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Acomodação dialetal: análise da fricativa coronal /S/ em posição de coda silábica por paraibanos residentes em RecifeLima, Izete de Souza 07 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present study aims to understand the dialectal accommodation process of paraibanos who live in Recife (PE), based on Communication Accommodation Theory (GILES et al., 1987) and in the theoretical-methodological contributions of the Variation Theory (LABOV, 1996; 1972). The phonological phenomenon which will allow us to check the accommodation effects is the realization of coronal fricative /S/ in coda position by the fact that this segment clearly marks the difference between the dialects under study. The corpus was constituted by 9 paraibanos informants residing for at least two years in Recife. The collected data were analyzed quantitatively and qualitatively. The quantitative analysis enabled us to identify statistically the factors that are contributing to the accommodation, while the qualitative analysis enabled us the interpretation of subjective data that contributed to the accommodation of the new dialect or the preservation of the dialect of origin. The statistical treatment realized through Goldvarb X (SANKOFF, TAGLIAMONTE & SMITH, 2005) showed, in increasing order of significance, which the most relevant variables were: permanence time, amount of exposure to dialect, following phonological context, the style and the frequency of visits. The qualitative analysis developed through the participants speech allowed us identify the linguistics attitude of the informants. We realized that positive evaluation influenced the linguistic accommodation even as the negative evaluation led them to preserve their dialect of origin as a way of distancing. / O presente estudo visa compreender o processo de acomodação dialetal de paraibanos que vivem em Recife (PE), com base na Teoria da Acomodação da Comunicação (GILES et al., 1987) e nos aportes teórico-metodológicos da Teoria da Variação Linguística (LABOV, 2008; 1972). O fenômeno fonológico que nos permitirá verificar os efeitos da acomodação é a realização da fricativa coronal /S/ em posição de coda silábica, pelo fato de que esse segmento marca claramente a diferença entre os dialetos em estudo. O corpus foi constituído por 9 informantes paraibanos que residem há no mínimo dois anos em Recife. Os dados coletados foram analisados quantitativamente e qualitativamente. A análise quantitativa possibilitou identificar estatisticamente os fatores que estão contribuindo para a acomodação, enquanto a análise qualitativa possibilitou a interpretação dos dados subjetivos que contribuíram para a acomodação do novo dialeto ou a preservação do dialeto de origem. O tratamento estatístico realizado através do Goldvarb X (SANKOFF, TAGLIAMONTE & SMITH, 2005) mostrou, em ordem crescente de significância, que as variáveis mais relevantes foram: o tempo de permanência, o contato diuturno com falantes recifenses, o contexto fonológico seguinte, o estilo e a frequência das visitas. A análise qualitativa desenvolvida através das falas dos participantes permitiu-nos identificar a atitude linguística dos informantes. Percebemos que a avaliação positiva influenciou a acomodação linguística, assim como a avaliação negativa levou-os à preservação do seu dialeto de origem, como forma de distanciamento.
