Spelling suggestions: "subject:"biphone"" "subject:"biphoton""
1 |
A formalização fonético-fonológica da percepção de plosivas surdas sob múltiplas manipulações de voice onset time (VOT) por brasileiros e americanos à luz do modelo "Bhipon"MOTTA-AVILA, Camila 21 December 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-07-16T12:23:03Z
No. of bitstreams: 1
Camila Motta Avila.pdf: 5908666 bytes, checksum: fec1aaf83edeb30b980911d427091061 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-16T12:23:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Camila Motta Avila.pdf: 5908666 bytes, checksum: fec1aaf83edeb30b980911d427091061 (MD5)
Previous issue date: 2017-12-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES# / #2075167498588264571# / #600 / This Master’s Dissertation had as its main goal analyzing and formalizing how Brazilian learners of English language (L2) and Americans identify and discriminate the voicing patterns for plosive consonants under artificial manipulation in English monossilabic words. Americans normally follow the acoustic cue Voice Onset Time (VOT) to differentiate voiced plosives from voiceless ones. The VOT is measured in milisseconds and can be classified into three different categories (LISKER & ABRAMSON, 1964): negative VOT (for /b/, /d/ and /g/ in Portuguese); short-lag VOT (for /p/, /t/, /k/ in Portuguese and /b/, /d/, /g/ in English) and long-lag or positive VOT (for [ph], [th], [kh] in English). Previous studies (ALVES, BARATZ e MOTTA, 2012; SCHWARTZHAUPT, ALVES &FONTES, 2015; ALVES & MOTTA, 2014; MOTTA, 2014; ALVES & ZIMMER, 2015) demonstrated that the manipulation of VOT can result into different types of perceptual behaviour, depending on the group analyzed: Americans tend to follow this cue to attribute voicing patterns to consonants, while Brazilians tend to follow the voicing patters stablished for their L1. In order to analyze the perception in L2, this Dissertation was based on Speech Learning Model (SLM) – (FLEGE, 1995) and Perceptual Assimilation Model – L2 (PAM-L2) – (BEST e TYLER, 2007) studies. To investigate how perception was processed in Americans, explanations in Kent and Read (2015), Gussenhoven and Jacobs (2004), Matzenauer (2015) and Boersma, Escudero and Hayes (2003) were found. The method consisted of two perceptual tests: (a) Identification Test, (b) Discrimination Test. Both tests were designed with artificially manipulated stimuli. The types (pee, pit, tick, tip, kit, kill) were CVC (where V was a high vowel /ɪ/ or /i/). Each one of them was multiply manipulated, generating five tokens from one original type. This manipulation was gradually performed, in 25% layers, aiming to achieve the zero artificial VOT pattern. The Identification Test was designed with 60 target words and 12 distractors, resulting in 72 tokens per participant. The Discrimination Test was designed with 36 target trials and 9 catch-trials, in a total of 45 trials per participant. To summarize, results show that Americans can be considered to be more perceptually sensitive to the multiple VOT manipulation than Brazilians, who normally tend to follow their L1 way of attributing voicing patterns to plosives, regardless their proficiency level in English (basic, intermediate or advanced). In addition, different phonetic tresholds were found in each analyzed group and in each place of articulation observed (bilabial, alveolar, velar). Finally, this study tries to offer a formalization for perceptual grammars in each group, based on Bi-directional Phonology OT Model (BiPhon). It is expected that this study, its detailed data description and theoretical observations can contribute to and makefurther academic studies possible. / Esta Dissertação de Mestrado teve como principal objetivo analisar e formalizar de que forma brasileiros aprendizes de inglês (L2) e americanos identificam e discriminam o vozeamento das consoantes plosivas iniciais da língua inglesa sob múltiplas manipulações em palavras monossilábicas. Na língua inglesa, para a diferenciação de vozeamento, tem-se como principal pista acústica a aspiração, que pode ser medida a partir dos valores de Voice Onset Time (VOT). O VOT é medido em milissegundos e pode ser classificado em 3 diferentes padrões (LISKER & ABRAMSON, 1964): VOT NEGATIVO (que se realiza foneticamente em português em /b/, /d/ e /g/); VOT ZERO, (que se realiza como /p/, /t/ e /k/ no português e /b/, /d/ e /g/ no inglês) e o VOT POSITIVO (encontrado em [ph], [th] e [kh] no inglês). Estudos anteriores (ALVES, BARATZ e MOTTA, 2012; SCHWARTZHAUPT, ALVES &FONTES, 2015; ALVES & MOTTA, 2014; MOTTA, 