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Estudo das variantes alelicas da N-acetiltransferase 2 ( NAT2) em cancer de prostata e tireoide na população brasileira da região de Campinas / N-acetiltransferase-2 gene polymorphisms and the susceptibility to prostate and thyroid cancers in Brazilian patients

Guilhen, Ana Carolina Trindade 26 July 2006 (has links)
Orientador: Laura Sterian Ward / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-07T13:30:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Guilhen_AnaCarolinaTrindade_M.pdf: 1692988 bytes, checksum: 1868d3d53c2dafca822a331ec40cac6d (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Os genes das N-acetiltransferases, que são polimórficos na população, codificam enzimas envolvidas na metabolização de drogas e de xenobióticos, como os provenientes do cozimento de carnes e do tabaco, e podem estar implicados no risco para o desenvolvimento de neoplasias. Para estudar o envolvimento dos genes NAT2 em tumores na população brasileira da região de Campinas, avaliamos seis polimorfismos (C282T; T481C; G590A; A803G; G857A; G191A) em câncer de tireóide e quatro (T481C; G590A; A803G e G857A) em câncer de próstata. Em um estudo de caso-controle, comparamos 126 indivíduos com câncer de próstata com 101 indivíduos controles com hiperplasia prostática benigna pareados para idade e condições de dieta e exposição ambiental; 139 indivíduos com câncer de tireóide (112 CP e 27CF) e 179 controles também adequadamente pareados. A análise foi feita pela extração de DNA com base no sangue periférico, PCR e restrição enzimática. Os polimorfismos T481C (76.24%) e A803G (59.41%) apareceram com maior freqüência entre os pacientes controles com hiperplasia prostática benigna do que nos com câncer da próstata (60.32% e 45.60%, p=0.0152 e 0.0186, respectivamente). Ao contrário, G857A foi mais freqüente entre os pacientes com câncer da próstata (18.4%) do que nos controles com hiperplasia prostática benigna (5.94%; p=0.0044). Assim, a presença do polimorfismo NAT2T481C reduziu o risco de câncer da próstata (OR=2.115; 95% C.I=1.155-3.872). Da mesma forma, a presença do polimorfismo NAT2A803G reduziu o risco de câncer da próstata (OR=1.973; 95%C.I=1.120-3.474; p=0.0186). Ao contrário, a presença do polimorfismo G857A aumentou o risco para câncer da próstata mais de quatro vezes (OR=4.095; 95%C.I=1.551-10.812). A presença de um fenótipo de acetilação lenta aumentou o risco para câncer de próstata em 24 vezes (OR=24.145;95%CI=1.416-411.63). Nos carcinomas da tireóide, observamos que mutações pontuais de tipo A803G apareceram com maior freqüência entre os casos de carcinomas (46.76%) do que nos controles (31.84%) (p=0.0069), enquanto que mutações pontuais de tipo G191A e C282T foram mais freqüentes nos controles (25,70% e 68.16% dos casos, respectivamente) do que nos casos (5,04% e 33,81%, respectivamente) (p=0,0001). Assim, a herança do polimorfismo A803G representou um risco de 1.8 vezes maior de desenvolver carcinoma diferenciado da tireóide (OR= 1.880; 95% IC= 1.189-2.973). Por outro lado, a herança dos polimorfismos G191A e C282T do gene NAT2 representou um fator de proteção de cerca de 80,6% contra o risco de desenvolver um carcinoma diferenciado da tireóide (OR=0.153; 95% IC=0.067-0.352 e OR=0.239; 95% IC=0.149-0.382, respectivamente). Em conclusão, nossos dados mostram que polimorfismos do gene NAT2 estão associados ao risco para o desenvolvimento tanto dos tumores de próstata quanto de tireóide, podendo vir a ser importantes marcadores de susceptibilidade para tais doenças em nossa população / Abstract: N-acetyltransferases (NAT), which are polymorphic in the population, metabolize important carcinogens such as different kinds of meat and tobacco products that have been directly implicated in the tumor initiation process. In order to investigate the role of NAT2 polymorphisms in the susceptibility to cancer in the Brazilian population from our region, we studied 6 polymorphisms (C282T; T481C; G590A; A803G; G857A; G191A) in differentiated thyroid cancer and 4 polymorphisms (T481C; G590A; A803G e G857A) in prostate cancer. We conducted a case-control prospective study comparing 126 prostate cancer to 101 benign prostatic hyperplasia patients paired for age, diet and environmental exposure; 139 thyroid cancer patients (112 papillary carcinomas and 27 follicular carcinomas) and 179 paired controls. Analyses were performed in DNA extracted from peripheral blood using the polymerase chain reaction-based restriction fragment length polymorphism method. We observed T481C (76.24%) and A803G (59.41%) polymorphisms with higher frequency among control patients than in prostate cancer cases (60.32% e 45.60%, p=0.0152 e 0.0186, respectively). On the contrary, G857A polymorphisms was more frequent among prostate cancer patients (18.4%) than in the benign hyperplasia control partients¿ group (5.94%; p=0.0044). Therefore, the presence of NAT2T481C polymorphism reduced the risk of prostate cancer (OR=2.115; 95% C.I=1.155-3.872). Likewise, the presence of NAT2A803G reduced the risk of prostate cancer (OR=1.973; 95%C.I=1.120-3.474; p=0.0186). On the contrary, the presence of G857A increased the risk for prostate cancer more than 4 times (OR=4.095; 95%C.I=1.551-10.812). The presence of a low acetylation phenotype increased the risk for prostate cancer more than 24 times (OR=24.145;95%CI=1.416-411.63). Regarding thyroid cancer, we observed that point mutations like A803G appears more frequently among thyroid carcinomas (46.76%) than in controls (31.84%) (p=0.0069), while G191A and C282T polymorphisms were more frequent among controls (25,70% and 68.16% of the cases, respectively) than among thyroid cancers (5,04% e 33,81%, respectively) (p=0,0001). Therefore, the inheritance of an A803G polymorphism represents an 1.8 times higher risk to thyroid cancer development (OR= 1.880; 95% IC= 1.189-2.973). On the other hand, the inheritance of G191A and C282T NAT2 polymorphisms represents a protection around 80,6% against the risk of thyroid cancer development (OR=0.153; 95% IC=0.067-0.352 and OR=0.239; 95% IC=0.149-0.382, respectively). In conclusion, our data demonstrate that NAT2 gene polymorphisms are associated to the risk to both prostate and thyroid cancer, suggesting they could become useful molecular markers of susceptibility to these tumors in our population / Mestrado / Clinica Medica / Mestre em Clinica Medica

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