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De missangas e catanas: a contrução social do sujeito feminino em poemas angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos e são-tomenses / Of beads and machetes: the social construction of the feminine subject in Angolan, Cape Verdean, Mozambican and Santomean poetryPereira, Érica Antunes 26 November 2010 (has links)
As angolanas Alda Lara e Paula Tavares, a cabo-verdiana Vera Duarte, a moçambicana Noémia de Sousa e as são-tomenses Alda Espírito Santo e Conceição Lima são as escritoras que melhor representam a poesia de autoria feminina em seus respectivos países e, embora pertençam a contextos socioeconômicos e culturais bastante diferentes, suas obras se aproximam tanto pela abordagem temática, quanto pela existência de um projeto de construção social do sujeito feminino. Assim, embasamo-nos, teoricamente, nos estudos em especial os de Michel de Certeau (2005) e Maria Odila da Silva Leite Dias (1992; 1994; 1998) em torno da hermenêutica do cotidiano feminino, a fim de demonstrar a importância dos papéis informais, das experiências vividas e da resistência das mulheres no processo de formação de suas subjetividades. Recorremos, ainda, a relatórios baseados em recenseamentos e a diversos documentos elaborados por organismos internacionais, a exemplo da ONU e da UNESCO, para estabelecer os pontos de contato entre a situação das mulheres e os contextos históricos-sociais em que estão elas inscritas, ou seja, Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Finalmente, aliando os aspectos teóricos e os contextuais, analisamos poemas contidos nas obras iniciais de cada uma das já referidas autoras respectivamente, Poemas (1966), Ritos de passagem (1985), Amanhã amadrugada (1993), Sangue negro (2001), É nosso o solo sagrado da terra (1978) e O útero da casa (2004) e procuramos demonstrar que as mulheres, muitas vezes portadoras de uma voz quase silenciosa e marcada pelas miudezas do cotidiano, inscrevem suas marcas na sociedade e têm o poder de (trans)formá-la e de transformar-se, decorrendo daí o título de nossa tese, De missangas e catanas, alusivo à simbologia da resistência empreendida por elas em favor do afloramento de suas subjetividades e do registro de suas historicidades. / The Angolan Alda Lara and Paula Tavares, the Cape Verdean Vera Duarte, the Mozambican Noémia de Sousa and the Santomean Alda Espírito Santo and Conceição Lima are the writers who best represent the poetry authored by women in their respective countries and, although belonging to very distinct socioeconomic and cultural contexts, their works approach both thematically and as a project of social construction of the female subject. Therefore, our work is based specially in the studies of Michel de Certeau (2005) and Maria Odila da Silva Leite Dias (1992, 1994, 1998) concerning the hermeneutics of everyday life of women in order to demonstrate the importance of informal roles, the experiences of women and the resistance in the formation of their subjectivities. We also recall the reports based on different censuses and documents prepared by international bodies such as the United Nations and UNESCO to establish points of contact between the situation of women and the social-historical contexts in which they are inscribed: Angola, Cape Verde, Mozambique and São Tome and Principe. Finally, combining the theoretical and contextual aspects, we analyzed poems contained in the initiation works of each of the aforementioned authors respectively - Poemas (1966), Ritos de passagem (1985), Amanhã amadrugada (1993), Sangue negro (2001), É nosso o solo sagrado da terra (1978) and O útero da casa (2004) and we demonstrated that even though women often suffer from an almost silenced voice, marked by the offal of daily life, they inscribed their mark on society having the power of (trans)form it. Hence, this is the origin of the title of our thesis, Of beads and machetes which illustrates the symbols of resistance undertaken by the authors for the blossoming of their subjectivities and for the registering of their historicities.
