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Determinantes bionômicos e eco-químicos do cleptoparasitismo de Lestrimelitta limao Smith 1863 (Hymenoptera: Apidae, Meliponini) / Bionomic and eco-chemical determinants of cleptoparasitic behaviour of Lestrimelitta limao (Hymenoptera: Apidae, Meliponini).Zuben, Lucas Garcia Von 01 October 2012 (has links)
As relações entre flores e abelhas durante a evolução tiveram um importante papel na adaptação desses insetos, uma vez que eles se utilizam dos recursos florais (néctar e pólen) para sua alimentação. A adaptação a essa estratégia alimentar fica evidente pela presença de estruturas morfológicas nessas abelhas relacionadas à esse comportamento, como a corbícula. Apesar da utilização de recursos florais estar presente em praticamente todas as espécies de abelhas, algumas espécies de abelhas sem ferrão (Meliponini) apresentam um tipo de comportamento alimentar que difere bastante de todos os outros encontrados em abelhas sociais. No comportamento conhecido como cleptoparasita, as abelhas não visitam flores e conseguem seu alimento através do saque a outras colônias. Este comportamento está presente como estratégia exclusiva nos gêneros Lestrimelitta e Cleptotrigona. Durante o saque são levados da colônia pilhada, mel, pólen, cerúmen e, principalmente, alimento larval. Apesar de alguns estudos já terem sido realizados, muitas questões importantes relacionadas à ecologia química e comportamental do cleptoparasitismo ainda permaneciam sem respostas. Sendo assim, o presente estudo objetivou investigar esses dois aspectos do cleptoparasistismo em L. limao. Dentro do aspecto comportamental as análises se concentraram na investigação da escolha das colônias hospedeiras. As análises ecoquimícas, por sua vez, focaram na identificação dos compostos presentes nas glândulas mandibular e salivar cefálica e na identificação do papel ecológico desses compostos durante os saques. Os resultados obtidos trouxeram novas e importantes informações sobre o comportamento cleptoparasita de L. limao. Foi possível observar uma menor frequência dos ataques à espécie que apresenta respostas agressivas ao saque, em comparação às que agem passivamente. Além disso, os dados obtidos nas análises químicas trouxeram novidades importantes, relacionadas à proporção dos isômeros do citral presente na glândula mandibular das operárias, à presença de ésteres na glândula salivar cefálica e ao papel ecológico do citral. Ainda, a evolução do cleptoparasitismo em abelhas sem ferrão é amplamente discutida e, por fim, é explicitada a necessidade de uma nova classificação para os diferentes tipos de parasitismo presentes no grupo das abelhas. / The interactions between flowers and bees played an important role in the behavioral evolution of these insects since they feed on floral resources. Nevertheless, some species of stingless bees have a different feeding strategy, which is known as cleptoparasitism. These species obtain their food exclusively through pillaging of other beehives. The exclusivity of this stealing behavior can be found in two different groups of stingless bees, Lestrimelitta and Cleptotrigona. Although some studies concerning this interesting behaviour have already been made, there are many questions related to its chemical and behavioral ecology that remain virtually unknown. Thus, the aim of this study was to investigate these aspects of the cleptoparasitism in Lestrimelitta limao. The behavioral analyses focused on the investigation of host choice by the cleptoparasitic bees while eco-chemical analyses investigated the chemical profile of the cephalic glands (mandibular and cephalic salivary) and their ecological role during the pillage. The results brought new important information concerning the cleptoparasitic behavior of L. limao. The host choice analysis indicates a lower frequency of attacks in the aggressive hosts. Chemical investigations showed different proportions of the citrals isomers which are present in the mandibular gland, the chemical profile of cephalic salivary glands and the ecological role of citral. Furthermore, the evolution of cleptoparasitic behaviour is widely discussed and the necessity of a new classification for the parasitism among bees is presented.
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Determinantes bionômicos e eco-químicos do cleptoparasitismo de Lestrimelitta limao Smith 1863 (Hymenoptera: Apidae, Meliponini) / Bionomic and eco-chemical determinants of cleptoparasitic behaviour of Lestrimelitta limao (Hymenoptera: Apidae, Meliponini).Lucas Garcia Von Zuben 01 October 2012 (has links)
As relações entre flores e abelhas durante a evolução tiveram um importante papel na adaptação desses insetos, uma vez que eles se utilizam dos recursos florais (néctar e pólen) para sua alimentação. A adaptação a essa estratégia alimentar fica evidente pela presença de estruturas morfológicas nessas abelhas relacionadas à esse comportamento, como a corbícula. Apesar da utilização de recursos florais estar presente em praticamente todas as espécies de abelhas, algumas espécies de abelhas sem ferrão (Meliponini) apresentam um tipo de comportamento alimentar que difere bastante de todos os outros encontrados em abelhas sociais. No comportamento conhecido como cleptoparasita, as abelhas não visitam flores e conseguem seu alimento através do saque a outras colônias. Este comportamento está presente como estratégia exclusiva nos gêneros Lestrimelitta e Cleptotrigona. Durante o saque são levados da colônia pilhada, mel, pólen, cerúmen e, principalmente, alimento larval. Apesar de alguns estudos já terem sido realizados, muitas questões importantes relacionadas à ecologia química e comportamental do cleptoparasitismo ainda permaneciam sem respostas. Sendo assim, o presente estudo objetivou investigar esses dois aspectos do cleptoparasistismo em L. limao. Dentro do aspecto comportamental as análises se concentraram na investigação da escolha das colônias hospedeiras. As análises ecoquimícas, por sua vez, focaram na identificação dos compostos presentes nas glândulas mandibular e salivar cefálica e na identificação do papel ecológico desses compostos durante os saques. Os resultados obtidos trouxeram novas e importantes informações sobre o comportamento cleptoparasita de L. limao. Foi possível observar uma menor frequência dos ataques à espécie que apresenta respostas agressivas ao saque, em comparação às que agem passivamente. Além disso, os dados obtidos nas análises químicas trouxeram novidades importantes, relacionadas à proporção dos isômeros do citral presente na glândula mandibular das operárias, à presença de ésteres na glândula salivar cefálica e ao papel ecológico do citral. Ainda, a evolução do cleptoparasitismo em abelhas sem ferrão é amplamente discutida e, por fim, é explicitada a necessidade de uma nova classificação para os diferentes tipos de parasitismo presentes no grupo das abelhas. / The interactions between flowers and bees played an important role in the behavioral evolution of these insects since they feed on floral resources. Nevertheless, some species of stingless bees have a different feeding strategy, which is known as cleptoparasitism. These species obtain their food exclusively through pillaging of other beehives. The exclusivity of this stealing behavior can be found in two different groups of stingless bees, Lestrimelitta and Cleptotrigona. Although some studies concerning this interesting behaviour have already been made, there are many questions related to its chemical and behavioral ecology that remain virtually unknown. Thus, the aim of this study was to investigate these aspects of the cleptoparasitism in Lestrimelitta limao. The behavioral analyses focused on the investigation of host choice by the cleptoparasitic bees while eco-chemical analyses investigated the chemical profile of the cephalic glands (mandibular and cephalic salivary) and their ecological role during the pillage. The results brought new important information concerning the cleptoparasitic behavior of L. limao. The host choice analysis indicates a lower frequency of attacks in the aggressive hosts. Chemical investigations showed different proportions of the citrals isomers which are present in the mandibular gland, the chemical profile of cephalic salivary glands and the ecological role of citral. Furthermore, the evolution of cleptoparasitic behaviour is widely discussed and the necessity of a new classification for the parasitism among bees is presented.
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