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Análise da gestão do processo de desenvolvimento de produtos em empresas fornecedoras de bens de capital para o setor sucroalcooleiroOnoyama, Márcia Mitiko 07 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-07 / This thesis aims to analyze the product development process (PDP) management of companies, medium and large sized, from São Paulo State that manufactures capital goods for sugar alcohol sector. The field research included quantitative (survey) and qualitative (case studies) procedures. In the first part, it was collected data through in loco interviews with a sample of 31 companies. The data were analyzed in order to characterize these companies, to test possible correlations between the characteristics of PDP management and the results of PDP performance and to cluster companies with similar characteristics in terms of formalized PDP activities. The correlation analysis identified that the presence of formal mechanisms for evaluating and selecting projects, the quality of strategic and operational PDP activities, the PDP team structure, multi-functional integration, the company's ability to design new products, the team leader s ability to design new product, the existing training programs and monitoring of the personnel involved in the PDP and the use of methods and tools to support the PDP operational dimension, may favor the results of PDP performance. Cluster analysis generated three clusters, depending on the formalization of PDP activities. In general, it is observed that companies have more structured the operational dimension of PDP management than the strategic dimension, in terms of formalized procedures and employed methods and support tools. To deepen the understanding of the practices and the knowledge of strategic dimension in these companies, the second part of the study comprised case studies in seven companies, selected according to cluster analysis. In general, efforts on activities of identifying real opportunities for new products (concrete case) and individual proposals analysis are verified in these companies, focusing mainly on short and medium term. In addition, there is limited use of methods and tools to support the strategic dimension of PDP management, related to the planning and decision making. Only large companies, auxiliary equipment suppliers of electric and electronic technology, works with a long-term horizon (5 to 10 years) in the elaboration of the planning of new products projects portfolio. The confrontation between the theoretical framework on the PDP management and field research were allowed to develop recommendations to strengthen the strategic dimension of PDP management in these companies. / Esta Tese tem como objetivo analisar a gestão do processo de desenvolvimento de produtos de empresas do Estado de São Paulo, de médio e grande porte, que fabricam bens de capital para o setor sucroalcooleiro. A pesquisa de campo contemplou procedimentos quantitativos (survey) e qualitativos (estudo de casos). Na primeira parte, foi efetuado um levantamento de dados, por meio de visitas e entrevistas presenciais em uma amostra de 31 empresas. Os dados foram analisados com a finalidade de caracterizar as empresas, testar possíveis correlações entre as características de gestão do processo de desenvolvimento de produtos (PDP) e os resultados de desempenho do PDP e agrupar as empresas com características semelhantes quanto à formalização das atividades do PDP. A análise de correlação identificou que a presença de mecanismos formais para avaliação e seleção de projetos, a qualidade das atividades estratégicas e operacionais do PDP, a estrutura de equipe do PDP, integração multifuncional, habilidade da empresa para projetos de novos produtos, a habilidade do líder de equipe de projetos de novos produtos, existência de programas de capacitação e de acompanhamento da qualificação do pessoal envolvido no PDP e o emprego de métodos e ferramentas de suporte à dimensão operacional do PDP, podem favorecer os resultados de desempenho do PDP. A análise de cluster gerou três agrupamentos de empresas, em função da formalização das atividades do PDP. De modo geral, observa-se que as empresas apresentam a dimensão operacional da gestão do PDP mais estruturada do que a dimensão estratégica, em função dos procedimentos formalizados e métodos e ferramentas de apoio empregadas. Para aprofundar a compreensão sobre as práticas e entendimentos da dimensão estratégica nessas empresas, a segunda parte do estudo compreendeu estudo de casos em 7 empresas, selecionadas de acordo com a análise de cluster. Em geral, verificam-se esforços em atividades de identificação de oportunidades reais de novos produtos (caso concreto) e de análise individual das propostas, com foco, principalmente, no curto e médio prazo. Além disso, há baixa adoção de métodos e ferramentas de apoio à dimensão estratégica da gestão do PDP, relacionados ao planejamento e tomada de decisão. Somente as empresas de grande porte, que atuam com equipamentos auxiliares de tecnologia eletro-eletrônica, trabalham com um horizonte de longo prazo (5 a 10 anos) na elaboração do plano de portfólio de projetos de novos produtos. Assim, a confrontação entre o referencial teórico sobre a gestão do PDP e a pesquisa de campo permitiu elaborar recomendações para fortalecer a dimensão estratégica da gestão do PDP nestas empresas.