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A percepção da fricativa coronal em coda medial por pessoensesHenrique, Pedro Felipe de Lima 14 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-14 / The primary objective of the present study is to analyze how listeners perceive the alveolar and palatal variants of /S/ in medial coda in their speech community (i) observing if the palatal/alveolar contrast is perceived in a different way, in a numerical scale, in different following phonetic-phonological contexts; (ii) verifying if listeners from João Pessoa are aware of the behavior of the variant in their own dialect; in other words, if they perceive what variant they use in relation to several following contexts; and (iii) verifying if the listeners from João Pessoa have a dialectal identity in relation to the behavior of the fricative in coda in João Pessoa, that is, if they believe that their pronunciation corresponds to the preferred one of their speech community in relation to the analyzed process. For that, three experiments of perception were developed and applied to listeners from João Pessoa: the first one consists of a task of identifying how different would be two productions of a same word in relation to /S/ in medial coda; the second one was to choose which of the two productions sounded more similar to the way people from João Pessoa speak; and the third one was to answer which of the two productions sounded more similar to the way the speaker himself/herself speaks. The stimuli were recorded by a speaker from João Pessoa. She is an undergraduate student in the 15-25 years age group. After recording the words in isolation, the files were matched to the pairs of stimuli that were presented to listeners through the website. The statistical analyses to test the hypotheses were carried out using the software R (R Core Team, 2013) from the subjects’ answers. The most relevant results were: (a) listeners attribute the same degree of difference to the pair of fricatives independently of the following context; (b) they are aware of the fricative’s behavior of João Pessoa’s dialect; and (c) there is identification between these speakers and the dialect of their speech community regarding the palatalization of coronal fricative. In order to develop the tests and to formulate hypotheses it was took into account studies concerning acoustic characteristics of fricatives in data of production and perception (KENT & READ, 1992; JONGMAN et al., 2000; JESUS, 1999; HAUPT, 2007; FERREIRA-SILVA et al., 2015; HENRIQUE et al., 2015), data of studies that analyzed the behavior of /S/ in coda in dialects of Brazil (CALLOU; LEITE; MORAES, 2002; BRESCANCINI, 2002, 2003; HORA, 2003, 2011; RIBEIRO, 2006; LIMA, 2013; LOPES, 2012) and the framework of the theory of linguistic variation and change (WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1972; ECKERT, 2008, 2012). / O objetivo geral deste trabalho é analisar como os ouvintes percebem as variantes alveolar e palatal do /S/ na posição de coda medial em sua comunidade de fala (i) observando se a distinção alveolar/palatal é percebida de forma diferente, numa escala numérica, em diferentes contextos fonético-fonológicos seguintes; (ii) verificando se os ouvintes pessoenses têm consciência do comportamento da variante no seu próprio dialeto, ou seja, se percebem qual variante utilizam com relação aos diversos contextos seguintes; e (iii) verificando se os ouvintes pessoenses possuem identidade dialetal com relação ao comportamento da fricativa em coda em João Pessoa, ou seja, se acreditam que sua pronúncia corresponde à pronúncia preferencial de sua comunidade de fala no que diz respeito ao processo analisado. Para tal, três experimentos de percepção foram elaborados e aplicados a ouvintes pessoenses: o primeiro consistia em uma tarefa de identificar o quão diferente soavam as duas pronúncias de uma mesma palavra com relação ao /S/ em coda medial; o segundo, em escolher qual das duas pronúncias se parecia mais com o modo como os pessoenses falam; e o terceiro, em responder qual das duas pronúncias se parecia mais com o modo como o próprio participante falava. Os estímulos foram gravados por uma falante pessoense, universitária e que se enquadra na faixa etária de 15 a 25 anos. Após a gravação das palavras em isolado, foram montados os arquivos com os pares de estímulos que seriam apresentados aos ouvintes através da plataforma. Os testes estatísticos para a avaliação das hipóteses foram realizados com o programa R (R Core Team, 2013) a partir das respostas dos participantes. Como principais resultados, constatou-se: (a) que os ouvintes atribuem o mesmo grau de diferença ao par de fricativas independentemente do contexto seguinte; (b) que eles têm consciência do comportamento da fricativa do dialeto pessoense; e (c) que há uma grande identificação entre esses falantes e o dialeto de sua comunidade de fala em relação à palatalização da fricativa coronal. Para a elaboração dos testes e proposição das hipóteses foram levadas em consideração pesquisas envolvendo as características acústicas das fricativas em dados de produção e percepção (KENT & READ, 1992; JONGMAN et al., 2000; JESUS, 1999; HAUPT, 2007; FERREIRA-SILVA et al., 2015; HENRIQUE et al., 2015), dados de pesquisas que avaliaram o comportamento do /S/ em coda em dialetos do Brasil (CALLOU; LEITE; MORAES, 2002; BRESCANCINI, 2002, 2003; HORA, 2003, 2011; RIBEIRO, 2006; LIMA, 2013; LOPES, 2012) e o arcabouço da teoria da variação e mudança (WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1972; ECKERT, 2008, 2012).
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