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Raízes antropológicas do preconceito religioso: diálogo com Darcy RibeiroKoury, Jussara Rocha 07 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-07 / The aim of the present study is to analyze some aspects of the origin of religious prejudice, found in the anthropological constitution of the Brazilian people in their originating matrices – the Brazilian indigenous, the Portuguese and the Black – as well as to inquire about the formation of our popular religiosity in order to understand the violence of Brazilian religious prejudice in relation to its African matrices. To do so, we used a qualitative approach and carried out our research through literary review as we wished to investigate, as far as possible, the socio-anthropological context that resulted (and still results at present) in implicit and/or explicit intolerance to Afro-Brazilian religious expressions. We seek shelter in Darcy Ribeiro‟s work because it is, if not the most important, one of the keys to understanding the ethnic and cultural formation of the Brazilian people. Our first concern was to inquire as to why a country as plural as ours is, at the same time, a bigoted country, at all levels of social relations, including the Afro-Brazilian religious practices. What is revealed, step by step, is the role that was played by the Catholic Church in the formation of religious prejudice, particularly with relation to the religions of African and indigenous matrices. The Catholic religion, like others with Jewish-Christian roots, adopts, in her monotheistic expression, the idea of a people chosen by the Only and True God. Thus, she expresses itself with a natural attitude of superiority over other peoples, dictating thought and behavior. And so, the Brazilian people repeat as they have learned: there is salvation only in the Jewish-Christian tradition. There is no room for questioning. The vision of all people as the children of God finds no place in this discussion. Is prejudice justified in this way? No. With awareness, one can understands its roots in order to build another kind of relationship with the originating matrices of the Brazilian people, in the hope of retrieving our identity also in the religious aspect. / Nossos objetivos nesta dissertação consistem em analisar aspectos da criação do preconceito religioso, presentes na constituição antropológica do povo brasileiro a partir de suas matrizes originantes – o índio, o luso e o negro –, como também em inquirir a formação de nossa religiosidade popular para, enfim, compreender a violência do preconceito religioso brasileiro em relação a suas matrizes africanas. Para tanto, utilizamos uma abordagem qualitativa e conduzimos nossa pesquisa por meio de uma revisão literária porque quisemos investigar, o quanto possível, o contexto socioantropológico que resultou (e resulta ainda hoje) na intolerância implícita e/ou explícita às expressões religiosas afro-brasileiras. Buscamos guarida em Darcy Ribeiro por ser, senão a mais importante, uma das chaves para compreendermos a formação étnica e cultural do povo brasileiro. Nossa inquietação primeira consistiu em indagar por que um país tão plural quanto o nosso é, ao mesmo tempo, um tão país preconceituoso, em todos os níveis de relações sociais, assim como no que se refere às práticas religiosas afro-brasileiras? O que se descortinou, passo a passo, foi o papel desempenhado pela Igreja Católica na formação do preconceito religioso, com recorte em relação às religiões de matrizes africanas e indígenas. Ela, como as outras de origem judaico-cristã, assume, em sua face monoteísta, a ideia de um povo escolhido pelo Deus Único e Verdadeiro. Assim sendo, reveste-se de uma natural – assim pensa, assim se comportou – superioridade em relação aos outros povos. E, desse modo, o povo brasileiro repete tal qual aprendeu: só existe salvação na tradição judaico-cristã. Aqui não há espaço para questionamentos. E a imagem de todos serem filhos de Deus não encontra espaço em tal discurso. Justifica-se, assim, o preconceito? Não. Compreendem-se suas raízes para, a partir do conhecimento, construir-se uma outra relação com as matrizes originantes do povo brasileiro, na esperança de conquistarmos nossa identidade também no aspecto religioso.
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