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O percurso do amador para integrar o “mundo do telejornalista” : uma análise dos vídeos colaborativos que participam da notícia televisiva

Silva, Marcelli Alves da 13 December 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de pós-graduação em Comunicação, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-04-16T17:20:42Z No. of bitstreams: 1 2017_MarcelliAlvesdaSilva.pdf: 5534919 bytes, checksum: 359ba05eed6d196236d32523c63a6668 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-05-08T18:39:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_MarcelliAlvesdaSilva.pdf: 5534919 bytes, checksum: 359ba05eed6d196236d32523c63a6668 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-08T18:39:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_MarcelliAlvesdaSilva.pdf: 5534919 bytes, checksum: 359ba05eed6d196236d32523c63a6668 (MD5) Previous issue date: 2018-05-08 / Esta tese faz um estudo baseado nas definições de Becker (1982) e Strauss (1992) sobre mundo social e busca analisar as mudanças nas modalidades de participação dos amadores no jornalismo a partir das transformações ocasionadas pelas tecnologias. Como método, utilizamos a triangulação metodológica (DUARTE, 2009) que contemplou mapeamento, estudo de viés etnográfico e entrevista em profundidade. Primeiramente, mapeamos o Jornal Nacional, exibido pela Rede Globo de Televisão, no ano de 2014. Encontramos 5.887 materiais informativos, dos quais 96 utilizam o vídeo amador. A partir disso, chegamos às duas regiões mais participativas do Brasil: Região CentroOeste e Região Norte. Realizamos um estudo de viés etnográfico na TV Roraima e na TV Morena e entrevista em profundidade com todos que pertencem ao Mundo do Telejornalista: produtor, repórter, repórter cinematográfico, editor de texto, editor de imagens, chefe de reportagem e o amador que envia imagens para redações de televisão. Com base em uma abordagem interacionista, inferimos que o produtor de telejornalismo desempenha um papel importante na escolha dos vídeos que serão sugeridos na reunião de pauta. As motivações que levam os cinegrafistas amadores a participar são diferentes e envolvem o fascínio pela televisão e a necessidade de resolver problemas que julgam importantes. Observamos também que existe uma depreciação do produto final da imagem amadora por aqueles que integram o Mundo do Telejornalista de forma institucionalizada, principalmente em termos técnicos, o que, muitas vezes, justifica o crédito amador, que o contrapõe ao profissional. Além disso, os jornalistas tendem a formar o seu discurso sobre sua relação com o produtor de conteúdo amador de maneira hegemônica. Percebemos que esse discurso está enraizado na ideologia profissional do jornalismo e os profissionais, mesmo aceitando as novas convenções que estão emergindo com a participação da audiência, ainda se autovalorizam como mediadores e peças fundamentais para que um fato tenha credibilidade como notícia. Concluímos que não se pode entender os critérios de utilização do vídeo amador como uma escolha subjetiva do telejornalista, mas como um componente complexo na negociação entre diferentes atores, incluindo técnicos e figuras externas às redações. A inserção do cinegrafista amador no mundo social do telejornalista sofre resistência dos jornalistas, que o aceitam, mas de forma parcial. A equipe de cooperação (produtor, repórter, editores de texto e imagem, repórter cinematográfico e chefe de reportagem) sofreu impacto quanto ao seu papel a partir da emergência do vídeo amador. Os cinegrafistas amadores participam do mundo social do telejornalista por objetivos diversos e atribuem o conhecimento que possuem sobre o que deve ser gravado às convenções estabelecidas pelas próprias emissoras, as quais incentivam a participação do público. Os jornalistas ainda exercem o papel de guardiões dos portões que garantem que algumas informações cheguem ao público. A utilização dos vídeos amadores faz parte de uma reorganização das redes de cooperação, essa nova modalidade de formatos leva à inferência de que o telejornalismo passa por uma fase de experimentação. / This thesis carries out a study based on Becker’s (1982) and Strauss’ (1992) definitions of social world and analysis changes in the modalities of amateur’s participation in Journalism since transformations caused by technologies. As method, we use a methodological triangulation (DUARTE, 2009) comprised of mapping, ethnographic bias study and in-depth interview. At first, we mapped the Jornal Nacional, screened by Rede Globo of television, in 2014. We found 5,887 informative materials; from these, 96 has used amateur video. From this, we arrived at the two most participative regions in Brazil: Região Centro-Oeste (Center-West region) and Região Norte (North region). We carried out an ethnographic bias study at TV Roraima and TV Morena, as well as in-depth interviews with everyone who belongs to the World of the Television Broadcast Journalist: producer, reporter, journalistic videographers, text editor, image editor, news head and the amateur who send images to televisions newsroom. Based on an interactionist approach, we infer that the television journalism producer plays an important role in selecting videos to be suggested in the agenda meeting. Amateur videographers are motivated to participate by different reasons which involve the fascination for television and the need to solve problems they evaluate as important. We also observe the existence of a devaluation of the final product of th m t ur‘s work by those who integrate the World of the Television Broadcast Journalist in an institutionalized way, mainly in technical terms, which, very often, justifies the amateur credit, in opposition to the professional. In addition, journalists tend to organize their discourse on their relationship with the producer of amateur content in a hegemonic way. We also noticed that this discourse is rooted in the professional ideology of journalism, because, even accepting the new conventions that are emerging with the audience participation, professionals still value themselves as mediators and fundamental pieces for determining that a fact possess credibility as news. We concluded that we cannot understand the amateur video use criteria as a subjective choice of the journalist, but as a complex component in the negotiation between different actors, including technicians and external figures of newsrooms. The insertion of the amateur videographer in the social world of television journalist suffers resistance from journalists, who accept him/her, but partially. The cooperation team (producer, reporter, text and image editors, journalistic videographers and news head) has its role impacted since the emergence of the amateur video. Amateur videographers participate in the social world of television journalist for various purposes and attribute their knowledge of what should be recorded to conventions established by the broadcasters themselves who encourage the u n ‘s p rt p t on. Journ l sts st ll pl y th rol of t k p rs who ensure that some information reaches the public. The use of amateur videos is part of a reorganization of the cooperation networks, this new genre of formats leads to the inference that the television journalism goes through a phase of experimentation.

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