de Ah, é? (1994); 2, 3, 82, 182, 192 e 204, de Pico na veia (2002); Adeus, Vampiro, de Rita Ritinha Ritona (2005); Ei, vampiro, qual é a tua?, de Macho não ganha flor (2006); O Pai, O Bom e
algumas cartas de Desgracida (2010); Retrato 3x4 e O agradecimento, de Até você, Capitu? (2013) e Nicanor, de O beijo na nuca (2014) - sendo a aparição da autoteorização e a exemplificação dos procedimentos realizados por Trevisan os critérios de escolha dos contos. Ficam evidentes como preceitos de uma teoria do conto baseada na ficção de Trevisan elementos como
exigência de verossimilhança, brevidade e concisão, autonomia total da obra em relação ao autor; além da diluição mesma da noção rígida do gênero, apontando para a extrapolação de suas fronteiras, e para a justaposição e o tensionamento de modelos de referência.
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