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Eosinofilia Tecidual como Fator de Prognóstico em Carcinomas Espinocelulares de Boca. / Tissue eosinophilia as a prognostic factor in oral squamous cell carcinomas

Dorta, Regina Garcia 08 November 2000 (has links)
A eosinofilia tecidual associada a tumores (TATE) tem sido descrita, entre outras localizações, nas neoplasias malignas da região de cabeça e pescoço. O mecanismo de atração dos eosinófilos e seu papel nos tumores ainda não foram definidos, sendo correlacionados tanto com um prognóstico favorável, como desfavorável, ou mesmo não apresentando qualquer relação com a evolução dos pacientes. Com o objetivo de verificar a influência da TATE no prognóstico de carcinomas espinocelulares localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior com estadiamento clínico II e III foram analisados 125 pacientes quanto às características clínicas, tratamento e evolução, bem como os aspectos microscópicos relativos à morfologia e invasão tumoral e presença do infiltrado inflamatório, destacando-se a eosinofilia tecidual, quantificada por meio de análise morfométrica. O número de eosinófilos obtidos nos carcinomas espinocelulares de boca variou de 0 a 392 por milímetro quadrado. A TATE foi classificada em discreta (0 a 26 EOS/mm2), moderada (27 a 83 EOS/mm2) e intensa (84 EOS/mm2 ou mais) e apresentou uma correlação estatisticamente significativa com a intensidade do infiltrado inflamatório mononuclear e com a localização do infiltrado inflamatório eosinofílico. A análise da eosinofilia tecidual como fator prognóstico feita pelo estimador produto-limite de Kaplan-Meier e pelo modelo de riscos proporcionais de Cox demonstrou que a eosinofilia tecidual intensa constitui um fator de prognóstico favorável independente nos carcinomas espinocelulares com estadiamento clínico II e III localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior. Estes resultados sugerem uma função antitumoral dos eosinófilos cujos mecanismos devem ser melhor investigados. / Tumor-associated tissue eosinophilia (TATE) has been described in many sites, including head and neck. The mechanism of eosinophil attraction, and its role in tumors is not defined yet, and its presence has been related to a favorable as well as unfavorable prognosis, or even with no influence on patients outcome. Intending to verify the influence of TATE on the prognosis of squamous cell carcinomas of the tongue, oral floor, retromolar area and inferior gingiva with TNM stages II and III, 125 patients were analyzed with respect to the clinical characteristics, treatment and evolution, as well as microscopic features related to tumor morphology and invasion and the presence of the inflammatory infiltrate, with special emphasis to tissue eosinophilia, quantified through morphometrical analysis. The eosinophil count of oral squamous cell carcinomas varied from 0 to 392 per square millimeter. TATE was classified as discrete (0 to 26 EOS/mm2), moderate (27 a 83 EOS/mm2) and intense (84 EOS/mm2 or more) and correlated with the intensity of the mononuclear inflammatory infiltrate and with the location of the eosinophilic inflammatory infiltrate. The analysis of TATE performed by the Kaplan-Meier product-limit actuarial method and Cox proportional hazards regression model demonstrated that intense tissue eosinophilia is an independent favorable prognostic factor for squamous cell carcinomas with TNM stages II and III, located on the tongue, oral floor, retromolar area and inferior gingiva. These findings suggest a antitumoral role of eosinophils which mechanisms should be better investigated.
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Eosinofilia Tecidual como Fator de Prognóstico em Carcinomas Espinocelulares de Boca. / Tissue eosinophilia as a prognostic factor in oral squamous cell carcinomas

Regina Garcia Dorta 08 November 2000 (has links)
A eosinofilia tecidual associada a tumores (TATE) tem sido descrita, entre outras localizações, nas neoplasias malignas da região de cabeça e pescoço. O mecanismo de atração dos eosinófilos e seu papel nos tumores ainda não foram definidos, sendo correlacionados tanto com um prognóstico favorável, como desfavorável, ou mesmo não apresentando qualquer relação com a evolução dos pacientes. Com o objetivo de verificar a influência da TATE no prognóstico de carcinomas espinocelulares localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior com estadiamento clínico II e III foram analisados 125 pacientes quanto às características clínicas, tratamento e evolução, bem como os aspectos microscópicos relativos à morfologia e invasão tumoral e presença do infiltrado inflamatório, destacando-se a eosinofilia tecidual, quantificada por meio de análise morfométrica. O número de eosinófilos obtidos nos carcinomas espinocelulares de boca variou de 0 a 392 por milímetro quadrado. A TATE foi classificada em discreta (0 a 26 EOS/mm2), moderada (27 a 83 EOS/mm2) e intensa (84 EOS/mm2 ou mais) e apresentou uma correlação estatisticamente significativa com a intensidade do infiltrado inflamatório mononuclear e com a localização do infiltrado inflamatório eosinofílico. A análise da eosinofilia tecidual como fator prognóstico feita pelo estimador produto-limite de Kaplan-Meier e pelo modelo de riscos proporcionais de Cox demonstrou que a eosinofilia tecidual intensa constitui um fator de prognóstico favorável independente nos carcinomas espinocelulares com estadiamento clínico II e III localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior. Estes resultados sugerem uma função antitumoral dos eosinófilos cujos mecanismos devem ser melhor investigados. / Tumor-associated tissue eosinophilia (TATE) has been described in many sites, including head and neck. The mechanism of eosinophil attraction, and its role in tumors is not defined yet, and its presence has been related to a favorable as well as unfavorable prognosis, or even with no influence on patients outcome. Intending to verify the influence of TATE on the prognosis of squamous cell carcinomas of the tongue, oral floor, retromolar area and inferior gingiva with TNM stages II and III, 125 patients were analyzed with respect to the clinical characteristics, treatment and evolution, as well as microscopic features related to tumor morphology and invasion and the presence of the inflammatory infiltrate, with special emphasis to tissue eosinophilia, quantified through morphometrical analysis. The eosinophil count of oral squamous cell carcinomas varied from 0 to 392 per square millimeter. TATE was classified as discrete (0 to 26 EOS/mm2), moderate (27 a 83 EOS/mm2) and intense (84 EOS/mm2 or more) and correlated with the intensity of the mononuclear inflammatory infiltrate and with the location of the eosinophilic inflammatory infiltrate. The analysis of TATE performed by the Kaplan-Meier product-limit actuarial method and Cox proportional hazards regression model demonstrated that intense tissue eosinophilia is an independent favorable prognostic factor for squamous cell carcinomas with TNM stages II and III, located on the tongue, oral floor, retromolar area and inferior gingiva. These findings suggest a antitumoral role of eosinophils which mechanisms should be better investigated.

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