Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Merlinton Pastor de Oliveira.pdf: 2037234 bytes, checksum: e8594bf3ba595832a9fe321f0b27d6d1 (MD5) Previous issue date: 2010-12-07 / The purpose of this thesis is to understand from a phenomenological perspective the reasons why Christian religious leaders such as priests and pastors enroll for postgraduate and graduate work on psychology, what this type of education means for them, and what contribution psychology can provide to their ecclesiastical practices. In order to reach this objective interviews were conducted with religious leaders who majored in psychology and remain active professionals in the religious work field. As a comparandum, a religious leader with no previous education in psychology was interviewed, and his perspective helped broaden the scope of this research as well as helped us understand the reasons why the other participants sought training in this area. The analysis of the interviews - which were planned and developed according to a phenomenological approach - was based on the assumptions of three kinds of scholars: those who work as psychologists, those who work as religious leaders, and those who work both as psychologists and as religious leaders. This investigation reached the following conclusions: although Christian religious leaders work on a daily basis providing care for human beings, their previous seminary training does not sufficiently enable them to handle many of the issues brought to them by their church members, since that previous training focused mainly upon a person´s spiritual dimensions; the wish to feel better prepared to accomplish their work has led many Christian religious leaders to seek training as professional psychologists; as far as it was ascertained, training in psychology does not hinder their performance as religious leaders; rather, psychology is seen as a partner able to make them more efficient; although there have been moments when psychology and spirituality were considered as antagonistic interests, the present relationship between psychology and religion is seen by religious leaders as important, necessary, and healthy, since both religion and psychology aim at helping people. Their understanding is that when psychologists and religious leaders work together the aid thus provided by them become much more effective / O objetivo desta dissertação é compreender, a partir de uma metodologia fenomenológica, quais as razões pelas quais líderes religiosos cristãos, padres e pastores, procuram formação em cursos de graduação ou pós-graduação de Psicologia, qual o significado dessa busca para eles, e as contribuições da Psicologia para as suas práticas eclesiásticas. Para que esse objetivo fosse contemplado foram realizadas entrevistas com líderes religiosos que fizeram uma formação em Psicologia e continuam na prática de sua atividade sacerdotal. Como contraponto, para ampliar a compreensão do tema, foi entrevistado um líder religioso que não procurou nenhuma formação em Psicologia, e sua visão colaborou na compreensão das razões que levaram os colaboradores anteriormente entrevistados a buscarem conhecimentos nessa área. A análise das entrevistas, planejadas e desenvolvidas de acordo com as propostas metodológicas da fenomenologia, teve como referência teóricos que lidam no âmbito da Psicologia e também teóricos que lidam no âmbito da Religião, bem como autores que atuam na interlocução desses dois domínios. Este estudo permitiu apontar algumas conclusões: embora cotidianamente o líder religioso cristão atue dando atenção ao ser humano, o preparo prévio, ocorrido no seminário, não o capacita suficientemente para lidar com muitas das questões que lhe são colocadas pelos seus fiéis, visto que neste preparo está focada prioritariamente a dimensão espiritual; o desejo de se sentir melhor preparado para realizar seu trabalho, e assim atender satisfatoriamente as pessoas em suas diversas necessidades, tem motivado líderes religiosos a buscarem os recursos e a capacitação em procedimentos que são próprios da Psicologia; o contato com a Psicologia não diminui a importância de sua atividade eclesiástica, antes, a Psicologia é vista por estes líderes religiosos como uma parceira, ela os torna sacerdotes mais eficientes; embora marcada por momentos de desencontros ao longo do tempo, a relação atual entre a Psicologia e a Religião tem sido vista por estes líderes religiosos cristãos como importante, necessária e saudável, visto que ambas têm o propósito de auxiliar o ser humano, e agindo em comum interesse este auxílio se torna mais efetivo