2014; ALVES & ZIMMER, 2015) demonstraram que a manipulação da pista acústica VOT resulta em comportamentos perceptuais diferenciados de acordo com a natureza do participante: americanos tendem a seguir a pista acústica em questão ao atribuir ou não vozeamento para as consoantes plosivas, ao passo que os brasileiros continuam a seguir os padrões de vozeamento previstos para a sua L1. Para dar conta da percepção em inglês como L2, este trabalho fundamentou-se, basicamente, nos modelos perceptuais Speech Learning Model (SLM) – (FLEGE, 1995) e Perceptual Assimilation Model – L2 (PAM-L2) – (BEST e TYLER, 2007). Para analisar a percepção dos participantes americanos, buscaram-se explicações em Kent e Read (2015), Gussenhoven e Jacobs (2004), Matzenauer (2015) e Boersma, Escudero e Hayes (2003). O método aplicado neste estudo consistiu em dois testes de percepção: (a) Teste de Identificação, (b) Teste de Discriminação. Ambos foram montados com estímulos de palavras monossilábicas da língua inglesa (CVC), sendo V /ɪ/ ou /i/. Cada type (pee, pit, tick, tip, kit, kill) passou por manipulação múltipla da pista acústica VOT, gerando 5 tokens cada um. Tal manipulação se deu de forma gradual em camadas de 25%, objetivando-se alcançar o padrão de VOT zero artificial. O design do Teste de Identificação contou com 60 palavras-alvo e 12 distratoras, somando um total de 72 tokens por participante. O design do Teste de Discriminação, que teve por objetivo contrastar diferentes camadas de VOT entre si, contou com 36 tríades do tipo AxB e 9 catch-trials, somando 45 tríades por participante. Sucintamente, os resultados apresentados demonstraram que os participantes americanos são mais sensíveis ao corte da pista acústica VOT do que os participantes brasileiros, independentemente do nível de proficiência em língua inglesa (básico, intermediário e avançado). Além disso, limiares fonéticos distintos foram encontrados em cada um dos grupos analisados e em cada ponto de articulação observado (bilabial, alveolar, velar). Finalmente, propôs-se uma formalização da percepção de ambos os grupos para cada consoante analisada baseando-se no Modelo de OT Bidirecional (BiPhon), proposto por Boersma (2009) e Boersma e Hamman (2011). Espera-se, com este estudo, que a descrição detalhada dos dados e a reflexão teórica possam contribuir à Academia e possibilitar estudos futuros.
|
2 |
Formalização fonético-fonológica da interação de restrições na produção e na percepção da epêntese no português brasileiro e no português europeuAzevedo, Roberta Quintanilha 11 July 2016 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-10-03T21:28:11Z
No. of bitstreams: 1
roberta azevedo.pdf: 4361494 bytes, checksum: a7a7c7be42681bad50ad32c286d23da5 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-03T21:28:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
roberta azevedo.pdf: 4361494 bytes, checksum: a7a7c7be42681bad50ad32c286d23da5 (MD5)
Previous issue date: 2016-07-11 / The present study approaches the phenomenon of vowel epenthesis in Portuguese
from a phonetic-phonological approach. It shows, through empirical data of
production and perception of Brazilian and European Portuguese native speakers,
that in word-mid contexts of heterosyllabic consonant clusters, which allow for the
emergence of epenthesis in Portuguese (“p.n” – apneia, “t.n” – etnia, “k.t” – cacto),
the phenomenon of vowel epenthesis is variable. The study also considers the
possible existence of a voiceless epenthetic vowel, not commonly identified in the
literature, which characterizes the original status of the study, for its instrumental
treatment of epenthesis in Portuguese, as a study that combines a traditional,
structural description of epenthesis with an acoustic, articulatory and perceptive
attention. The instrumental analysis of production data was possible using the
PRAAT software (BOERSMA; WEENINK, 2013). This software allowed the
examination of the acoustic features of the segments, such as duration and formant
frequencies, which made possible the differentiated characterization of epenthetic
vowels in relation to lexical vowels. The instrument used to check the perception of
epenthesis in Portuguese was designed on the TP software (RAUBER et al., 2009),
which helped investigate the relationship between production and perception of
epenthesis in Portuguese. Departing from this empirical framework, our aim is to
propose a formalization for the vowel epenthesis phenomenon in the bidirectional
processing model of L1 - Biphon (BOERSMA (2006, 2007, 2008, 2010) and
BOERSMA; HAMANN (2009)). From the formalization of the phenomenon in the
