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Filosofia e retórica em David Hume / Philosophy and rethoric in David HumeFalcão, Dircilene da Mota 19 September 2014 (has links)
Uma comparação atenta entre o Tratado da natureza humana, obra de estreia de David Hume, e as Investigação sobre o entendimento humano e Investigação sobre os princípios da moral nas quais a primeira obra foi reeditada, revela uma diferença considerável na escrita do filósofo. Provavelmente levado por uma profunda decepção com sua obra inicial, Hume as reescreve adotando mudanças estilísticas e no foco de suas discussões para torná-las mais próximas de suas convicções filosóficas. Como instrumento nesse processo, Hume se utiliza conscientemente da retórica, optando nas duas investigações, pela adoção de evidentes recursos retóricos que variam desde alterações no foco e no objetivo final dessas obras, até a opção por um discurso conciso em detrimento daquele difuso utilizado na escrita do Tratado. Tais mudanças obedecem a padrões estéticos bem definidos, porém fundamentalmente tentam aproximar a escrita humiana dos preceitos filosóficos básicos do autor, representados por conceitos como os de crença e de imaginação. Assim, utilizando-se da retórica como uma tentativa de respeitar os fundamentos de sua própria filosofia, Hume desenvolve o que poderíamos chamar de uma espécie de filosofia da escrita / A close comparison between David Hume\'s first work A Treatise of Human Nature, and An Enquiry Concerning Human Understanding and An Enquiry Concerning the Principles of Morals, in which the first work was reedited, reveals a considerable difference on the writings of the philosopher. Most likelly taken by a deep deception upon his early work, Hume rewrites them adopting changes on his style and on the focus of his discussions in order to make them closer to his philosophical convictions. As a tool on this process, Hume makes a conscious use of rhetoric, chosing in his investigations to utilize evident rhetorical resources which vary from focus and final goal of these works, to the choice for a concise speech, over the diffuse one utilized on the writing of the Treatise. Such changes follow well defined aesthetic patterns, however they fundamentally try to approximate the humian writing to the author\'s basic philosophical precepts, represented by concepts such as creed and imagination. Thus, making use of rhetoric as an attempt to respect the fundamentals of his own philosophy, Hume develops what may be called a kind of philosophy of writing
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Essa mistura terrena grosseira: filosofia e vida comum em David Hume / This gross earthy mixture: Hume on philosophy and common lifeBalieiro, Marcos Ribeiro 19 March 2010 (has links)
Ainda que muitos trabalhos tenham sido escritos sobre a filosofia de David Hume, é bastante raro vermos comentários sobre o que seria, para ele, a própria filosofia. Na maior parte das vezes, os intérpretes da obra desse filósofo limitam a caracterizá-lo como cético, naturalista, realista, sentimentalista, entre outras categorias. Entretanto, falta-lhes, comumente, uma preocupação real em julgar as teses de Hume à luz daquilo que poderia ser considerado a sua concepção de filosofia. O que pretendemos com este trabalho é justamente indicar uma forma de lidar com os textos de Hume que permita iniciar uma discussão aprofundada da concepção que ele próprio tinha da atividade filosófica. Para isso, trataremos principalmente dos textos em que o autor discute especificamente esse tema, além de recorrer, quando isso se mostrar necessário, a outros aspectos da filosofia humiana. O resultado será uma leitura em que a filosofia é considerada como bastante próxima da vida comum, já que Hume se esforça consideravelmente para representar o filósofo um ser essencialmente social, cujas investigações são pautadas por uma experiência que ele compartilha com o vulgo. Além disso, veremos que, nos textos posteriores ao Tratado da natureza humana, Hume considerou a filosofia não como algo que deveria ficar restrito às universidades, mas como uma ferramenta poderosa de formação moral para o homem comum. / Even if many works have discussed the philosophy of David Hume, not many of them have discussed what might consider philosophy itself to be. Most of the times, interpreters of his works dont go further than characterizing him as skeptic, naturalist, realist, sentimentalist, among other categories. However, they commonly lack a real concern to judge Humes theses in the light of what might be thought of as his conception of philosophy. What we intend is exactly to point out a way of dealing with Humes texts which may allow an in-depth discussion of his conception of the philosophical activity. Therefore, we shall deal mainly with texts in which the author discusses this theme specifically, besides recurring, whenever it proves necessary, to other aspects of his philosophy. The result shall be a reading in which philosophy is considered as being quite close to common life, since Hume makes a considerable effort to present the philosopher as an essentially social being, whose investigations are backed by an experience which he shares with the vulgar. Besides, we shall observe that, in texts posterior to the Treatise of human nature, Hume considered philosophy not as something which should be restricted to the universities, but as a powerful tool for the moral formation of the common man.
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Edmund Burke and Roy Porter : two views of revolution and the British enlightenmentPolachic, Mark Lewis 20 August 2007
This thesis presents an analysis of Edmund Burke's place in intellectual history by examining his commentary on the French Revolution as well as his role in the Enlightenment itself. In doing so, it brings to bear the previously unexplored ideas of the twentieth-century historian Roy Porter. The thesis proposes that Burke's indictment of French philosophy as the cause of the French Revolution created enduring historiographic connotations between radicalism and the notion of enlightenment. Consequently, British thinkers of the eighteenth-century were invariably dismissed as conservative or reactionary and therefore unworthy to be regarded as enlightened figures. Porter's reconsideration of the British Enlightenment reveals Burke to be a staunch defender of hard-won enlightened values which British society had already long enjoyed.<p>The source material is, for the most part, primary. For Edmund Burke, his correspondence and his Reflections on the Revolution in France. For Roy Porter, his most relevant essays, journal articles and monographs.
