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Avaliação da eficácia do teste de respiração espontânea na predição do sucesso da extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca em crianças: estudo randomizado-controlado / Evaluation of the efficacy of the spontaneous breathing test in predicting the success of extubation in the postoperative period of cardiac surgery in children: a randomized controlled trial

Ferreira, Felipe Varella 23 April 2018 (has links)
Objetivo: avaliar a eficácia da aplicação do teste de respiração espontânea (TRE) em predizer o sucesso da extubação em crianças com cardiopatia congênita no pósoperatório de cirurgia cardíaca, comparando-se com a aplicação do protocolo de desmame atualmente utilizado em centro de terapia intensiva pediátrico de hospital terciário. Desenho do estudo: ensaio clínico prospectivo randomizado controlado Pacientes: Foram elegíveis para o estudo pacientes de 0 a 18 anos de idade, no pósoperatório de cirurgia cardíaca para correção de cardiopatias congênitas, submetidos à ventilação mecânica (VM) pós-operatória por > 12 horas. Métodos: Os pacientes foram avaliados por um médico da equipe e os considerados aptos ao desmame foram selecionados para o estudo. Os pacientes randomizados ao grupo intervenção foram submetidos ao TRE (com PS de 10 cm H2O, PEEP de 5 cm H2O e FiO2 <= 50%, durante duas horas). Este teste foi realizado com ventilação em CPAP+PS. Os pacientes do grupo controle seguiram o desmame ventilatório de acordo com o protocolo vigente no CTIP do HCFMRP/USP. O desfecho primário foi considerado o sucesso da extubação, avaliado pela necessidade ou não de reintubação nas primeiras 48 horas após a extubação. Os desfechos secundários foram a duração da internação na UTI e no hospital, a incidência de pneumonia associada à ventilação e a mortalidade. Resultados: Foram alocadas no estudo 110 crianças (54 no grupo controle e 56 no grupo intervenção). Os dados demográficos, clínicos, as características cirúrgicas e os escores de gravidade, complexidade cirúrgica e de disfunção orgânica foram semelhantes nos dois grupos. Os pacientes submetidos ao TRE comparados ao grupo controle apresentaram maior sucesso de extubação (83% vs. 68.5%, p=0,02) e menor tempo de internação no CTIP (mediana 85 h vs. 367 h, p< 0,0001), respectivamente. Não houve diferença significativa entre os grupos no tempo de internação hospitalar, incidência de pneumonia associada à ventilação e mortalidade. Conclusões: O estudo mostra que o TRE é uma importante ferramenta de avaliação de prontidão à extubação. Os pacientes que foram alocados ao grupo de intervenção apresentaram maior sucesso de extubação e menor tempo de internação na UTI. / Objective: To evaluate the efficacy of the spontaneous breathing test (SBT) in predicting the success of extubation in children with congenital heart disease in the postoperative period of cardiac surgery compared with the application of the weaning protocol currently used in a pediatric intensive care unit. Study design: randomized controlled trial. Patients: Patients 0 to 18 years of age in the postoperative period following congenital heart surgery and on, mechanical ventilation (MV) for> 12 hours were eligible for the study. Methods: Patients were evaluated by a staff physician and those considered ready for weaning were selected for the study. Patients randomized to the intervention group underwent the SBT (with PS of 10 cm H2O, PEEP of 5 cm H2O and FiO2 <= 50% for two hours). This test was performed with CPAP + PS ventilation. The patients in the control group underwent ventilator weaning according to the current protocol in the PICU. The primary endpoint was success of extubation, defined as no need for reintubation in the first 48 hours following extubation. Secondary outcomes were duration of PICU and hospital stay, incidence of ventilator-associated pneumonia, and mortality. Results: 110 children (54 in the control group and 56 in the intervention group) were included in the study. Demographic, clinical, surgical, and severity scores, surgical complexity, and organ dysfunction were similar in both groups. Patients submitted to SBT compared to the control group had greater extubation success (83% vs. 68.5%, p = 0.02) and shorter length of stay in the PICU (median 85 h vs. 367 h, p <0.0001), respectively. There was no significant difference between the groups in length of hospital stay, incidence of ventilator-associated pneumonia and mortality. Conclusions: The study shows that the SBT is an important tool for assessment of extubation readiness. Patients who were allocated to the intervention group had greater extubation success and shorter PICU stay.
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Avaliação da eficácia do teste de respiração espontânea na predição do sucesso da extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca em crianças: estudo randomizado-controlado / Evaluation of the efficacy of the spontaneous breathing test in predicting the success of extubation in the postoperative period of cardiac surgery in children: a randomized controlled trial

