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Discurso: em busca da essência do pensamento de Émile Benveniste

Almeida, Natália Cristina de 26 March 2014 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-07-15T16:51:45Z No. of bitstreams: 1 Natália Cristina de Almeida.pdf: 803179 bytes, checksum: 016f8c2bfdab10297cab7183e23fc691 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-15T16:51:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Natália Cristina de Almeida.pdf: 803179 bytes, checksum: 016f8c2bfdab10297cab7183e23fc691 (MD5) Previous issue date: 2014-03-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação investiga a noção de discurso na obra de Émile Benveniste. Partindo da declaração de Gérard Dessons (2006), que diz que Benveniste é o "inventor do discurso", este estudo tem como objetivo elucidar o lugar ocupado por esse conceito na obra benvenistiana. Para isso, empreende-se uma busca por referências a Benveniste no Dicionário de Análise do Discurso (CHARAUDEAU; MAINGUENEAU, 2008), assim como uma discussão acerca de pontos da sua Teoria da Enunciação que podem induzir o leitor a uma leitura indicialista. Discorre-se sobre a trajetória de Benveniste desde sua filiação a Saussure, passando pela sua ultrapassagem em relação ao mestre, até sua chegada ao conceito de língua-discurso. Esse conceito se define, nesse estudo, como o semiótico particular de cada locutor. A análise efetiva do termo discurso é realizada com base em um corpus teórico delimitado a partir de um percurso metodológico de leitura. Esse corpus é composto por nove textos de Problemas de Lingüística Geral I e II: Observações sobre a função da linguagem na descoberta freudiana (1956), A natureza dos pronomes (1956), Da subjetividade na linguagem (1958), Vista d'olhos sobre o desenvolvimento da lingüística (1963), Os níveis da análise lingüística (1964), A linguagem e a experiência humana (1965), A forma e o sentido na linguagem (1966), Semiologia da língua (1969) e O aparelho formal da enunciação (1970). A partir da análise desses textos, estabelece-se uma relação indissociável entre enunciação e discurso: são interdependentes, embora distintos. A análise permite concluir que o locutor, ao apropriar-se da língua-discurso, tira-a do estado de possibilidade, atualizando-a, convertendo-a em discurso pelo ato de enunciação, ou seja, implicando-se (inter)subjetivamente. O discurso define-se, assim, como a manifestação da enunciação, responsável por promover a experiência humana, que só encontra plenitude na e pela linguagem. / This dissertation investigates the notion of discourse in Émile Benveniste’s work. Starting from Gérard Dessons’s statement (2006), which says that Benveniste is the "inventor of discourse", this study aims to elucidate the place occupied by this concept in the benvenistian work. To do so, we undertake a search for references to Benveniste in the Dictionary of Discourse Analysis (CHARADEAU; MAINGUENEAU, 2008), as well as a discussion of points of his Theory of Enunciation that can lead the reader to an indicialist reading. We expatiate on Benveniste’s path from his affiliation with Saussure, through his overcoming of his master, until his arrival at the concept of language-discourse. This concept is defined in this study as the particular semiotic of each speaker. The effective analysis of the term discourse is performed based on a theoretical corpus delimited from a methodological path of reading. This corpus is composed of nine texts from Problems in General Linguistics I and II: Observations on the functioning of language in the freudian discovery (1956), The nature of pronouns (1956), Subjectivity in language (1958), A look at the development of linguistics (1963), The levels of linguistic analysis (1964), Language and human experience (1965), Form and meaning in language 1966), The semiology of language (1969), and The formal apparatus of enunciation (1970). From the analysis of these texts, we establish an inseparable relationship between enunciation and discourse: they are interdependent, but distinct. The analysis reveals that when the speakers appropriate language-discourse, they remove it from the state of possibility, actualizing it, converting it into discourse by the act of enunciation, ie, (inter)subjectively implying themselves. Therefore, discourse is defined as the manifestation of enunciation, responsible for promoting human experience, which only finds fulfillment in and through language.

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