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Edmund Burke and Roy Porter : two views of revolution and the British enlightenmentPolachic, Mark Lewis 20 August 2007 (has links)
This thesis presents an analysis of Edmund Burke's place in intellectual history by examining his commentary on the French Revolution as well as his role in the Enlightenment itself. In doing so, it brings to bear the previously unexplored ideas of the twentieth-century historian Roy Porter. The thesis proposes that Burke's indictment of French philosophy as the cause of the French Revolution created enduring historiographic connotations between radicalism and the notion of enlightenment. Consequently, British thinkers of the eighteenth-century were invariably dismissed as conservative or reactionary and therefore unworthy to be regarded as enlightened figures. Porter's reconsideration of the British Enlightenment reveals Burke to be a staunch defender of hard-won enlightened values which British society had already long enjoyed.<p>The source material is, for the most part, primary. For Edmund Burke, his correspondence and his Reflections on the Revolution in France. For Roy Porter, his most relevant essays, journal articles and monographs.
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Filosofia e retórica em David Hume / Philosophy and rethoric in David HumeDircilene da Mota Falcão 19 September 2014 (has links)
Uma comparação atenta entre o Tratado da natureza humana, obra de estreia de David Hume, e as Investigação sobre o entendimento humano e Investigação sobre os princípios da moral nas quais a primeira obra foi reeditada, revela uma diferença considerável na escrita do filósofo. Provavelmente levado por uma profunda decepção com sua obra inicial, Hume as reescreve adotando mudanças estilísticas e no foco de suas discussões para torná-las mais próximas de suas convicções filosóficas. Como instrumento nesse processo, Hume se utiliza conscientemente da retórica, optando nas duas investigações, pela adoção de evidentes recursos retóricos que variam desde alterações no foco e no objetivo final dessas obras, até a opção por um discurso conciso em detrimento daquele difuso utilizado na escrita do Tratado. Tais mudanças obedecem a padrões estéticos bem definidos, porém fundamentalmente tentam aproximar a escrita humiana dos preceitos filosóficos básicos do autor, representados por conceitos como os de crença e de imaginação. Assim, utilizando-se da retórica como uma tentativa de respeitar os fundamentos de sua própria filosofia, Hume desenvolve o que poderíamos chamar de uma espécie de filosofia da escrita / A close comparison between David Hume\'s first work A Treatise of Human Nature, and An Enquiry Concerning Human Understanding and An Enquiry Concerning the Principles of Morals, in which the first work was reedited, reveals a considerable difference on the writings of the philosopher. Most likelly taken by a deep deception upon his early work, Hume rewrites them adopting changes on his style and on the focus of his discussions in order to make them closer to his philosophical convictions. As a tool on this process, Hume makes a conscious use of rhetoric, chosing in his investigations to utilize evident rhetorical resources which vary from focus and final goal of these works, to the choice for a concise speech, over the diffuse one utilized on the writing of the Treatise. Such changes follow well defined aesthetic patterns, however they fundamentally try to approximate the humian writing to the author\'s basic philosophical precepts, represented by concepts such as creed and imagination. Thus, making use of rhetoric as an attempt to respect the fundamentals of his own philosophy, Hume develops what may be called a kind of philosophy of writing
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Essa mistura terrena grosseira: filosofia e vida comum em David Hume / This gross earthy mixture: Hume on philosophy and common lifeMarcos Ribeiro Balieiro 19 March 2010 (has links)
Ainda que muitos trabalhos tenham sido escritos sobre a filosofia de David Hume, é bastante raro vermos comentários sobre o que seria, para ele, a própria filosofia. Na maior parte das vezes, os intérpretes da obra desse filósofo limitam a caracterizá-lo como cético, naturalista, realista, sentimentalista, entre outras categorias. Entretanto, falta-lhes, comumente, uma preocupação real em julgar as teses de Hume à luz daquilo que poderia ser considerado a sua concepção de filosofia. O que pretendemos com este trabalho é justamente indicar uma forma de lidar com os textos de Hume que permita iniciar uma discussão aprofundada da concepção que ele próprio tinha da atividade filosófica. Para isso, trataremos principalmente dos textos em que o autor discute especificamente esse tema, além de recorrer, quando isso se mostrar necessário, a outros aspectos da filosofia humiana. O resultado será uma leitura em que a filosofia é considerada como bastante próxima da vida comum, já que Hume se esforça consideravelmente para representar o filósofo um ser essencialmente social, cujas investigações são pautadas por uma experiência que ele compartilha com o vulgo. Além disso, veremos que, nos textos posteriores ao Tratado da natureza humana, Hume considerou a filosofia não como algo que deveria ficar restrito às universidades, mas como uma ferramenta poderosa de formação moral para o homem comum. / Even if many works have discussed the philosophy of David Hume, not many of them have discussed what might consider philosophy itself to be. Most of the times, interpreters of his works dont go further than characterizing him as skeptic, naturalist, realist, sentimentalist, among other categories. However, they commonly lack a real concern to judge Humes theses in the light of what might be thought of as his conception of philosophy. What we intend is exactly to point out a way of dealing with Humes texts which may allow an in-depth discussion of his conception of the philosophical activity. Therefore, we shall deal mainly with texts in which the author discusses this theme specifically, besides recurring, whenever it proves necessary, to other aspects of his philosophy. The result shall be a reading in which philosophy is considered as being quite close to common life, since Hume makes a considerable effort to present the philosopher as an essentially social being, whose investigations are backed by an experience which he shares with the vulgar. Besides, we shall observe that, in texts posterior to the Treatise of human nature, Hume considered philosophy not as something which should be restricted to the universities, but as a powerful tool for the moral formation of the common man.
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Katherine Chidley, Damaris Masham, and Mary Wollstonecraft: The Development of a Liberal Feminist TraditionLaPlant, Katie Desiree 15 April 2014 (has links)
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