Felipe Varella Ferreira 23 April 2018 (has links)
Objetivo: avaliar a eficácia da aplicação do teste de respiração espontânea (TRE) em predizer o sucesso da extubação em crianças com cardiopatia congênita no pósoperatório de cirurgia cardíaca, comparando-se com a aplicação do protocolo de desmame atualmente utilizado em centro de terapia intensiva pediátrico de hospital terciário. Desenho do estudo: ensaio clínico prospectivo randomizado controlado Pacientes: Foram elegíveis para o estudo pacientes de 0 a 18 anos de idade, no pósoperatório de cirurgia cardíaca para correção de cardiopatias congênitas, submetidos à ventilação mecânica (VM) pós-operatória por > 12 horas. Métodos: Os pacientes foram avaliados por um médico da equipe e os considerados aptos ao desmame foram selecionados para o estudo. Os pacientes randomizados ao grupo intervenção foram submetidos ao TRE (com PS de 10 cm H2O, PEEP de 5 cm H2O e FiO2 <= 50%, durante duas horas). Este teste foi realizado com ventilação em CPAP+PS. Os pacientes do grupo controle seguiram o desmame ventilatório de acordo com o protocolo vigente no CTIP do HCFMRP/USP. O desfecho primário foi considerado o sucesso da extubação, avaliado pela necessidade ou não de reintubação nas primeiras 48 horas após a extubação. Os desfechos secundários foram a duração da internação na UTI e no hospital, a incidência de pneumonia associada à ventilação e a mortalidade. Resultados: Foram alocadas no estudo 110 crianças (54 no grupo controle e 56 no grupo intervenção). Os dados demográficos, clínicos, as características cirúrgicas e os escores de gravidade, complexidade cirúrgica e de disfunção orgânica foram semelhantes nos dois grupos. Os pacientes submetidos ao TRE comparados ao grupo controle apresentaram maior sucesso de extubação (83% vs. 68.5%, p=0,02) e menor tempo de internação no CTIP (mediana 85 h vs. 367 h, p< 0,0001), respectivamente. Não houve diferença significativa entre os grupos no tempo de internação hospitalar, incidência de pneumonia associada à ventilação e mortalidade. Conclusões: O estudo mostra que o TRE é uma importante ferramenta de avaliação de prontidão à extubação. Os pacientes que foram alocados ao grupo de intervenção apresentaram maior sucesso de extubação e menor tempo de internação na UTI. / Objective: To evaluate the efficacy of the spontaneous breathing test (SBT) in predicting the success of extubation in children with congenital heart disease in the postoperative period of cardiac surgery compared with the application of the weaning protocol currently used in a pediatric intensive care unit. Study design: randomized controlled trial. Patients: Patients 0 to 18 years of age in the postoperative period following congenital heart surgery and on, mechanical ventilation (MV) for> 12 hours were eligible for the study. Methods: Patients were evaluated by a staff physician and those considered ready for weaning were selected for the study. Patients randomized to the intervention group underwent the SBT (with PS of 10 cm H2O, PEEP of 5 cm H2O and FiO2 <= 50% for two hours). This test was performed with CPAP + PS ventilation. The patients in the control group underwent ventilator weaning according to the current protocol in the PICU. The primary endpoint was success of extubation, defined as no need for reintubation in the first 48 hours following extubation. Secondary outcomes were duration of PICU and hospital stay, incidence of ventilator-associated pneumonia, and mortality. Results: 110 children (54 in the control group and 56 in the intervention group) were included in the study. Demographic, clinical, surgical, and severity scores, surgical complexity, and organ dysfunction were similar in both groups. Patients submitted to SBT compared to the control group had greater extubation success (83% vs. 68.5%, p = 0.02) and shorter length of stay in the PICU (median 85 h vs. 367 h, p <0.0001), respectively. There was no significant difference between the groups in length of hospital stay, incidence of ventilator-associated pneumonia and mortality. Conclusions: The study shows that the SBT is an important tool for assessment of extubation readiness. Patients who were allocated to the intervention group had greater extubation success and shorter PICU stay.

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