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Frequência da Eosinofilia Esofágica em Pacientes Pediátricos Submetidos à Endoscopia Digestiva Alta em um Serviço Terciário. / Frequency of Esophageal Eosinophilia in Pediatric Patients that Underwent Upper Digestive Endoscopy in a Tertiary Service.Strozzi, Daniel 02 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-02 / Esophageal eosinophilia is a chronic inflammatory condition, present in both children and
adults. Patients with symptoms of gastroesophageal diseases such as eosinophilic esophagitis,
eosinophilic esophagitis responsive to proton pump inhibitors and gastroesophageal reflux
disease are commonly diagnosed with esophageal eosinophilia. However, in Brazil, there is a
lack of information on the frequency of this condition. Therefore, the objective of this study
was to determine the frequency of esophageal eosinophilia in pediatric patients (0- 15 years)
with symptoms of gastroesophageal diseases, in a tertiary care service in the central region of
Brazil. The medical report of 2,425 patients that underwent gastroesophageal endoscopy with
biopsy were analyzed. Esophageal eosinophilia was diagnosed in patients with ≥15
eosinophils per high powered field (400x). Subsequently, the frequency of esophageal
eosinophilia was calculated, and compared with the variables sex, age and the endoscopic
diagnostic. Finally, the frequency of esophageal eosinophilia was correlated with the
fluctuations of monthly temperature over the diagnosis year. The frequency of esophageal
eosinophilia was estimated at 5.2% (126 patients from 2,425 had ≥15 eosinophils per high
powered field in esophageal biopsy). Furthermore, there was a significant difference between
the male and female patients, where the percentage of male patients with esophageal
eosinophilia was 2.5 times higher than the percentage of female patients (71.4 and 28.6%
respectively). There was also a significant difference between the endoscopic diagnostics of
patients with esophageal eosinophilia, where 73% had erosive esophagitis, 21.4% had nonerosive
esophagitis and only 5.6% of the patients had a normal esophagus diagnostic. From
these patients, the male patients had a higher percentage of erosive and non-erosive
esophagitis than the female patients, while there was no sex difference for patients with a
normal esophagus. The classification and regression tree (CART) analysis determined the
endoscopic diagnostic as the most important independent variable (100%), followed by the
sex (65%) and age (27.3%) of the patients with esophageal eosinophilia. Moreover, the CART
analysis showed an interaction between all the independent variables. The majority of patients
diagnosed with esophageal eosinophilia were older (7-15 years of age) males patients with
erosive esophagitis, while the younger (0-6 years of age) female patients with non-erosive esophagitis or normal esophagus showed the lowest percentage of diagnosed cases.
Furthermore, there was a moderate inverse relationship between the number of esophageal
eosinophilia cases and the average monthly temperature in 2012 (Person s correlation R2 = -
0.6), with a slight increase of esophageal eosinophilia in the colder months of the year. In
conclusion, this study shows, for the first time, that esophageal eosinophilia is relatively
frequent in pediatric patients with symptoms of gastroesophageal diseases in the central
region of Brazil. This study also confirms that for a reliable diagnosis of esophageal
eosinophilia is necessary to consider the clinical signs and the histological analysis of
esophageal biopsies. / A eosinofilia esofágica é uma condição inflamatória crônica do esôfago, presente tanto em
crianças como adultos. Esta condição é encontrada em pacientes com sintomas de doenças
gastroesofágicas, como a esofagite eosinofílica, a esofagite eosinofílica responsiva à
inibidores de bomba de prótons e a doença do refluxo gastroesofágico. No entanto, a
frequência desta condição em pacientes pediátricos no Brasil não é conhecida. Assim, o
objetivo deste estudo foi de determinar a frequência da eosinofilia esofágica em pacientes
pediátricos (0 15 anos) com sintomas de doenças gastroesofágicas, em um serviço terciário
na região central do Brasil. Foram examinados os prontuários de 2.425 pacientes submetidos
à endoscopia digestiva alta com biópsia. Para o diagnóstico da eosinofilia esofágica as
biópsias foram histologicamente avaliadas para determinar o número de eosinófilos por
campo de grande aumento (400 x). Subsequentemente, a frequência da eosinofilia esofágica
foi calculada. A frequência foi então comparada com as variáveis sexo e idade e os
diagnósticos endoscópicos encontrados. Finalmente, os casos de eosinofilia esofágica foram
correlacionados à variação de temperatura nos meses do ano em que os pacientes foram
diagnosticados. A prevalência da eosinofilia esofágica foi estimada em 5,2% (126 do total de
2.425 pacientes apresentaram ≥15 eosinófilos por campo de grande aumento na biópsia
esofágica). A porcentagem de pacientes do sexo masculino diagnosticados foi 2,5 vezes maior
do que o percentual de pacientes do sexo feminino (71,4 e 28,6%, respectivamente). No
entanto, a idade dos pacientes não foi um fator significativo analisado isoladamente. Foi
observada uma diferença significativa entre os diagnósticos endoscópicos dos pacientes com
eosinofilia esofágica, onde 73% apresentaram esofagite erosiva, 21,4% apresentaram
esofagite não-erosiva e apenas 5,6% apresentaram um esôfago normal. Além disso, entre os
pacientes com esofagite erosiva e não-erosiva eram predominantemente do sexo masculino.
Não houve diferenças entre o sexo dos pacientes com o esôfago normal. A análise CART
(classification and regression trees) demonstrou que o diagnóstico endoscópico foi a variável
independente mais importante (100%), seguido pelo sexo (65%) e idade (27,3%) dos
pacientes com esofagite eosinofílica. A análise CART mostrou também que a maioria dos
pacientes diagnosticados apresentavam esofagite erosiva, eram do sexo masculino com idade acima de 7 anos. Em contraste, os pacientes mais jovens (0-6 anos de idade), do sexo
feminino com esofagite não-erosiva ou esôfago normal apresentaram o menor percentual de
eosinofilia esofágica. A correlação dos casos de eosinofilia esofágica com a média de
temperatura mensal foi moderada e inversamente proporcional (Pearson s correlation R2 = -
0.6) pois, em temperaturas mais baixas houve um aumento moderado de casos de eosinofilia
esofágica. Concluindo, este estudo relata, pela primeira vez, que eosinofilia esofágica é uma
condição relativamente frequente em pacientes pediátricos na região central do Brasil que
apresentaram sintomas associados a doenças gastroesofágicas. Este estudo também confirma
que o diagnóstico preciso da eosinofilia esofágica requer tanto a avaliação dos sinais clínicos
quanto a análise histológica das biópsias para determinar o número de eosinófilos na mucosa
esofágica.
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