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Processo de trabalho e pensamento social no século XX: um estudo a partir da obra de Benjamin Coriat

Silva, Romildo dos Santos [UNESP] 27 June 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:35:37Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-06-27Bitstream added on 2014-06-13T18:46:55Z : No. of bitstreams: 1 silva_rs_dr_arafcl_prot.pdf: 1690474 bytes, checksum: c0e0d30c0cf3f82804c270067238717c (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Picd / A partir da reflexão teórica do economista francês Benjamin Coriat, analisamos a evolução das forças produtivas e do processo de trabalho no século XX. Nosso objetivo foi investigar a crítica apresentada por Coriat contra os teóricos da revolução científico-técnica - RCT -, buscando apreender não somente os elementos que originaram tal crítica, mas também a contra-proposta coriatiana que devemos considerar ao refletirmos sobre a aplicação da ciência. Para compreendermos a reflexão de Benjamin Coriat, realizamos uma incursão tanto em sua obra quanto na dos principais interlocutores que lastreiam as suas considerações. Apreendida a crítica aos teóricos da RCT e a proposta coriatiana, apresentamos a crítica da crítica. Assim, nossas pesquisas apontam um substancial apego que deriva da análise coriatiana aos grilhões do processo de trabalho taylorista-fordista. Desse apego resultou a crítica contra o determinismo tecnológico e a não-neutralidade da técnica. Entretanto, sem aperceber-se do fato, Benjamin Coriat incorre no mesmo equívoco que se propôs a corrigir. Após descartar a generalização da aplicação da ciência richitiana, Coriat afirma que o capital só faz uso da ciência e dos complexos automáticos de máquinas - CAM's - com o único e inevitável objetivo de aumentar a extração da mais-valia. Julgando-se fundamentar suas idéias em Marx, o autor, por um lado, sustenta-se firmemente nessa perspectiva unilateral e, por outro, despreza, intransigentemente as conseqüências que derivam desse processo. Assim, independente do tipo de tecnologia utilizada e da forma como se desenvolve o processo de trabalho, a marca indelével da produção capitalista é o taylorismo-fordismo. Dessa perspectiva decorre sua consideração de que, ao refletirmos sobre o avanço das forças produtivas, temos que considerar ao menos duas vias: uma capitalista e outra socialista. / Based on the theoretical ideas of the French economist Benjamin Coriat, we analyze the development of the production forces and the working process on the twentieth century. We aim to investigate Coriat`s critique against theoreticians of technical - scientific revolution - RCT -, trying to understand not only the source of his critique but the author`s proposal that we might consider, reflecting on the application of Science. To do this we stepped on Coriat`s work and into the work of the main interlocutors which gave him a base to his thoughts. So we present our critique about Coriat`s critique. Our researches show a strong affinity that comes from Coriat`s analyses of the taylorism-fordism working process. From this affinity resulted his critique against the technical determinism and the non-neutrality of technique. However, unconsciously, Benjamin Coriat makes the same mistakes he tried to repair: without considering Richt`s application of Science, he concludes that capital only makes use of Science and of the machinery automatic complex - CAM`s - with the purpose of increasing the profits. As he judges himself to base his ideas on Marx, the author, from one way, sustains himself in this perspective of the profit`s increase, by another, he despises the consequences of this process. Therefore, the mark of capitalist production is the taylorism-fordism without considering the technology used and the way that the working process develops. From this perspective we understand that can think about the production forces progress considering two ways: capitalist and socialist.

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