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Adoção por consentimento da família de origem: uma expressão do desenraizamento pessoal e social dos pais biológicos / Consented placement adoption: a biological parents feelings expression of not belongingGueiros, Dalva Azevedo 08 November 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-11-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A entrega de um filho em adoção pela mãe ou pais biológicos, que constitui o que estamos denominando de adoções por consentimento da família de origem, é o tema central deste estudo. Realizado com base em registros contantes em autos processuais tramitados em Varas de Infância e Juventude da Comarca de São Paulo e em relatos orais de sujeitos que viveram a experiência de entregar um filho em adoção a terceiros por eles escolhidos, buscamos desvelar as determinações sociais e pessoais presentes nesse fenômeno, bem como inseri-lo em um espaço de visibilidade. Os dados desta pesquisa indicam que, majoritariamente, é a população que está submetida a processos de desenraizamento pessoal e social, decorrentes da não inserção no mercado formal de trabalho, da falta de acesso a políticas de proteção social e da pequenez e fragilidade de sua rede social pessoal, que apresenta maior propensão a se ver impingida a tomar a atitude de separar-se de seu filho. Apontam também que os sujeitos da pesquisa tenderam a expor um senso de família bem constituído, uma organização em diferentes arranjos familiares e uma postura na qual a decisão quanto à entrega do filho visa assegurar a ele um "enraizamento social" que, naquele momento, entendem ser inviável através de si. Sinalizam, ainda, que as adoções por consentimento da família de origem, ao menos as realizadas no universo investigado, caracterizam processos de adoções abertas. Por último, apontam para a necessária implementação de políticas públicas que façam frente a esse fenômeno, cuja vivência é fruto e se constitui em violência social e pessoal, e para a importância de redefinir as práticas relativas a tal problemática, no âmbito da Justiça da Infância e da Juventude, de forma a contemplar a complexidade a ela inerente
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