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Dissidência e fragmentação da luta pela terra na zona da cana nordestina: o estudo da questão em Alagoas, Paraíba e PernambucoLIMA, Edvaldo Carlos de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / A questão agrária brasileira continua sem ser resolvida na agenda política do país.
Ademais, as disputas e conflitos territoriais, só vêm intensificando-se nos últimos anos
(CPT, 2009). Foi a partir da década de 1980 que os movimentos de luta por Reforma
Agrária, em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
incorporaram como principal ferramenta de luta uma ação política radical, tais como: a
ocupação de terras improdutivas, devolutas e griladas; e a formação de acampamentos.
Ocupar terras devolutas e grandes latifúndios improdutivos configurou, e continua
configurando, novos arranjos territoriais nos espaços em disputa. O embate de classe
coloca mais uma vez na formação do espaço agrário brasileiro, os trabalhadores sem
terra, os quilombolas, os indígenas e os camponeses frente a latifundiários e capitalistas.
Por um lado, a aliança latifundiários/usineiros/grandes grupos empresariais do
agronegócio canavieiro, instigados pelo mercado internacional e os incentivos do Estado,
conquistou, na segunda metade da década de 2000, altos índices de produtividade e
desempenho na produção, principalmente, de etanol (álcool etílico). A geografia do
agronegócio da cana de açúcar mudou, territorializando-se em novas áreas e
monopolizando territórios que escapavam á sua lógica nas regiões tradicionais do seu
cultivo, como na Zona da Mata dos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba - recorte
territorial da nossa pesquisa. Todavia, essa dinâmica se concretizou a custa de uma
crescente degradação da natureza e de, cada vez, maior controle, intensificação e
exploração do trabalho. Contudo, no conflito entre as classes, além da mobilização e
solidariedade dos trabalhadores surgem também às desavenças dentro da classe.
Apreender as decorrências para a Reforma Agrária desse processo faz parte da
preocupação principal desta tese.
No nosso percurso analítico, constatamos que os desacordos intra-classe se originam de
atritos internos ao movimento camponês rebelde 1, desencadeando dissidências políticoideológicas
e a fragmentação dos movimentos sociais no campo que lutam por terra.
Devido a essa fragmentação surge a necessidade de entender as contradições e
potencialidades da dinâmica social e espacial em curso. Isto posto, entende-se que ao
tempo que acontece a fragmentação dos trabalhadores por dissidências políticas, torna-se
real a proliferação de novos movimentos sociais de luta por terra, reforçando e dotando de
sentido a necessidade da Reforma Agrária no país.
Entretanto, observamos também que tais desdobramentos refletem ao mesmo tempo a
fragmentação do próprio trabalho, conduzindo uma parte significativa dos trabalhadores
acampados e/ou assentados, outrora mobilizados sob diferentes bandeiras de combate e
resistência, à precarização do seu trabalho e à desvalorização da sua luta inserindo-se,
como trabalhadores temporarios e/ou bóias-frias, no perverso e abusivo negócio do corte
da cana de açúcar nas regiões pesquisadas.
Entendemos a luta pela terra vista por dentro da luta de classes e definimos o território
dominado pela cana nos estados estudados como Zona da Cana Nordestina , outrora
Zona da Mata , apelando propositalmente para o fenomênico de um processo em curso: a
desaparição da natureza originária e a produção capitalista desigual, combinada e
contraditória do espaço agrário.
De tal modo, colocar para debate até que ponto o complexo processo de fragmentação
da/e luta pela terra no Nordeste (Alagoas, Pernambuco e Paraíba) pode representar uma
das frentes de oposição ao desenvolvimento desigual do capitalismo no campo é o desafio
desta tese
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