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De missangas e catanas: a contrução social do sujeito feminino em poemas angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos e são-tomenses / Of beads and machetes: the social construction of the feminine subject in Angolan, Cape Verdean, Mozambican and Santomean poetryÉrica Antunes Pereira 26 November 2010 (has links)
As angolanas Alda Lara e Paula Tavares, a cabo-verdiana Vera Duarte, a moçambicana Noémia de Sousa e as são-tomenses Alda Espírito Santo e Conceição Lima são as escritoras que melhor representam a poesia de autoria feminina em seus respectivos países e, embora pertençam a contextos socioeconômicos e culturais bastante diferentes, suas obras se aproximam tanto pela abordagem temática, quanto pela existência de um projeto de construção social do sujeito feminino. Assim, embasamo-nos, teoricamente, nos estudos em especial os de Michel de Certeau (2005) e Maria Odila da Silva Leite Dias (1992; 1994; 1998) em torno da hermenêutica do cotidiano feminino, a fim de demonstrar a importância dos papéis informais, das experiências vividas e da resistência das mulheres no processo de formação de suas subjetividades. Recorremos, ainda, a relatórios baseados em recenseamentos e a diversos documentos elaborados por organismos internacionais, a exemplo da ONU e da UNESCO, para estabelecer os pontos de contato entre a situação das mulheres e os contextos históricos-sociais em que estão elas inscritas, ou seja, Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Finalmente, aliando os aspectos teóricos e os contextuais, analisamos poemas contidos nas obras iniciais de cada uma das já referidas autoras respectivamente, Poemas (1966), Ritos de passagem (1985), Amanhã amadrugada (1993), Sangue negro (2001), É nosso o solo sagrado da terra (1978) e O útero da casa (2004) e procuramos demonstrar que as mulheres, muitas vezes portadoras de uma voz quase silenciosa e marcada pelas miudezas do cotidiano, inscrevem suas marcas na sociedade e têm o poder de (trans)formá-la e de transformar-se, decorrendo daí o título de nossa tese, De missangas e catanas, alusivo à simbologia da resistência empreendida por elas em favor do afloramento de suas subjetividades e do registro de suas historicidades. / The Angolan Alda Lara and Paula Tavares, the Cape Verdean Vera Duarte, the Mozambican Noémia de Sousa and the Santomean Alda Espírito Santo and Conceição Lima are the writers who best represent the poetry authored by women in their respective countries and, although belonging to very distinct socioeconomic and cultural contexts, their works approach both thematically and as a project of social construction of the female subject. Therefore, our work is based specially in the studies of Michel de Certeau (2005) and Maria Odila da Silva Leite Dias (1992, 1994, 1998) concerning the hermeneutics of everyday life of women in order to demonstrate the importance of informal roles, the experiences of women and the resistance in the formation of their subjectivities. We also recall the reports based on different censuses and documents prepared by international bodies such as the United Nations and UNESCO to establish points of contact between the situation of women and the social-historical contexts in which they are inscribed: Angola, Cape Verde, Mozambique and São Tome and Principe. Finally, combining the theoretical and contextual aspects, we analyzed poems contained in the initiation works of each of the aforementioned authors respectively - Poemas (1966), Ritos de passagem (1985), Amanhã amadrugada (1993), Sangue negro (2001), É nosso o solo sagrado da terra (1978) and O útero da casa (2004) and we demonstrated that even though women often suffer from an almost silenced voice, marked by the offal of daily life, they inscribed their mark on society having the power of (trans)form it. Hence, this is the origin of the title of our thesis, Of beads and machetes which illustrates the symbols of resistance undertaken by the authors for the blossoming of their subjectivities and for the registering of their historicities.
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O romance vitral de Adélia PradoMacedo, Adriane Roberta Ribeiro de 10 November 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-11-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation has as objective to reflect on the process of construction of the narrative speech of Cacos para um vitral, workmanship of Adélia Prado, published in 1980. thus, we elaborate the following question: Knowing that the organization give to the composition to the romance Cacos para um vitral deives a digialogical construction, equivalent and multi-meaming, where is discursive dimension modality retakes the similar literal logic to the composition of stain glass window? Ahead of the object and the problematic one considered, we raise two hypotheses, first, the architextura of the composition of the stain glass window, second, the metalinguistic method cooperates with the assembly of double metaphor: stain glass window text. The research discloses, among other conclusions, that the organization of the text is brock up in direction, approaching the process of construction of the text and the composition of stain glass window / A presente dissertação tem como objetivo refletir sobre o processo de construção do discurso narrativo de Cacos para um vitral, obra de Adélia Prado, publicada em 1980. para tanto, elaboramos a seguinte pergunta: sabendo que a organização dada ao romance Cacos para um vitral deriva uma construção dialógica, equivalente e plurissignificativa, em que dimensão esta modalidade retoma a lógica textual similar à composição de um vitral? Diante do objetivo e da problemática propostos, levantamos duas hipóteses: primeira a arquitextura do romance Cacos para um vitral, retoma a modalidade discursiva metafórica da composição do vitral; segunda o método metalingüístico coopera com a montagem da dupla metáfora: texto-vitral. A pesquisa revela, entre outras conclusões, que a organização do texto é fragmentada no sentido de romper com as estruturas da linearidade. A metalinguagem é empregada no sentido operativo, aproximando o processo de construção do texto e a composição do vitral
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