bidirectional processing model of L1, we can predict that the difference between
Brazilian and European Portuguese is in the phonetic implementation and
perception. At the phonological level (lexical), both varieties of Portuguese
demonstrate that stop consonants in coda constitute an improper structure in the
language. Furthermore, it was observed that the syllable contact is also importante,
in a heterosyllabic context formed by stops in medial coda position. It was also
possible to demonstrate that perception is phonological in the varieties of portuguese
under analysis, because the listeners, identifying a structure with a stop in word-mid
coda, identified the presence of an illusory vowel to satisfy the phonotactical
restrictions of the language. This situation is formalized in the Biphon model with
structure and cue constraints, showing that the perception of an illusory vowel in the
output (phonological level) does not maintain the relationship of phoneticphonological
faithfulness to the input (phonetic level) – cue constraint >> structure
constraint - and, therefore, resorts to the structure constraints to explain this. The
present analysis is innovative in using such a model to explain the phenomenon of
epenthesis in heterosyllabic mid contexts in varieties of Portuguese, as well as in
proposing cue constraints. / O estudo lida com a epêntese vocálica no português em uma abordagem fonéticofonológica.
Evidencia, através de dados empíricos de produção e percepção de
falantes nativos do português brasileiro e europeu, que, em palavras com encontros
consonantais heterossilábicos em contextos mediais, propícios ao aparecimento da
epêntese no português (como “p.n” – apneia, “t.n” – etnia, “k.t” - cacto), o fenômeno
da epêntese vocálica é variável. Também concebe a possibilidade da existência de
uma epêntese surda, não comumente identificada na literatura, o que classifica este
trabalho como original em seu tratamento instrumental da epêntese especificamente
na língua portuguesa. Em particular, trata-se de um estudo que combina a descrição
tradicional, estrutural da epêntese, com aspectos acústicos e perceptuais.
Instrumentos específicos foram aplicados para a formação dos corpora de produção
e de percepção linguística, objeto do estudo. A análise instrumental dos dados de
produção foi realizada com a utilização do software PRAAT (BOERSMA; WEENINK,
2013), que permitiu a descrição das propriedades acústicas dos segmentos, como
duração e frequências formânticas, o que possibilitou a caracterização diferenciada
da vogal epentética do português em relação a uma vogal lexical. O instrumento
utilizado para a verificação da percepção da epêntese no português, elaborado a
partir do software TP (RAUBER et al., 2009) e aplicado aos mesmos informantes
que participaram do teste de produção, deu suporte para a investigação da relação
entre a produção e a percepção da epêntese. Com esse arcabouço empírico, tevese
como objetivo geral a proposição de uma formalização para o fenômeno da
epêntese vocálica no Modelo de Processamento Bidirecional de L1 - Biphon
(BOERSMA (2006, 2007, 2008, 2010) e BOERSMA; HAMANN (2009)). A partir da
formalização do fenômeno no modelo Biphon, foi possível prever que, ao tratar-se
da epêntese, a diferença entre o PB e o PE está na implementação fonética e na
percepção. No nível fonológico (lexical), ambas as variedades do português
demonstraram que a plosiva em coda constitui uma situação imprópria na língua. Foi
possível, além disso, observar que o contato silábico também é relevante, quando se
trata de uma sequência heterossilábica, que contém plosiva em posição de coda
medial. Ainda foi possível demonstrar que a percepção, nas variedades do
português em análise, é fonológica, pois os informantes, na identificação de uma
estrutura com plosiva em coda medial, acusaram a presença de uma vogal ilusória,
para satisfazer as restrições fonotáticas da língua. Tal situação é formalizada no
modelo Biphon por meio de restrições de estrutura e de pista, que demonstram que
a percepção de uma vogal ilusória no output (fonológico) não mantém a relação de
fidelidade fonético-fonológica com o input (fonético) - restrição de pista >> restrição
de estrutura -, sendo que as restrições de estrutura junto às restrições fonéticas
devem explicar esse fato. O estudo abre um novo caminho de análise de fatos da
gramática do PB e do PE, ao utilizar o Modelo Biphon para explicar e formalizar o
fenômeno da epêntese em contextos heterossilábicos mediais em variedades do
português, bem como para propor restrições de pista.
|
Page generated in 0.0369 seconds