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Resposta inflamatória em co - culturas de células glia/neurônio à Neospora caninum : possíveis papéis da indolamina 2,3 dioxigenase e ciclooxigenaseSantos, Alex Barbosa dos 10 1900 (has links)
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Alex Tese Pronta (ficha catalográfica).pdf: 1182830 bytes, checksum: 95ebf9baf6b7ea2653cacc444ae34c7f (MD5) / CAPES / O parasito Neospora caninum é um protozoário intracelular obrigatório que tem
despertado especial interessse na Medicina Veterinária por causar desordens
neuromuscular em cães e abortamentos em vacas gestantes. A resposta imune
sistêmica contra o parasito é tipicamente do perfil Th1, com síntese de citocinas próinflamatórias,
principalmente IFN, responsável pela redução da proliferação
parasitária. Por outro lado, este perfil de resposta modifica-se durante o período
gestacional, em que o balanço da resposta Th1 e Th2 aparentemente favorece a
sobrevivência do concepto. Semelhante a isto, observa-se o mesmo padrão de
resposta no sistema nervoso central (SNC), local de encistamento do parasito.
Estudos anteriores apontaram que IDO (indolamina 2,3 dioxigenase) é modulada por
IFN e que participa no controle da proliferação parasitária. Em estudos de
neuroinflamação usando co-culturas de células gliais/neurônios infectadas por N.
caninum, observou-se controle da proliferação parasitária por um mecanismo
independente da enzima óxido nítrico sintase induzida por IFN. No interesse de
esclarecer o mecanismo de controle parasitário neste modelo in vitro, a atividade da
IDO e da ciclooxigenase 2 (COX-2) foram estudas. Co-culturas celulares
glia/neurônios obtidas de ratos foram tratadas com o inibidor da IDO (1-metil
triptofano/10-3M/mL) e com inibidores da COX-1 (indometacina10-6 M/mL) e da COX-
2 (nimesulida/10-6 M/mL) antes da infecção com taquizoítos de N.caninum (1:1
célula:parasito). Após 72 horas de infecção, as atividades enzimáticas foram
avaliadas e seus fenótipos foram determinados usando anticorpos anti-βIII tubulin,
OX-42 and GFAP para observar neurônios, microglia e astrócitos respectivamente.
O perfil da resposta imunológica foi determinado por dosagem das citocinas IL-10,
IFN e TNF pelo ensaio de ELISA. Notou-se duas vezes mais o aumento na
atividade da enzima IDO em co-culuturas infectadas pela dosagem de cinurenina.
Em culturas tratadas com o inibidor da IDO (1-MT) e infectadas com taquizoitos
ocorreu aumento na proliferação parasitária de aproximadamente 40%, bem como
aumento na atividade da IDO. Pertinente a atividade da COX-2, culturas infectadas
produzem PGE2, enquanto tratamento com nimesulida permite o crescimento
parasitário e induz perda de aproximadamente 30% e 50% de astrócitos e microglia
respectivamente, no entanto os neurônios foram preservados. A infecção por
taquizoítos promove síntese de IL-10 e TNF, ainda na presença do inibidor da IDO,
mas não ocorre liberação de IFN. Estes dados indicam que neste modelo
experimental a atividade da IDO é ativada por um mecanismo independente IFN e
que o controle parasitário pode ser mediado pelo efeito sinérgico de PGE2 e TNF.
Assim, a ativação da COX-2 parece ser um importante via de controle, ao passo que
PGE2 associada a IL-10 podem modular a inflamação e permitem a continuidade do
parasitismo. / Neospora caninum is an obligate intracellular protozoan that has been very studied
by Veterinary Medicine because it causes neuromuscular disorders in dogs and
abortion in cattle. The protective systemic immune response against this parasite is
predominantly Th1 pattern, which there is proinflammatory cytokines production,
mainly IFN, responsible for reduction of parasite burden. However, this response
profile appears to be modified during pregnancy in chronically infected animals, in
which a balance of production of Th1 and Th2 cytokines appears to favors fetal
survival. The same was suggested occur in the central nervous system (CNS), local
of parasite encystment. Previous data showed that IDO (indolamine 2,3
dioxygenase) is modulated by IFN in cell proliferation control. In studies of
neuroinflammation using neuro-glia co-cultures infected by Neospora caninum, it
was verified parasite control by a mechanism independent of type 2 nitric oxide
synthetase (iNOS) induced by IFN. In order to clarify the mechanism of parasite
control in this in vitro model, the activities of IDO and cyclooxygenase 2 (COX-2)
were studied. Co-cultures of glia/neuron obtained from rat brains were treated with
the inhibitor of IDO (1-methyl tryptohan/10-3M/mL) and with inhibitors of COX-1
(indomethacin/10-6 M/mL) and COX-2 (nimesulide/10-6 M/mL) before infection with
tachyzoites of N.caninum (1:1 cell:cell). After 72 hours enzymes activities were
evaluated and cell phenotypes determinate using βIII tubulin, OX-42 and GFAP to
observe neurons, microglia and astrocytes respectively. Immunological profile of
response was determinate by ELISA tests of IL-10, IFN and TNF. It was verified that
parasite infection in co-cultures increased twice IDO activity measured by kinurenin
releasing. In cultures treated with IDO inhibitor 1-MT and infected with tachyzoites it
was verified about 40% of parasite proliferation and an increasing of enzyme activity.
Concerning to COX-2 activity, infected cultures stimulated the release of PGE2, while
nimesulide allowed the parasitic growth and a lost of 30 or 50% of astrocytes and
microglia respectively, however was preserved neurons in cultures infected. Infection
increases IL-10 and TNF even upon IDO inhibition but it does not release IFN.
These data indicate that in this in vitro system IDO is activated by a mechanism
independent of IFNy and parasite control could be mediated by synergistic effects of
PGE2 and TNF. In fact, COX-2 activation seems to be an important via in parasite
control and PGE2 associated to IL-10 besides to modulate the inflammation, allows
continuity of parasitism.
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