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Fácies e estratigrafia da formação sepotuba: registro da última incursão marinha na transição neoproterozóico-cambriano da faixa Paraguai Norte, Mato GrossoSilva Júnior, José Bandeira Cavalcante da 26 January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-01-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Anomalous events of terminal Neoproterozoic have been mostly reported in the cap carbonates exposed in several cratonic regions worldwide. The records of these events in
siliciclastics deposits are still incipient. In this study a siliciclastic succession was investigated that overlies carbonates deposited after Marinoan glaciation (630 Ma) in the southern Amazon Craton and Paraguai Belt, state of Mato Grosso. In this context, part of the sedimentary history contained in the shales and sandstones of the Sepotuba Formation was suppressed from stratigraphic proposals for that area. The Sepotuba Formation is rescued here a
stratigraphic which is fundamental to understand this evolutionary history, consequent of the facies and stratigraphic analysis carried out in this work. The Sepotuba Formation unconformably overlies the Raizama Formation, and is gradually overlaid by Diamantino Formation, composing the Alto Paraguai Group. The upper part of the Raizama Formation is composed of: 1) amalgamated beds of fine to medium-grained sandstone, with swaley and hummocky cross-stratifications, wave truncated and even parallel laminations, interpreted as storm influenced littoral deposits; 2) Coarsening upward cycles composed of wavy-bedded
rithymite and concave cross-bedded sandstone, interpreted as tidal bars; and 3) siltstone, medium to coarse-grained sandstone with dissecation cracks, ripples marks and evaporites molds related to intertidal deposits. The Sepotuba Formation consists in: 1) pelite and fine to medium-grained sandstone with ripple marks, even parallel lamination, hummocky and swaley stratifications and tidal bundles, interpreted as lower shoreface deposits; e 2) siltstone,
pelite and fine to medium-grained sandstone with ripple marks, hummocky cross stratification, even parallel and low-angle cross laminations and climbing ripple-cross lamination that represent offshore deposits. The base of Diamantino Formation comprises: 1) siltstone and claystone with wavy bedding, convolute and even parallel laminations related to
lacustrine and/or seaway environment; and 2) clast-supported conglomerate and medium to coarse-grained sandstone with even parallel stratification, through, planar and concave cross stratification, considered as braided river deposits. The Sepotuba Formation records a transgression that reworked littoral deposits of Raizama Formation. This event is the last marine incursion after the Marinoan global glaciation (630 Ma) that preceded the oceanic enclosure associated with the collision of Amazonia and Rio de La Plata blocks during the Pampean-Araguaia orogeny (520-500 Ma). The continuity of the collisional processes resulted in the individualization of foredeep sub-basins, confining the Sepotuba sea and leading to lakes and/or seaways formations that were supplied by fluvial to deltaic sediments
(Diamantino Formation), derived from uplifted areas in the collisional blocks, during the final stages of foreland evolution of Paraguai belt. / Os eventos anômalos do final do Neoproterozóico têm sido documentados principalmente nas capas carbonáticas ocorrentes em diversas regiões cratônicas do planeta. Os registros destes eventos em depósitos siliciclásticos ainda são pouco documentados, e neste estudo foi investigado uma sucessão siliciclástica que sobrepõe carbonatos depositados após a glaciação Marinoan (630 Ma) na parte sul do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai, estado do Mato Grosso. Neste contexto, parte desta história sedimentar contida nos folhelhos e arenitos da Formação Sepotuba, foi suprimida das propostas estratigráficas para aquela área. A Formação
Sepotuba é resgatada aqui como unidade estratigráfica fundamental para o entendimento da história evolutiva, baseada na análise de fácies e estratigráfica desenvolvida neste trabalho. A Formação Sepotuba recobre discordantemente a Formação Raizama e é sobresposta, em
contato gradual, pela Formação Diamantino, compondo o Grupo Alto Paraguai. O topo da Formação Raizama é constituído por: 1) arenito fino a médio, formando camadas
amalgamadas com estratificações cruzadas swaley e hummocky, laminações truncada por onda e plano-paralela interpretado como depósito litorâneo influenciado por ondas de
tempestade; 2) ciclos granocrescentes ascendentes formados por ritmito com acamamento ondulado e arenito com estratificação cruzada côncava, interpretados como barras submaré; e 3) siltito, arenito médio a grosso com gretas de contração, marcas onduladas e moldes de evaporitos relacionados a depósitos de intermaré. A Formação Sepotuba consiste em: 1) pelito, arenito muito fino a médio com marcas onduladas, estratificações plano-paralela e cruzadas hummocky e swaley e bandamentos da maré (tidal bundles) interpretados como depósitos de shoreface inferior; e 2) siltito, pelito e arenito muito fino a médio com marcas
onduladas, estratificação cruzada hummocky, laminação plano-paralela e laminações cruzadas de baixo-ângulo e cavalgante, que representam depósitos de offshore. A base da Formação
Diamantino compreende: 1) siltito e argilito com acamamento ondulado, laminações planoparalela e convoluta, relacionados a ambiente lacustre e/ou mar restrito; e 2) conglomerado
com arcabouço fechado, arenito médio a grosso, estratificações plano-paralela, cruzada acanalada, tabular e côncava, considerados como depósitos de rios entrelaçados. A Formação Sepotuba registra uma transgressão sobre os depósitos litorâneos da Formação Raizama. Este evento é a última incursão marinha após a glaciação global Marinoan (630 Ma) que precedeu o fechamento oceânico associado à colisão de blocos Amazônia e Rio de La Plata durante a Orogenia Pampeana-Araguaia (520-500 Ma). A continuidade dos processos de colisão das placas resultou na individualização de sub-bacias foredeep, confinando o mar Sepotuba em
mares restritos levando à formação de lagos e/ou mares restritos supridos por sedimentos flúvio-deltaicos (Formação Diamantino), oriundos de áreas soerguidas nos blocos
convergentes, dentro dos estágios finais da evolução foreland da Faixa Paraguai.
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